Capítulo XXIX

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Olá, como vai? Espero que bem! 

Estão a fim de conhecer Órtan, O Mundo dos Centauros?

Então embarquem nessa viajem junto com essa galera animal!

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  Em menos de minutos nós estávamos na praça em frente à escola, foi como se alguém nos avisasse que iríamos viajar em nossas mentes.

  Por sorte, deu tempo de despedirmos de nossas famílias e arrumar uma bela desculpa para os pais de Jhulia e Évele. Foi o tempo suficiente para dizer: "Mãe, pai, estou sendo chamado."

  Juntamo-nos ao centro da praça, em um piscar de olhos, que continha um desenho muito semelhante ao do quartinho dos desenhos em minha casa "A Estrela de Seis Pontas", que por ventura, não existia mais, apenas um cômodo normal com móveis velhos.

  Uma poeira branca começou a rondar  nossos pés. O lugar estava completamente vazio, apenas alguns carros estacionados, tirando isso, estava completamente desabitado.

  O pó formou um rodamoinho a nossa volta e, sem mesmo que eu me desse conta, tudo já estava branco e uma leve tontura quase me fez vomitar.

  Foi o teletransporte mais demorado da minha vida. Uma sensação muito esquisita. Ao mesmo tempo estávamos na praça, na casa de nossas famílias e em um lugar nevoado, começando a dar origem a silhuetas.

  Estávamos deitados em uma grama verde que chegava a brilhar. Varri os olhos em minha volta e pude ver Jhulia tentando se levantar, Évil ainda desacordada e Flik já em pé limpando suas roupas.

  "Incrível".

  Meu traje de batalha estava em mim. Minha calça marrom apertada, minha camiseta de penas, minha armadura de braços, meu protetor de orelhas e minha aparência linda de anjo.

  Todos estavam como em Órlan, o mundo dos Homens-Ratos. Évele e Jhulia colocaram o anel e ganharam as asas de volta. Flik com a aparência um tanto que assustadora.

  Levantei-me e ainda não era possível ver á minha volta. Ajudei Évil a se levantar, passei as mãos em meus cabelos e continuei a tentar enxergar algo através da neblina.

  – Acho que estamos em Órtan, o lugar dos centauros. – falei um pouco animado esboçando um largo sorriso.

  Só conseguíamos enxergar o chão onde pisávamos, pois o resto estava tudo branco e frio. Mesmo com nossas roupas quentes e impermeáveis era possível sentir o ar gélido batendo em nossos rostos e balançando nossos cabelos. No caso do Flik, pelos.

  – Vamos seguir em frente? – Jhulia indagou nos fitando.

  Fizemos que sim com a cabeça e esticamos as mãos com o propósito de não bater em nada.

  Caminhamos lentamente pela grama úmida até perceber que o tempo estava melhorando e a neblina estava dando lugar a algumas árvores e rochas.

  – Ah não! – resmunguei baixo ao ver a cena horrível em minha frente.

  Árvores arrancadas, pedras explodidas, cadáveres de centauros e animais, tudo que possa destruir seu dia estava naquele campo enorme, que por incrível que pareça ainda restava uma grama verde.

  – O que aconteceu aqui? – sussurrei mais para mim mesmo.

  – Admon... – Évil sussurrou fazendo escorrer lágrimas em seus olhos.

Anjo BélicoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora