Almoço

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  — Melissa Lauren Ohai, dezessete anos. Faz aniversário dia vinte de dois de junho, mora com a mãe e o irmão, é melhor amiga de Eduardo Monteiro. Eu sei isso e muito mais sobre você, porque não é de agora que te conheço Melzinha.  ele disse firmemente e eu senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

O que estava acontecendo?

  — O q-quê? Como assim? — falei com os olhos arregalados olhando para ele.

  — Eu sei muita coisa sobre a sua vida, mas isso não é assunto para hoje, porque o dia já foi muito agitado. — ele explicou calmamente enquanto dirigia.

Hã?

  — Muita coisa? Como assim? Me explica agora! — pedi já um pouco alterada.

  — Se acalma, você vai saber sim, mas não hoje. — ele disse olhando rapidamente para mim e depois voltando o olhar para a estrada.

  — Sério? Eu quero saber agora! — falei irritada e me desviei o olhar para a janela com uma carranca.

Logo, ouvi uma risadinha vindo dele. Ele estava rindo? Sério?

  — Tá rindo do que? — perguntei irritada.

  — Seu biquinho é fofo quando você está brava. — ele explicou e eu me segurei para não lhe mostrar o dedo do meio. — Enfim... Amanhã nós vamos almoçar e eu vou te explicar tudo. — ele continuou falando com uma expressão séria.

  — E quem disse que eu quero ir almoçar com você? — rebati.

  — Ok, então você fica sem saber de nada. — ele disse por fim.

  — Claro que não! Por que você não me conta agora? — perguntei.

  — Porque eu não quero. Se quiser saber de algo, vai ter que almoçar comigo. — ele disse firmemente.

  — Você é muito idiota, sabia? Por acaso você acha que é o dono do mundo? — indaguei e estava pouco me importando se estava o ofendendo, afinal, ele é realmente arrogante.

  — Não, eu não sou o dono do mundo, mas gosto de ter o controle sobre muitas coisas. — ele explicou.

  — Pois fique sabendo que você jamais terá controle sobre mim, não quero saber de nada que você tenha a me dizer!  — falei já totalmente irritada.

  — Calma! Pare de agir assim, eu juro que só quero te ajudar. — ele disse normalmente e eu senti vontade de esmurrá-lo.

  — Do nada você me atende num hospital, me encontra, diz que me conhece há muito tempo e fica me perseguindo? Eu nem te conheço, fica longe de mim! — exclamei e o vi parar o carro em frente à minha casa.

  — Melissa, você não sabe o porquê de eu estar fazendo isso, mas quando a gente conversar amanhã, você vai entender e perceber que eu só quero te ajudar. — ele falou tudo olhando para mim.

  — Eu não te suporto! — exclamei abrindo a porta do carro.

  — Tchau Mel! Boa noite. — ele falou irônico e eu bati a porta do carro.

[...]

  — Como assim? Isso não é normal! Seu irmão é louco? — Eduardo indagou olhando para Bernardo.

Era hora do intervalo, nós estávamos sentados em uma mesa de madeira do refeitório e eu contei toda a história para os dois.

  — N-não sei. — ele gaguejou desconfortável.

  — Pera... Você sabe de alguma coisa, né? — perguntei olhando para ele.

  — Eu sei sim, Mel. Não é nada grave, mas eu prometi a Artus que não te contaria, me desculpa. — ele disse e suspirou.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora