Raiva

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OBRIGADA PELOS 12K! ♥

{ A R T U S }

Ultimamente tudo está bem calmo, por incrível que pareça. Melissa e eu estamos cada vez mais próximos e nos dando bem, eu realmente não poderia estar mais feliz com isso, afinal, eu gosto muito dela.

Nós não nos vemos todos os dias, porque geralmente meus plantões são corridos e ela também tem que estudar, mas costumamos fazer programas de namorados como assistir séries juntos, sair pra jantar ou simplesmente andar por aí de mãos entrelaçadas e conversar sobre tudo e nada.

Daqui há dois dias nós vamos fazer um mês de namoro e eu quero preparar um surpresa para ela, só preciso de ajuda.

No momento eu estou no meu horário de almoço - que é apenas 30 minutos - e estou sentado sozinho em uma das mesas do refeitório do hospital. Dei mais uma mordida no sanduíche, mas logo senti um barulho irritante de saltos rangerem no piso e antes que eu pudesse ver quem era, Daniele se sentou na cadeira em minha frente.

O que ela quer? Meu Deus!

  -- Boa tarde, doutor Bittencourt. - ela falou sorrindo enquanto abria sua embalagem de sanduíche.

  -- Boa tarde. - murmurei educadamente e senti meu celular vibrar no bolso.

Peguei o mesmo, desbloqueei e vi que havia uma mensagem nova:

"Minha Mel: Tá ocupado?"

Sorri e rapidamente respondi:

"Você: Tô não, por quê?"

Bloqueei a tela do celular, deixei o mesmo em cima da mesa e sai dali rapidamente para ir ao banheiro lavar as mãos.

{ M E L I S S A }

Eu tinha terminado de almoçar e me bateu uma saudade de Artus, afinal, estamos há três dias sem nos ver. Então eu decidi mandar uma mensagem perguntando se ele estava ocupado, ele respondeu rapidamente que não e eu sorri.

Será que ele gostaria de receber uma ligação agora?

Um pouco hesitante, disquei seu número e coloquei pra chamar. Na terceira chamada ele atendeu:

  -- Alô? - falou, mas não era ele, era uma voz feminina.

Quem diabos seria?

  -- Quem está falando? - perguntei calmamente.

  -- Daniele, namorada do doutor Artus. Por quê? - ela falou e eu senti todo meu sangue ferver.

  MAS QUE MERDA?

  -- Olha aqui, isso é algum tipo de brincadeira? - perguntei com a voz alterada.

  -- Querida, o que você quer com meu namorado? Ele está ocupado se não percebeu. - respondeu e eu perdi toda a paciência.

  -- VOCÊ TÁ LOUCA? - gritei, mas logo percebi outra voz ao fundo que reconheci ser de Artus.

Foi aí que a minha paciência chegou ao limite.

  -- Mel? - A voz de Artus se fez presente.

  -- Vai se foder! Eu não acredito que você tá com essa enfermeira! - exclamei totalmente irritada.

  -- Mel, se acalme. Essa mulher é louca, eu tinha ido ao banheiro...

  -- EU NÃO QUERO SABER - gritei - Eu te perguntei se eu teria que me preocupar com ela, né? Você é um estúpido.

  -- Amor, calma... Por favor, não é nada do que você tá pensando. - ele falou suavemente e eu quase derreti com o "amor", mas logo lembrei da raiva.

  -- Eu não vou discutir isso por telefone! Se quiser conversar, venha aqui. - falei e em seguida desliguei.

[...]

Eu nunca estive tão chateada como estou agora... Eu sei que talvez seja exagero, mas por que ela estava com o celular dele? Eu não entendo! E o pior é que já são quase dez horas da noite e ele nem sequer apareceu para conversar comigo.

Eu tô com ódio! 

Olhei mais uma vez para a tela do meu notebook e suspirei. Estou sentada na cama com o notebook nas minhas pernas tentando me distrair, mas está sendo impossível.

Sabe aquele momento que você está com tanta raiva que fica criando várias cenas na sua mente? Pois é, é como eu estou agora.

Senti meu celular vibrar no meu bolso, peguei o mesmo, desbloqueei e vi que havia uma mensagem:

Artus ♡: Tenta não fazer barulho pra não acordar sua mãe e vem abrir a porta pra mim.

Meu coração acelerou. Ele veio uma hora dessa? Meu Deus! Deixei o celular em cima da cama, e sai do quarto andando na ponta dos pés. Quando cheguei no corredor escuro, olhei para tudo ao meu redor e estava tudo silencioso, ou seja, estão dormindo.

Desci a escasa silenciosamente e quando cheguei em frente a porta, abri com cuidado para não fazer barulho.

Artus já estava ali, ele estava vestindo uma calça justa preta, uma blusa vermelha e sua barba já estava um pouco rala.

Maldito lindo!

  -- Entra sem fazer barulho. - sussurrei.

  -- Não vai me dar nenhum beijinho? - ele falou me olhando e fazendo um biquinho.

Dei um tapa no braço dele.

  -- Ai! - reclamou.

  -- Entra logo e fica quieto. - sussurrei e ele entrou.

Fechei a porta e o olhei, ele estava sorrindo e eu revirei os olhos.

  -- Você não tá com raiva de mim, né? - perguntou chegando perto de mim, mas eu me afastei.
  -- Não chega perto. - falei com uma expressão irritada, mas não adiantou, ele me puxou pela cintura colando nossos corpos.

  -- Você sabe que aquilo foi armação dela, e você também sabe que pode confiar em mim, eu jamais te trairia, eu estou com você. - ele falou tudo me olhando nos olhos e eu abaixei a cabeça.

Rapidamente ele segurou meu queixo e ergueu minha cabeça novamente.

  -- Eu não queria que isso tivesss acontecido, por favor me desculpa... Eu nem sei o que faria sem você. - falou calmamente e eu senti minhas bochechas esquentarem.

Selei nossos lábios e ele me puxou mais ainda colando nossoa corpos de vez. Iniciei um beijo de língua lento e coloquei minhas na nuca dele, fazendo um leve carinho com a ponta dos dedos.

E o que era pra ser um beijo calmo se transformou num beijo feroz e cheio de necessidade. Ele apertou minha cintura com força e eu arranhei sua nuca, logo ele baixou suas mãos até a parte interna de minhas coxas, me impulsionando para cima.

Rapidamente coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura ainda o beijando, mas eu me lembrei que estávamos na cozinha e parei o beijo.

  -- É melhor irmos para o meu quarto. - falei tomando fôlego.  

Ele continuou me beijando e foi andando lentamente em direção a escada, subimos silenciosamente e fomos direto para o meu quarto. 

Quando chegamos, ele fechou a porta ainda comigo em cima dele e me levou rapidamente até a cama me deitando e em seguida ficando por cima de mim.

Eu estava com medo, mas com certeza ia acontecer...

[☆]

Hey, querem me matar, né? Hahaha.

O próximo capítulo promete...

Beijinhos!

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora