75

315 20 0
                                    

"Bom dia

Oups ! Cette image n'est pas conforme à nos directives de contenu. Afin de continuer la publication, veuillez la retirer ou télécharger une autre image.

"Bom dia."

Levanto-me no momento em que o Doutor se aproxima da porta do quarto onde a Anna passou a noite. 

"Bom dia." Aperto a sua mão com firmeza. "Posso vê-la?"

"Vamos ver se acordou." Confirma abrindo a porta calmamente. "Bom dia, Anna. Como te sentes?"

Entro atrás do doutor e fecho a porta antes de a encontrar sentada na cama, olhos inchados, lábios entreabertos e sobrancelhas franzidas em confusões. 

Parece-me bem. 

"Enjoada." Queixa-se seguindo os passos do médico atentamente quando este se aproxima. "Parece que a minha cabeça vai rebentar e não sei o que estou aqui a fazer."

"Eu sou o John, o médico que cuidou de ti." Esclarece querendo deixá-la a par de tudo. "Segue o meu indicador, por favor." Pede retirando uma pequena lanterna do bolso. 

Ela fecha os olhos no momento em que a luz atinge o seu olhar mas abre-os logo de seguida. 

"Isso está a deixar-me ainda mais enjoada." Queixa-se seguindo o indicador de um lado para o outro. "O que é que me aconteceu?"

Sento-me ao fundo da cama e dou o meu melhor para não me rir da sua expressão. O médico termina o exame e parece feliz com os resultados. 

"Foste drogada." Informa enquanto escreve algo no dossier ao lado da sua cama. 

"Drogada!?" A sua única reação é levar as mãos ao rosto, como se quisesse ter a certeza de que ainda existe.

"Não é uma substância que crie vício e também não deixa qualquer rasto." Informa numa tentativa de a acalmar. "Vais sentir-te como nova rapidamente."

"Quando é que me posso ir embora?"

"Daqui a algumas horas."

"Tenho pavor de hospitais. Não posso ficar aqui algumas horas." Resmunga como se fosse algo que o Doutor deve-se saber. 

O seu raciocínio não está no seu melhor e este vai ser um começo de dia, no mínimo, interessante. 

"Não há necessidade de ficares assustada. Prometo." Declara claramente divertido. "Não vou fazer mais nenhum exame. Só tens que descansar mais um pouco e esperar que os efeitos desapareçam por completo." 

"Há sim." Rebate estalando a língua. "Sou hipocondríaca."

"Tens muitas fobias, estou a ver." 

"Não imagina quantas." Insiste com seriedade. 

"Nesse caso devias ter acompanhamento psicológico." Sugere num tom mais profissional. 

"Envolve médicos, então, não quero." Recusa sacudindo os ombros. 

Encolho também os ombros quando o médico olha para mim, esperando que eu leve a sugestão a sério. Não posso ajudar, especialmente num dia como o de hoje. 

𝐶ℎ𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔Où les histoires vivent. Découvrez maintenant