Alianças De Sangue 2 - Transcendência

Capítulo 45 - Transcendência (Último Capítulo)

(Revisado)

— Como? — Adryan franziu o cenho, revelando através de seus olhos todas suas poucas certezas de que tal coisa era mesmo possível. — Como ainda podemos impedir tudo isso? — Indagou outra vez, olhando para Peter ao seu lado direito.

— Você não acha mesmo que é coincidência estarmos aqui nesse aeroporto, não é? — Ele disse com uma voz menos sonora do que Adryan costumava se lembrar, estava quase num tom totalmente rouco.

— Taylor não escolheu esse local apenas para facilitar sua fuga. — Philip completou as palavras de Hugman, deixando pela primeira vez todos ouvirem a sua voz. — O vírus está em algum desses aviões.

-— Como assim em algum desses aviões? São todos velhos, esse lugar está fechado a pelo menos uns três anos. — Olhou a sua volta, vendo uns dez aviões somente naquele grande hangar, todos empoeirados e sem brilho.

— E como exatamente vocês sabem disso? — Camile perguntou desconfiada como sempre, ainda tinha em suas lembranças o quão mentiroso era Peter Hugman.

— Nós o escutamos uma noite dessas. — O homem de cabelos longos respondeu. — Ele tem o péssimo costume de beber e tagarelar sozinho quando ninguém está vendo.

— Isso é verdade. — Leslie confirmou tal coisa, certamente se recordando de seu tempo como velha amiga do mesmo. — Taylor sempre teve esse hábito.

— E o que exatamente vocês ouviram? — Camile indagou.

— Ele falava baixinho, mas ouvimos muito bem quando ele disse que o vírus estava escondido dentro de um dos aviões, que era essa a última parte para que tudo enfim fosse concluído.

— Mas pra que colocar em um avião se não vai ter quem pilote?

— Vocês já ouviram falar no modelo J-Droider 145? — Peter indagou a todos, virando seu rosto naquele pequeno círculo de pessoas.

— Jota o quê? — Elise retrucou, ajeitando o óculos em seu rosto, o empurrando no centro com a ponta de seu dedo.

— J-Droider 145. — Repetiu outra vez.

— Não. Acho que nenhum de nós nunca ouviu falar. — O homem de olhos castanhos disse.

— É um modelo aparentemente comum de aeronave. — Peter começou a explicar o que era de fato o tal do J-Droider 145. — Seu principal destaque é que ele é programável.

— Como assim, programável?

— Quer dizer que você pode selecionar um destino e ele sozinho irá cumprir seu papel.

— Não precisando de um piloto à bordo. — Camile juntou rapidamente as peças. — Por isso ele escolheu esse local, não foi? Existe uma dessas aeronaves por aqui.

— Não somente uma, mas sim, centenas. — Afirmou.

— Então quer dizer que...

— Exatamente isso que você está pensando, Adryan. — Philip o interrompeu. — Taylor colocou o vírus em algum Droider.

— E como iremos impedir? Quero dizer, como você mesmo disse existem centenas espalhadas pelo aeroporto. — Olhou para Peter. — Segundo o avião não necessita de piloto, como podemos fazer alguma coisa?

— O J-Droider 145 não precisa de piloto, mas isso não significa que tal coisa tenha sido descartada. Existe sim uma cabine simplificada de comando, o que em casos raros, faz com que o avião seja controlado por um piloto.

— Agora só temos que encontrar esse tal de Jota não sei o quê. — Elise disse. — Podemos impedir que ele voe.

— Podemos. — Philip confirmou as palavras daquela mulher de cabelos cacheados. — Mas temos que ser rápidos. Taylor programou o avião para poucas horas, ou seja, quando chegar no horário certo, ele irá decolar automaticamente e ir direto para seu destino final, e se ele chegar lá em cima por conta própria, será o fim para todos que estão lá fora. O vírus será espalhado na altura ideal, sendo levado pelo ar para cada canto do plan...