18 - O que todo preso faz?

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- Isso ai! - sorriu feliz, Ames - Duas semanas passam rápido, e agora que minhas coisas estão no seu apartamento ficará bem melhor para quando eu voltar!

Elas pularam de mãos dadas, como duas adolescentes que descobrem que o professor de física faltou, e não terá o teste.

- Me abraça de novo. - falou, Ames, rindo.

As duas continuaram a traçar suas metas, e futuros planos para a volta de America a Angelis.

Enquanto isso do outro lado do mundo.

Sra. Park Shin, uma clarividente que morava nos altos das montanhas no sul da Nova Ásia, oferecia suas oferendas a Sua Senhoria, por muitos anos manteve-se longe da sociedade, recolheu-se no interior da floresta, no seu casebre de madeira.

- Eu não posso fazer isso. - reclamou, irritada, Park Shin, ela ajoelhou-se em frente a Santidade pela milésima vez, implorando para que desistissem dessa missão que foi dada a ela.

- Tudo bem, eu entendo que tenho esse dom de ver espíritos. - continuava a conversar com Sua Senhoria.

- Não! Claro que isso não é uma reclamação... - tentou se defender. - Mas por favor, não! Realmente não quero me envolver nisso... - ela acenou, frenética.

- Ah! É claro que não sou digna deste poder! - reverenciou. - Mas por favor, não me faça isso. OKAY! ENTENDI! ENTENDI! ENTENDI! ME RENDO! EU VOU AJUDAR ESTE MALDITO CASAL! Mas vou cobrar isso, hein! Deixem na minha mão. Eles aprenderam a lidar um com o outro, por bem ou por mal... Mas saiba só faço isso porque você é meu amigo de longa data... Shalom... Espero que seu espírito possa descansar após isso.

America mordeu o lábio, nervosa demais, sentindo as pernas tremerem.

- Você nunca andou de avião? - ele riu da sua cara de espanto.

Ela acenou repetidas vezes.

- Inúmeras vezes... - tremeu o maxilar, - Mas sempre que o avião acelera, até a decolagem, meu estomago resolve mostrar que tem vida própria. - sorri, envergonhada.

- Relaxa... - ele disse simples, como se fosse fácil aliviar a tensão.

- Vamos falar sobre qualquer coisa por favor... Não coloque o fone, por favor. - implorou, histérica.

Ele olhou ao redor, e viu que a aeromoça vinha na sua direção.

- Se importa de trazer uma garrafa de Vodka... - pediu descontraído, chamou-a com um dedo para mais perto, e falou baixo para apenas ela escutasse - E um saco de vomito.

Levantou-se e se sentou na cadeira a frente America.

Esperou a aeromoça trazer seu pedido, junto com aperitivos, e dois sacos.

- Vamos beber... - falou, sério, America balançou a cabeça negando.

- America um copo, - ofereceu o copo, ela negou novamente, ele arqueou a sobrancelha, irritado.

Ela aceitou, contra sua vontade.

Mas era verdade o que Maxon disse, apenas um copo foi o suficiente para derruba-la.

Ela nem sentiu quando o avião decolou, acordou quatro horas depois com uma dor de cabeça terrível.

- Ai minha cabeça - choramingou, abriu um olho, e viu o remédio a sua frente, junto com um copo de agua. Ela sorriu, acanhada. - Obrigada.

Maxon apenas acenou com a cabeça, com sua atenção em seu notebook, redigindo documentos que ficaram de ultima hora.

O remédio fez o efeito que Maxon imaginou que faria: fez ela dormir novamente.

Se Um Dia Eu Fosse O MaxonOnde histórias criam vida. Descubra agora