16 - Cobra mãe, cobra filha.

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- Então... ? - começou ela, sentindo-se na obrigação de quebrar o silêncio. - Como você está? - perguntou, a única coisa idiota que veio a mente.

Sério, isso foi o melhor que eu consegui? "Como você está?"

Maxon que encarava seu próprio reflexo no espellho do elevador.

Sorrindo, disse:

- Bem... - riu, achando graça de sua própria piada interna.

America o encarou, sem entender.

- O que foi? - desesperou, abrindo a boca - Estou com algo no dente?

- Não. - continuou a rir, - E que normalmente as pessoas mesmo que elas te perguntem "se você está bem?" elas realmente não querem saber se está mesmo bem. Apenas por educação. Elas só querem ouvir você responder "estou bem". - deu de ombros, constrangido, pelos olhos espantados dela.

America arqueou a sobrancelha, com um sorrindo abrindo, entendendo um pouco mais.

- Você pensou nisso tudo em trinta segundos? - questionou-o, risonha. Ele corou, desviando os olhos.

- Você tem razão... - ela começou, e isso chamou sua atenção - Eu realmente não queria saber se você estava mesmo bem. - falou, séria.

Ele assentiu, atordoado.

- Mas... Posso te perguntar algo? - o encarou, esperando sua deixa.

Ele assentiu, novamente.

- Você está mesmo bem? - ela repetiu sua pergunta, dessa vez, enfática, como se agora era realmente algo que ela queria sabe. O que era verdade, porque seus olhos não descolaram dos dele.

Ele primeiro demorou a entender o que estava passando, mas finalmente, seu sorriso aumentou-se, como se ela tivesse compreendida algo que era apenas dele.

E como sempre fazia seu subconsciente, o traía, lembrando-o de Celeste.

Quando ele havia falado sobre isso com Celeste, a primeira vez, ela deu de ombros, irritada, disse que ele estava querendo muito dela.

Isso é querer muito de alguém?

É você ter certeza que a pessoa que ama, realmente se interessa pelo que se passa com você. Não apenas uma resposta vaga.

Isso é muito? Talvez ela tenha razão, mesmo.

- Maxon? - chamou, Ames, preocupada.

- Oi...? - confuso, voltando a realidade. - Desculpa.

- Você parecia distante... - ela começou, escolhendo as palavras com delicadeza - Parecia... magoado...

- Nada. - respondeu, grosso, saindo do elevador, caminhando em direção a seu carro estacionado.

America correu atrás dele, repreendendo-se.

Sabia que eu não deveria ter falado nada!

Droga! Maldita língua!

Maxon respirou fundo, virou-se rápido, batendo de frente com ela.

America que estava pensativa, demorou a entender que por um triz, quase caiu, se não fosse os braços de Maxon em sua volta, com certeza teria se machucado feio.

Ela corou, envergonhada.

Por susto, um carro que estava estacionado, dirigiu apressado pelos dois. E por terem sido acusados, involuntariamente, por suas mentes, se esconderam contra a parede, Maxon sem notar, aos poucos, deixou sua cabeça pender até chegar a curva do pescoço de America.

Se Um Dia Eu Fosse O MaxonWhere stories live. Discover now