Olá pessoas lindas, como vocês estão? Espero que bem!
Mais um capítulo maravilhoso pra vocês!
Espero que gostem! Votem e Comente!
Muito Obrigado!
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Narrado por Jhulia
Eu estava em prantos no pequeno quarto do formigueiro. Já fazia semanas que Miguel encontrava-se desaparecido. A última vez que eu havia visto-o tinha sido no túnel principal. Ele mandou-nos levar Crístian para o Sr. Eustáquio, mas ao chegarmos à porta da enfermaria ele não estava mais lá. Eu queria contar-lhe que após a cura de meu amigo, Crístian, aquele centauro que ele tanto odiava tornara-se um Guerreiro.
Ouvi baterem na porta do pequeno cômodo. Naquele momento eu não queria ver ninguém, apenas encontrar com o amor de minha vida.
– Jhulia, venha jantar. Você precisa comer! – Crístian disse do outro lado da porta.
– Não estou com fome! – Respondi.
Eu estava acabada, meu cabelo parecia uma crina de égua. Meus olhos estavam roxos e fundos. Eu havia quebrado tudo que fazia-me ficar bonita para Miguel. O resto de maquiagem que eu trazia no bolso, naquele momento estava sendo decomposto pelas sombras. Eu as havia jogado longe.
Ouvi de novo alguém bater na porta.
– Amiga, vamos comer? Hoje tem grama no cardápio, eu particularmente já estou cansada de comer raízes – Évil chamou-me, como sempre, bem-humorada.
Levantei-me lentamente e fui até a porta. Retirei a madeira que a segurava fitei minha amiga com meus olhos fundos.
– Nossa, você está acabada – ela abraçou-me e limpou minhas lágrimas.
Fiz que sim com a cabeça e deixei-a me levar até o refeitório. No caminho, encontrei Flik, cabisbaixo. O envolvi em um abraço aconchegante e sussurrei em seu ouvido.
– Miguel está bem, ele voltará.
– Tenho certeza disso...
Depois de comer, com muita má vontade, um delicioso fecho de grama, dirigi-me para meu quarto novamente, mas antes que eu adentrasse o mesmo, Évil surpreende-me.
– Você vai ficar chorando até quando? Todos nós sabemos que Miguel está vivo em algum lugar, o que nos resta é rezar para que ele volte logo. Venha comigo – ela puxou-me pelo braço e correu entre os túneis do formigueiro.
Esquivamo-nos pelo refeitório e entramos em um lugar pouco frequentado, continuamos a correr entre as tochas e subimos uma longa escada, coberta por teias de aranha. Por fim, atravessamos uma cortina de cipós e folhas e deparei-me com um lugar lindo.
Fitei rapidamente todo aquele campo que cercava as montanhas. Era possível perceber que aquele mundo era redondo. Faltava pouco para o anoitecer, a escuridão andava levemente ao horizonte e vinha em nossa direção. Vi os animais da savana correrem das trevas e aconchegar-sem aos pés das montanhas.
Antes que os últimos raios de sol desaparecessem de vez, avistei em meus pés uma linda pluma que a reconheci no mesmo momento. Peguei-a rapidamente e tudo escureceu-se. Segurei nas mãos de Évele e entramos de volta às escadas, que eram iluminadas.
– Olhe Évil, é a pena das asas de Miguel! – Falei animada.
– Que linda! Será que ele está por aqui?
– Acredito que não. Essa pena está enlameada devido à chuva de ontem, ele deve ter vindo aqui no dia que ele comeu as baratas. Ele disse-me que estava explorando o formigueiro... – Minha expressão emudeceu e a tristeza tomou-me – Ele mentiu, Miguel não quis mostrar-me esse lugar, porque estava bravo comigo. Meu namorado estava triste e eu nem percebi. Ele estava precisando de um abraço – caí em prantos novamente.
Évil abraçou-me e o calor transmitido pelo fogo causou-me uma sensação de paz. Me recompus e desci as escadas mal feitas até chegar ao refeitório.
Flik e Crístian conversavam ao lado de uma mesa.
– Até que em fim, por onde andaram? – Crístian indagou.
– Não é da sua conta – respondi enfurecida. Talvez eu houvesse exagerado um pouco, mas em minha situação eu não queria desculpar ninguém.
– Nossa Jhulia, que isso? – Todos murmuraram.
Saí do refeitório pisando alto e voltei para meu quarto, o qual eu dividia com Évil e Flik.
Eu já não aguentava mais chorar, minhas lágrimas não desciam. O pior de tudo era o desgosto, Miguel havia desaparecido e nós estávamos enciumados. O que me consolava era a noite maravilhosa de beijos que tivemos antes dessa catástrofe acontecer, mas mesmo assim a saudade batia. Naquela noite fizera nove dias do desaparecimento de Miguel e tudo corria depressa.
Bateram na porta no momento exato em que eu começaria a jogar as palhas da cama para o ar. Era Crístian.
– Jhulia?
– Me deixa em paz!
– Sr. Eustáquio está nos chamando em sua sala – ele argumentou.
– Não quero falar com ele! – A esse ponto minha garganta ardia esforçado-me para não gritar.
Ouvi os cascos de Crístian baterem no solo e afastarem-se de perto do quarto. Voltei à chorar e a bagunçar a cama, afundando-me em suas palhas e estendendo as mãos na parede de terra. Meus soluços ecoavam.
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Anjo Bélico
FantasyAnjo Bélico = Anjo Guerreiro Esse livro contém: √Fantasia √ Amor √Aventura Miguel era um nerd de 17 anos que sofria muito pelo seu jeito de ser, sempre foi um garoto muito dedicado aos estudos e nunca ligou para relacionamentos amorosos, para ele...