Noite Quente

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  Dentro do carro, Lola respirava pesadamente enquanto chorava e ela sentia seu peito doer. Foi um misto de sensações naquele momento. Ela não estava apenas chorando pelo que Anna havia feito mas também pelo vídeo em que sua mãe havia aparecido. Naquele vídeo, junto com a trilha sonora, ela pôde reviver tais momentos de sua vida. A cada foto que se passava ela se recordava daqueles momentos. Quando viu uma foto dela pequena junto com a mãe na praia, ela sentiu sua pele ficar quente e podia jurar que sentiu o aroma de maresia e protetor solar pelo ar. Suas memórias cognitivas foram acionadas em cada foto. Não conseguiu conter as lágrimas. Quando percebeu que Anna havia aprontado naquele momento tão especial ela só conseguiu chorar mais ainda. Uma tristeza tomou conta de seu corpo e a falta de sua mãe a consumiu. Ela queria sua mãe ao seu lado naquele momento. Alguém com que pudesse deitar no colo e chorar enquanto era acolhida. Seu pai não era a mesma coisa, ela precisava de alguém especial. Então foi quando eu percebeu que Miranda a recolheu da multidão e confusão da festa desastrosa. A cobriu com seu casaco branco pois ela estava toda suja de bolo e água que havia sido derramada pelos sprinkles do local. Mais uma vez ela foi acolhida por sua amada Miranda. Que naquelas vestes na cor branca, dava um ar angelical à ela. Lola não hesitou e nem sequer disse uma palavra, apenas deixou-se ser guiada pela professora e entrou em seu carro. O que ela mais queria era ficar afastada de todas aquelas pessoas, até mesmo de seu pai, afinal foi ele quem resolveu convidar a loira alucinada e maquiavélica.
       Depois de andar com o carro por dois quarteirões, Miranda estacionou e desligou o carro. Virou-se para Lola que estava ao seu lado e lhe disse:
- Você quer que eu te leve para a sua casa? - ela perguntando delicadamente.
 Lola demorou alguns instantes para enfim respondê-la.
- Não. Eu não quero ir para a minha casa. Podemos ir para a sua?
 Miranda arqueou a sobrancelha e seu rosto iluminou-se em ter uma ideia melhor.
- Na minha casa, no momento, não seria apropriado, mas sei onde podemos ir.
  Sem questioná-la, Lola aceitou e assentiu com um aceno de cabeça. Miranda então deu partida no carro e elas seguiram caminho à um hotel afastado do bairro onde elas moravam.

**********

      Ao chegarem na entrada do hotel e após Miranda estacionar seu carro no estacionamento, Lola logo percebeu onde estava. Nenhuma das duas haviam ido para este local antes, mas era conhecido pelo nome.
     Desceram do carro e foram direto à recepção para fazerem check-in. O recepcionista lhes informou que só haviam quartos com cama de casal disponíveis, por mais que Miranda tivesse optado por um quarto com duas camas de solteiro, não haveria nenhuma desocupada. Então elas aceitaram, Miranda pagou tudo e pediu serviço de quarto para quando estiverem com fome. O atendente não perguntou qual era o parentesco entre elas ou qualquer coisa do tipo. Pediu a identidade de Lola e como ela era recém maior de idade, não houve problema algum.
    O hotel era maravilhoso em relação à arquitetura. Tudo era de um branco puríssimo e o piso era de porcelanato e as colunas de sustentação era feitas de puro mármore. Ao subirem pelo elevador, puderam ver como tudo era moderno. Uma música ao fundo, bem típica de elevador estava tocando. Miranda e Lola não trocaram muitas palavras até chegarem ao quarto delas. Miranda pegou a chave que tinha um chaveiro oval com o número 341 marcado nele com a cor preta. Ela então abriu o quarto e as duas ficaram encantadas com o ambiente. Uma janela grande e redonda iluminava o local com cortinas brancas . Uma enorme cama de casal king size ficava posicionada bem no centro do quarto. Um espelho gigante ficava de frente para a janela. Em frente à cama, uma televisão com dvd e um jarro de flores ficavam dispostos. Bem ao lado da parede em que a grande televisão de plasma e led estava pendurada, ficava o local onde estava a suíte. Na suíte tinha uma banheira redonda e ao lado um chuveiro.  Na pia do banheiro que era branca e feita de uma pedra brilhosa, uma torneira dourada que combinava com o entorno e com a ducha da banheiro e do chuveiro. Abaixo encontrava-se um armário em que haviam produtos lacrados e de um tamanho menor do que o habitual de shampoo e outros produtos de higiene pessoal.
    Miranda logo após fechar a porta, sentou-se na cama e tirou seu salto alto. Lola tirou o casaco de Miranda e entregou para ela.
- Muito obrigada!
- De nada - Miranda sorriu - Quer tomar banho primeiro? 
 Lola estava toda suja de bolo e ainda molhada pela água, então aceitou ser a primeira a tomar banho.
- Sim, claro.
   A menina pegou uma das toalhas brancas, fofas e cheirosas de amaciante e foi em direção ao banheiro. O celular de Miranda começou a tocar mas ela não se deu o trabalho de atendê-lo pois verificou que era seu marido. Desligou o telefone e viu que Lola estava ao seu lado e regressara do banheiro.
- Quem era? Não vai atender? - perguntou curiosa.
- Era Henrique e não vou atendê-lo.
- Porquê?
- Bom, não sei como te explicar mas nós...
  Miranda fez uma longa pausa dando um ar de mistério no ar, Lola arregalava o olho e balançava a cabeça a incentivando a contar.
- Eu vou me separar de Henrique.
 Lola ficou boquiaberta e deixou a toalha cair no chão.
- Mas como... o quê houve entre vocês?
- Uma história longa que irei te contar mas antes, porque não toma um banho?
- Ah, sim. Eu estava indo tomar mas não consigo abrir esse vestido. Você me ajuda?
​  Então Miranda levantou-se da cama e foi em direção à Lola que estava sem o adereço da cabeça e com o cabelo solto que estava um pouco úmido ainda. Ela recolheu o cabelo e o segurou para que Miranda abrisse o zíper que ficava atrás do vestido.
    Miranda observou o pescoço nu da menina e engoliu em seco. Travou antes de começar a abrir o zíper. Colocou a mão no zíper e devagar foi puxando-o para baixo. Quando mais puxada mais a pele branca e jovem de Lola era revelada. O zíper ia até o início do cóccix. Miranda pensou em se afastar dela mas ainda transtornada e balançada com a situação fez o que a menina tinha pedido em seguida.
- Me ajuda a retirá-lo?
  De costas para Miranda, ela pôde ver a mão de Lola puxando uma das alças do vestido para o ombro abaixo. Miranda levou suas mãos para a outra alça e começou a puxá-la para baixo. Algo dentro de Miranda a fez se aproximar do ombro nu de Lola e a beijá-la no local. O beijo quente fez com que Lola se vira-se de frente para a amada e com um olhar marcante umedeceu os lábios e se aproximou de Miranda.  A mulher por sua vez ficou surpresa ao ver o que a menina estava fazendo; lentamente, ela puxou o vestido para baixo e deixou-o cair no chão, revelando seu corpo quase nu, apenas usando uma calcinha da cor branca com rendas.  Foi então que Lola se encaminhou em direção à Miranda e encostou seus lábios nos dela.  A professora se entregou ao prazer e quando sentiu os lábios carnudos e macios de Dolores, ela percebeu que o que ela mais almejava era aquele momento. De dois corpos que se amavam estavam juntos se conectando.
   Miranda puxou Lola para mais perto de seu corpo e começou a beijá-la ardentemente. As línguas se entrelaçavam e as mãos de Lola estavam na nuca da professora, sempre a puxando para mais perto enquanto as mãos de Miranda estavam na cintura dela.
     Tudo começou a ficar mais quente quando Lola a encaminhou para a cama.  O corpo da menina ficou em cima do da mulher.  Lola estava ajoelhada na cama por cima do corpo de Miranda, a professora levantou-se e se aproximou de Lola. Os lábios de Miranda foram de encontro com os seios fartos e rígidos dela e antes de chupá-los, ela mordiscou de leve o bico de seus seios fazendo com que Lola gemesse alto. As duas voltaram a se beijar e Miranda percorreu com suas mãos por todo o corpo de sua amada. A mão quente subia e descia e chegando nos seios ela os apertava de leve e fechava os olhos em êxtase de prazer. As mãos de Lola foram de encontro as alças do vestido branco de Miranda e então, as poucos, enquanto se beijavam, ela retirou o vestido de seu corpo e deixou-a usando apenas o conjunto de sutiã e calcinha que eram da cor preta.
   Lola a deitou na cama e por cima de seu corpo ela a beijou na boca e foi descendo, passou pelo colo e a beijou entre os seus, foi descendo até a barriga e a arrepiou com o beijo doce e quente dado, quando chegou abaixo do umbigo, Miranda ficou tensa e sedenta de desejo. Antes de fazer qualquer coisa, Lola lhe lançou um olhar malicioso e então com as duas mãos, retirou a calcinha do corpo da professora. Quando Miranda ficou totalmente exposta e à merce de sua amada, ela pôde imaginar o que viria a seguir; antes de explorar o corpo da professora ela deu um beijo leve na virilha e foi indo mais para o centro. Beijou o sexo de sua amada e então começou a sua exploração libidinosa. Sua língua roçou no lugar exato em que Miranda sentia prazer e então ela gemeu alto. Quando Lola fez uma pequena pausa, a mulher pediu para que ela continuasse. Foi o que ela fez, voltou  a beijá-la e a explorá-la com sua língua quente e adocicada. Enquanto ela lambia e chupava seu clitóris e então sentiu o sabor de sua amada quando ela chegou ao ápice do prazer. Lola deu uma pausa e foi subindo em direção aos seios de sua amada, que de início ficou apreensiva em tirar o sutiã, mas Lola tirou-o devagar e antes de beijá-los e acariciá-los os admirou enquanto umedecia seus lábios. Enquanto Lola chupava os seios de Miranda, a professora apertava e dava batidinhas de leve na bunda da aluna.  Miranda resolveu entrar em ação e trocou de posição com Lola. Agora ela que estava em cima da outra. Com as unhas pintadas de vermelho cereja, Miranda retirou a calcinha branca de uma vez só do corpo jovem e esbelto da aluna. Levou seus lábios ao grandes lábios de Lola e os beijou. Quando chegou no clitóris, começou a excitá-la com a língua em círculos. Miranda sentiu o gosto de sua amada quando ela chegou ao êxtase. Lola ansiava por mais e gritava para que ela continuasse. Então os dedos longos da professora foram em direção ao sexo da aluna e começou a excitá-la enquanto ela fazia movimentos de vai e vem com os dedos dentro da amada. Com uma mão ocupada, ela usava a outra para apertar os seios e lambê-los ardentemente.
         Lola resolveu mudar de posição e fez com que Miranda deita-se na cama novamente. Dessa vez ficou em cima dela com o corpo virado ao contrário, com seus glúteos virados para face da outra. Nesta nova posição, ela se aproximou do corpo da amada e levou sua língua entre o ânus e a vagina dela. Miranda se contorceu de prazer e por sua vez também começou a fazer com que sua parceira sinta-se o mesmo prazer que sentia. 
      Entre posições, gemidos, chupadas, lambidas e beijos ardentes, as duas avançaram a um novo estágio de sua relação. Seus corpos se encontraram e se conectaram se uma maneira única. Cada célula do corpo de ambas ansiava para ter mais e mais de sua parceira. Cada parte do corpo de ambas foi admirado e explorado pela outra. Miranda não se sentia insegura como se sentia quando transava com o marido. Viu que Lola conseguiu a satisfazer em todos os sentidos. Lola percebeu naquele momento o que ela realmente queria e o que seu corpo e alma almejavam; a presença de Miranda ao seu lado para sempre. Por mais que elas soubessem que não seria tão fácil manter esta relação, naquele momento só existia as duas e mais ninguém. Era como se o mundo lá fora tivesse parado e as duas eram as únicas presentes e enquanto se amavam confirmavam o amor das duas.
    Depois de terem sua primeira noite de amor, os corpos de ambas arfavam cansados em cima do colchão da cama. Lola ofegava ao lado de Miranda. A cabeça da menina; que agora se tornava uma mulher; estava descansando em cima do tronco de Miranda. As duas ainda estavam nuas. exaustas e anestesiadas de prazer. Lola sorria bobamente e descansava nos braços de sua amada enquanto ela a acariciava nos cabelos cor de púrpura. Um lençol branco e fino as cobria e a lua cheia lá fora se iluminava sendo testemunha daquele amor proibido.
  - Foi... incrível - disse Miranda.
 - Foi o melhor aniversário que tive... Eu te amo tanto! - Lola declarou-se.
  Miranda parou de fazer carinho em sua cabeça e a mirou com seus olhos verdes.
- Eu te amo muito mais!
   As duas deram um selinho.
  As mãos delas se entrelaçaram.
- Você vai mesmo se separar do Henrique, não é?
- Claro que sim...
- Será que teremos um futuro juntas?
  Aquelas palavras pegaram a professora de surpresa.
- É o que eu mais quero, Lola. 
- Quero ficar ao seu lado para sempre, Miranda.
- Eu te amo!
   As duas se abraçaram e pegaram no sono enquanto dormiam de conchinha. Seus corpos quentes se encostavam e Miranda beijou a nuca de sua amada que estava deitada em sua frente com o corpo encaixado perfeitamente no dela.
   Naquela noite elas perceberam que suas almas eram destinadas à ficarem juntas, mas será que forças humanas e opostas seriam possíveis de impedir este amor?

A Cor Púrpura de Teus CabelosWhere stories live. Discover now