Capítulo Três

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- Touche, Srta. Laham – ele deu uma risadinha rouca. – Você não é tão sem graça assim.

- Ufa, depois dessa vou conseguir dormir até melhor.

- Para você dormir bem, eu tenho uma receita... Você sabe. – ele deu uma piscadinha e mordeu o lábio inferior.

O desgraçado conseguia ser intensamente e fodidamente sexy só mordendo o lábio inferior, e mantendo aquele olhar castanho conectado com o meu.

- Vamos conversar francamente, então Sr. Alberton. Quais são suas intenções comigo? Porque não estou entendo todo esse frisson pra cima de mim.

- Você quer que eu seja sutil e contido, ou sincero e super realista?

- Estou com medo. Mas seja sincero e realista.

- Desde o dia que eu te vi malditamente sexy, naquela regata surrada do Arsenal, eu não consegui parar de imaginar você sendo fodida de diversas formas utilizando só aquela maldita camisa.

- Sou uma pessoa, graças a Deus, madura suficiente e muito bem resolvida, porque se não eu poderia te dar um belo de um tapa no rosto por causa dessa sua falta de tento. Eu sou a babá dos seus sobrinhos, porra. Não uma vadia pra você me tratar assim.

- Desculpa, de verdade. – ele disse tocando no meu rosto e causando um arrepio por todo meu corpo. – Mas é algo mais forte do que eu.

- Isso é ridículo, e infelizmente, não vou poder te desculpar. E saiba que na segunda-feira eu vou pedir demissão, e a culpa é sua. – disse firme tirando a mão dele do meu rosto.

- Emm por favor, não faça isso. – ele disse pegando minha mão, de um modo meio desesperado. – Eu vou me controlar, mas as crianças não tem culpa de o tio delas ser uma idiota.

- Nisso você tem razão, você é um belo de um idiota.

- Obrigado pelo belo. – ele deu uma risadinha, já tirando o foco da minha ameaça – Minha beleza é algo que não pode ser contestado.

- E nem o seu ego tamanho do mundo. – disse tirando minha mão da dele. – O primeiro passo querido é que eu nunca sairia com você. Nem só pra dar uma rapidinha em um canto, nem que você fosse o ultimo homem da face da terra. Porque você é muito arrogante, petulante, e porque você não faz meu estilo.

A gargalhada dele foi tão alta, e foi naquele momento em que a banda troca de música, que as pessoas que estavam ao nosso redor começaram a olhar e perceber quem estava ao lado deles.

- Ai Emma, essa tensão que se instala entre nós não é só eu que sinto. O que me prova isso, é que por mais que você diga que não, você nunca consegue sair e sempre deixa um toque enigmático no ar me atiçando ainda mais. – ele saiu do meu lado e veio para minha frente, colando seu corpo no meu, fazendo um calor se alastrar sob minha pele. – Esse, frisson¸ como você mesmo diz que eu sinto por você é tudo culpa sua, que começou com esse joguinho sobre suas tatuagens. – ele falou isso tão calmo e arrastado no meu ouvido, que eu poderia chegar sentir todos os pelos do meu corpo se eriçar.

Quando eu ia abrir a boca pra falar, o cretino tomou meu lábio inferior dando uma mordida, uma coisa que foi profundamente sensual.

- Por acaso eu tenho cara de idiota? – disse empurrando ele para longe de mim

- Não, bem pelo contrário, você tem uma puta cara bonitinha. – disse fazendo meu esforço ser em vão, colando seu corpo no meu de novo e segurando meu rosto em suas mãos. – Eu só não te dou um beijo aqui, porque já estamos dando um showzinho suficiente para os tablóides de amanhã.

Quem Foi Que Disse? (Standby)Onde histórias criam vida. Descubra agora