Me certifiquei que ambos estavam alimentados e de banho tomado, e dona Carol já havia chego. Então me encaminhei até ao quarto de empregados para pegar minha bolsa, e me despedir das crianças e de dona Carol.
Assim que cheguei a sala de jantar, que ficava a alguns cômodos do quartinhos das empregadas, eu levei um maior susto. A sala estava toda enfeitada de balões brancos de bolinha verde claro e rosa. Havia uma faixa flutuando em alguns balões de gás helio formando uma frase, que fez meus olhos se encherem de lágrimas. "Até Breve, Tia Emm! ♥"
Lá estava o John com um buquê de flores, e Carlota com um pacote de presente. Eles me olhavam com os lábios inferiores tremendo, e eles eram a única coisa que eu conseguia focar no momento. Não notei que ao redor, estava todos os funcionários da casa, a Carol e Guilherme.
- Ah gente! – levo minhas duas mãos a boca, tentando não parecer uma desesperada, na tentativa de tampar os soluços e fazer com que meu coração não pule da boca.
- Emm querida! – Carol rompeu a barreira entre nós, com as crianças em seu encalço. – Você sabe que é da família pra nós né?! Nós amamos você, e sentiremos muito a sua falta.
- Para você tia Emm! – disse John me entregando um buquê de girassóis amarelos. Eu me ajoelhei ficando na altura dos dois e os puxei para um abraço embalado a lagrimas e soluços.
- Vocês estão parecendo que vão para guerra, gente! – a voz rouca e ao mesmo tempo suave de Henrique invadiu o ambiente, fazendo meu corpo retesar.
- Henrique! – a voz estrangulada de Carol me faz rir, me fazendo eu me recompor e ficar em pé.
- Enfim, agradeço vocês por todo carinho comigo. Só tenho agradecer vocês, e essas duas pecinhas aqui. – disse dando um beijo em cada um.
- Tia Emm! Fiz um desenho pra você. – ela diz me entregando um desenho, onde é tem um mar, ela de vestido rosa, John e eu e outra pessoa ao lado.
- Que lindo, Carlota! – disse a beijando.
- É eu, John, Tio Tite e você. – ela falou sorrindo envergonhada.
- Ah que legal! Obrigada Carlota! – disse sentindo o olhar de Henrique queimando minhas costas.
- Hey Emm! – ele disse vindo do meu lado e passando os braços por cima de mim. – É uma pena você estar saindo, nós sentiremos sua falta.
- Também fico triste. – eu digo secando uma lagrima que escapa. – Mas nós sobreviveremos não é?! E eu vou visitar essas criaturinhas sempre que possível.
- Espero que você não esqueça de nós. – ele disse fazendo meu rosto encontrar o seu. Seu olhar intenso me puxava para ele, com uma força magnética, e aquele sorriso desgraçado ameaçava despontar em sua boca.
- Jamais me esquecerei dos dois. – disse desviando o olhar para eles que estavam e nossa frente, e pegando de relance um sorriso estranho de Guilherme.
E assim foi o restante da tarde. As crianças começaram a correr por toda casa eufóricas com os balões, enquanto nós tomávamos chá e comíamos o bolo que Eva havia feito especialmente para mim.
Depois de um certo tempo, decido que está na hora de encerrar a tarde. Guilherme teve que ir atender um telefonema no escritório e ainda não voltou e Carol está sentada na poltrona vermelha em minha frente sorrindo.
- Emma.. – ela diz sorrindo mais um pouco, olhando para Henrique que esta ajudando John montar o quebra cabaça. – Amanhã cedo nós vamos para Yorkshire. Eva entrará de férias, e iremos ficar nós quatro como uma família feliz em uma casa por lá. Como combinamos você vai em breve também né?
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Quem Foi Que Disse? (Standby)
RomanceEla, psicologa, vinte e três anos, e trabalha como babá para Família Real Alberton. Babá a três anos, dos pequenos John e Carlota, leva uma vida normal sem grandes aventuras, e coisas que façam seu coração palpitar e as borboletas voarem em seu esto...
Capítulo Cinco
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