Agora eu quero ir

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{ M E L I S S A }

Abri meus olhos com um pouco de dificuldade me deparando com a claridade do quarto. Me espreguicei, e logo levantei da cama percebendo que Artus não estava ali.

Nas últimas horas muitas coisas haviam acontecido, e novamente eu senti medo ao lembrar de tudo. Será mesmo que o pai deles seria capaz de tamanha atrocidade contra os próprios filhos? Certamente isso não entra na minha cabeça.

Andei até o banheiro lentamente e tomei um banho quente no intuito de relaxar o meu corpo, afinal, eu estava bem tensa. Depois de enrolar a toalha branca por meu corpo, sai do banheiro indo em direção ao guarda-roupa, mas me assustei quando a porta foi aberta revelando Artus. Ele estava usando uma calça skinny preta, uma regata branca e sua barba estava por fazer o que só o deixava mais sexy do que nunca.

Ok, isso já está indo para um caminho errado.

  -- Aconteceu algo? - perguntei ao notar que ele ainda estava parado me analisando.

  -- Nada com o que deva se preocupar, Mel. - falou tentando me transmitir calma, mas eu sabia que havia algo errado.

  -- Ah, nem vem. - rebati. - Eu sei que tá acontecendo alguma coisa.
  -- Melissa, para por favor. - ele pediu fechando os olhos e eu suspirei.

  Ainda com a toalha enrolada no meu corpo, andei em passos lentos até ele que ainda estava em pé. Quando ele voltou a abrir os olhos, suas íris castanhas se encontraram com as minhas demonstrando que realmente havia algo errado, mas ele não queria me preocupar.

  -- Me conta o que tá acontecendo. - pedi olhando no fundo de seus olhos.

Ele pôs as mãos possessivamente na minha cintura e me puxou colando meu corpo com o dele e fazendo nossos rostos ficarem a centímetros de distância.

  -- Amor... Não se preocupe, ok? - falou tentando sorrir e me dando um selinho rápido.

  -- Não vou mais insistir, porém você vai ter que me contar uma hora ou outra. - falei rapidamente e ele suspirou.

  -- Eu sei, mas não agora. - falou e eu assenti.

Ainda com o corpo colado no meu, selou nossos lábios iniciando um beijo calmo alternando vez ou outra entre morder levemente meu lábio inferior.

Definitivamente tinha algo acontecendo.

{ B E R N A R D O }

n/a: tchaca tchaca na buchaca GAY, pelo amor de Deus, se vocês não gostam, não leiam essa parte!!! (não vou tolerar comentários preconceituosos e vou avisar quando acabar).

Eduardo estava dormindo calmamente com a cabeça no meu peito e eu estava analisando cada detalhe do seu rosto. Desde a pele branca como a neve, as lindas íris verdes até os lindos lábios extremamente avermelhados.

Quando eu era pequeno não sabia nada sobre amor, mas eu achava que consistia em ir morar em uma casa grande com uma mulher e ter filhos. Conforme eu fui crescendo, eu me descobri, e isso foi uma das coisas que mais me assustou na vida inteira e a fase em que eu me descobri foi a que mais me machucou de certa forma. Afinal, eu sabia do preconceito e da discriminação existente e aquilo me machucava muito, mas agora eu realmente entendo essa dor.

Porque agora eu amo Eduardo com todas as minhas forças e eu sei que meu pai vai fazer de tudo para nos separar. Eu não quero isso, eu preciso dele. Será que é tão difícil entender que sexualidade não é uma opção? É uma condição! Eu nasci assim e absolutamente nada pode mudar isso.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now