Saudade

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N/A: Hey! (^.^) Obrigada pelos 54k♥

{ M E L I S S A }

-- Eu sabia que isso ia acontecer. - Eduardo falava enquanto algumas lágrimas escorriam por seu rosto.

No momento, estamos sentados em uma mesa do refeitório que está vazio devido ainda ser bem cedo.

-- O que ele te falou? - perguntei o olhando e acariciando seu braço levemente.

-- Eu tentei acalmá-lo, até nos abraçamos, mas depois ele disse que precisava pensar e descansar e me pediu para ir embora. - falou soluçando e eu senti uma dor fina atravessar meu peito.

Nunca tinha visto Eduardo daquele jeito e isso me deixava triste.

-- Edu, ele está confuso e precisa de um tempo para pensar. Por favor, se acalma. - falei e levei minha mão até seus fios de cabelo platinados para acariciar ali.

Sua pele estava pálida como sempre, mas seu nariz avermelhado devido ao choro estava se destacando.

-- Desculpa, eu sei que você também está abalada e eu tô te deixando mais abalada ainda. - falou limpando as lágrimas com as costas das mãos.

Suspirei e forcei um sorriso. Sorrir tem sido uma coisa difícil nos últimos dias, faz quatro dias desde que tudo aconteceu e eu ainda estou abalada. A viajem foi marcada para depois de amanhã, no sábado. Eu realmente queria que todos fôssemos, mas Bernardo ainda não deu uma resposta.

Artus também ainda não contou para onde vamos viajar, segundo ele será uma surpresa.

E eu detesto surpresas.

-- Que tal a gente tentar falar com ele hoje? - perguntei e ele me olhou negando com a a cabeça, seus olhos transpareciam tristeza.

-- Não, ele falou que queria um tempo para ele. - respondeu e eu assenti, mas antes que pudesse falar mais alguma coisa ouvi passos apressados vindo em nossa direção.

Quando ergui a cabeça para ver quem era, encontrei a menina do estacionamento. Ela usava uma calça skinny preta, um moletom enorme cinza e uma touca cinza em meio aos seus fios de cabelo vermelho.

-- Ei mina, eu estava te procurando há vários dias. - ela se pronunciou em pé ao lado da mesa e me olhando. - Eu quero meu skate. - falou e eu arregalei os olhos.

Me esqueci total da merda do skate!

-- Caraca! Esqueci total do seu skate. - falei e ela arregalou os olhos.

-- Mano, meu skate! Você tem noção do quanto eu amava ele? - perguntou meio desesperada e eu forcei um sorriso.

-- Eu te compro outro, tá bom? - falei, mas ela somente bufou e revirou os olhos.

-- Se você não comprar, eu te caço até no inferno. - respondeu e se virou saindo dali em passos apressados.

[...]

Arrumar a mala pode parecer algo bem simples, mas não para alguém como eu. Acontece que já são oito horas da noite e nós vamos viajar amanhã depois do almoço, e eu nem arrumei a mala ainda.

Bernardo ainda não deu uma resposta se iria ou não, mas eu convenci Eduardo a ir mesmo se ele não for.

Continuei dobrando algumas peças de roupa e colocando-as devidamente na mala, mas parei ao ouvir duas batidas na porta amadeirada do meu quarto.

-- Entra. - falei e em seguida, a porta foi aberta.

Artus estava ali, vestido em uma blusa azul marinho e uma bermuda quadriculada. Sua barba estava começando a crescer novamente e eu a amava assim.

Eu estava sentada na cama, mas logo me levantei e fui em passos apressados até ele que já estava de braços aberto. O abraçei e enrosquei meus braços ao redor do seu pescoço enquanto ele apertou fortemente minha cintura.

Pode parecer exagerado, mas nós não nos vemos desde aquele dia.

-- Que saudade. - falei com a cabeça enterrada em seu pescoço.

Nos separamos ainda abraçados e eu olhei em seus olhos, as lindas íris castanhas que eu realmente nunca iria cansar de olhar.

-- Por que não respondeu minhas mensagens? - perguntou e acariciou minha bochecha com seu polegar.

-- Desculpa, eu estava estudando para as provas. - falei e ele aproximou o rosto do meu fazendo com que sua respiração batesse no meu rosto.

Logo, ele selou nossos lábios e eu entreabri os meus para iniciar um beijo lento e intenso enquanto nossas línguas se entrelaçavam como duas peças em um perfeito encaixe. Ele colocou as mãos em minha cintura possessivamente colando nossos corpos mais ainda.

Levei minhas mãos até sua nuca e ele desceu suas mãos até a parte interna das minhas coxas me impulsionando e fazendo como que eu entrelaçasse as pernas ao redor de sua cintura. E, ainda nos beijando fervorosamente ele virou-se em direção a cama e me deitou na mesma lentamente sem tirar minhas pernas de sua cintura, ficando por cima de mim.

Encerrou o beijo com uma mordida no meu lábio inferior, e em seguida olhou em meus olhos sorrindo sem mostrar os dentes.

-- Eu te amo. - falou com a voz mais rouca que o normal e eu senti meus pelos se arrepiarem e minhas bochechas corarem.

Encarei aquelas íris castanhas que estavam dilatadas naquele momento e por um instante pensei: eu o amo? Eu sinto falta dele quando não o vejo, eu gosto de estar perto dele nem que seja para fazer qualquer coisa boba, eu me sinto feliz só de pensar que eu o tenho para mim, eu fecho os olhos e é ele que eu vejo, o sorriso dele é capaz de me deixar feliz sem explicação, eu tenho ciúmes ao pensar que podem tentar tirá-lo de mim.

Sim, eu o amo com todas as minhas forças.

-- Eu te amo... Muito. - falei ainda o olhando e ele abriu um sorriso imenso.

Em seguida, começou a distribuir vários beijinhos por meu rosto, consequentemente fazendo minhas bochechas corarem.

-- Para! - pedi rindo e ele parou, em seguida me dando um selinho demorado.

-- A viagem é amanhã, estou ansioso. - falou e eu assenti.

-- Tinha até esquecido de te atormentar hoje... Ainda não vai me dizer pra onde vamos? - perguntei e ele negou com a cabeça.

-- Só amanhã. - falou e levou sua boca até minha orelha. - Mas posso afirmar que estou louco para ficar sozinho com você. - sussurrou roucamente no meu ouvido.

Essa viagem com certeza promete algo importante.

[☆]

Com certeza promete, hehehe.

Vocês achariam legal se eles viajassem para onde? e.e

Até mais. Beijinhos.

Meu Médico Possessivo (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora