Mafia

8-A Verdade

Octávio Narrando
Depois que sai do quarto de Clary vim para meu escritório pensar.
Se ela descobrir o que fiz certamente me odiara mais.
Eu já tentei em outras soluções, mas de nada adiantará.
Já faz 2 horas que estou no escritório, o efeito dos remédios em Clary já deve ter passado e a qualquer momento ela irá descobrir a verdade através dos seguranças de Fernando.
Mas negócios são negócios e não posso me deixar levar por sentimentos inúteis.
Desejo e atração que sinto por ela vai ter que passa com o tempo.
Sou frio o suficiente para pouco me importar com o que ocorrerá.
Eu a quero, eu a desejo. Me irrito só de pensar que ele irá toca-la.
Escuto gritos na porta do escritório e pronto lá vem Clary e certamente meus seguranças não conseguiram impedir ela por muito tempo.
Ela abre a porta do meu escritório furiosa e vejo meus seguranças atrás dela um tanto machucados.
Pronto lá vem bomba.

Clary Narrando
Assim que descobri que Octávio me daria o divórcio tão facilmente não acreditei, mas tudo o que é bom não dura para sempre.
Ele me entregou para Fernando como uma mercadoria.
Quem ele pensa que é.
Agora estou a sua frente depois de nocautear alguns seguranças.
-Octávio! -Grito chamando sua atenção, ele está sentado numa poltrona atrás de sua mesa como se nada estivesse acontecendo.
-O que você quer? -Pergunta ele no maior sinismo. -A já sei, você quer se despedir. -Fala ele friamente e calmo.
-Você me deu como um objeto! Como ousa! -Falo, ele pega um papel e estende para mim como se nada estivesse acontecendo.
-Assina aqui o divórcio por favor. -Fala ele normalmente.
Pego o papel de sua mão e assino e jogo o papel nele.
Lágrimas que tanto segurava saem de meus olhos sem minha permissão.
Enxugo as lágrimas e sigo para fora do escritório dele.
Sigo até onde os seguranças de Fernando me aguardam e planejo minha fuga.
Um deles tentam pegar no meu braço e desvio.
-Idiota eu sei andar sozinha. -Falo e vejo ele bufar.
Tenho que ser forte.
Eles seguem até para fora da mansão de Octávio e eu atrás, mas percebo que tem mais dois seguranças atrás de mim. Merda.
Um deles abre a porta pra mim entrar numa bmw preta e entro, assim que entro já vejo um segurança me esperando dentro do carro. Rapidamente entram um no lado do motorista outro do passageiro, e fico no meio de dois babacas. Percebo que os outros seguranças vão no carro atrás de nós.
Hum, interessante, para que toda essa segurança somente para me buscar.
Pelo visto Fernando sabe como eu sou.
O carro começa a se locomover e rapidamente saímos da propriedade de Octávio.
Observo a vista planejando meu plano de fuga.
Chegamos a uma cidade que fica próximo a uma propriedade minha. Aproveito que estamos numa rua conhecida e ponho meu plano em ação. Estamos próximo de um posto e no banheiro feminino tem uma bolsa escondida que pedi para Robson esconder para mim.
Melhor estar preparada para tudo nesse mundo.
Começo a fingir que to passando mal.
-Merda você tá bem? -Pergunta um brutamonte do meu lado.
-Só com enjoo, deve ser por causa da gravidez. -Falo e percebo o espanto deles e cara de nojo. -Vocês tem alguma sacola aí para eu vomitar? -Pergunto atuando e bingo deu certo.
-Merda, espera tem um posto próximo daqui. -Fala o babaca que está dirigindo, ótimo.
-Mas o chefe disse sem paradas. -Fala outro com certo medo e me dá vontade de soca-lo. Vontade de falar um cala boca idiota me vem à mente, mas decido continuar com minha atuação.
-Não quero vomito no meu carro. -Retruca o que está dirigindo.
Após uns minutos eles param num posto de gasolina.
-Vamos! -Fala um segurança me puxando pelo braço, saio do carro e vejo o outro carro que estava nos seguindo estacionando um pouco longe.
Ele me leva até o banheiro e para na porta.
-Sem gracinhas! -Fala ele sério e faço que sim com a cabeça e entro no banheiro fingindo estar passando mal.
Entro no banheiro e siga até uma parede onde tem uma caixa onde fica os papéis higiênicos, embaixo dessa caixa tem tipo uma mesinha com uma porta com senha. Digito os números que pedi para Robson colocar como senha, abro a porta e pego a bolsa, fecho a porta e sigo para o último banheiro onde tem uma janela que dá para os fundos do posto.
Entro na divisória e abaixo a tampa do acento vaso sanitário e coloco a bolsa em cima, abro a bolsa e tiro uma calça jeans de dentro junto com uma  blusa vermelha de manga curta solta e uma barriga falsa de grávida, tiro a camisola e visto a roupa rapidamente, troco a sapatilha preta discreta por uma sapatilha prata com pedrinhas. Procuro na bolsa um kit de maquiagem, assim que acho o kit pego uma peruca loira, faço um coque frouxo e coloco a peruca loira, arrumo um pouco para parecer natural. Pego um espelho e começo a me maquiar, faço uma pinta falsa no queixo e passo uma maquiagem simples com um batom rosa queimado fosco. Como sou muito branca dá para disfarçar. Coloco a barriga falsa. Pego um perfume dentro da bolsa e passo.
Pego a bolsa e coloco a camisola dentro dela junto com as sapatilhas.
Saio da divisória do banheiro e me olho no espelho, pronto que  parece que sou uma grávida. Merda meus olhos, eles vão me reconhecer, abro a bolsa novamente procurando lentes de contato, certamente Robson deve ter esquecido. Quase grito de alegria quando vejo uma caixinha, pego a caixa e abro e vejo as lentes castanhas, as pego e coloco rapidamente.
Me arrumo e pronto estou parecendo uma grávida normal.
Saio do banheiro ignorando o segurança que me trouxe, não o encaro e simplesmente ando normalmente com a mão na barriga como uma gestante.
Ótimo disfarce esse. Sigo normalmente e vejo os dois carros dos seguranças de Fernando provavelmente me esperando.
Sigo calmamente pela calçada saindo da vista dos seguranças de Fernando e sorrio me dando por vencida.
Ando pelas ruas e assim que vejo um orelhão sigo até ele. Entro na cabine e disco um número de Robson que somente eu sei.
Após o segundo toque ele atende.
-Madame. -Fala Robson já sabendo que sou eu.
-Rua Olivier, quadra 5, ponto de ônibus, gestante loira. -Falo rapidamente e desligo.
Saio da cabine e sigo até o ponto de ônibus. 
Certamente se alguém escutasse nossa conversa não entenderiam, mas tenho que ser prevenida.
Me sento no ponto de ônibus como se esperassem o ônibus.
Vejo um carro preto vindo e assim que se aproxima reconheço a minha Ferrari preta. Robson para a minha frente e sigo até ele rapidamente e entro no carro.
Ele sai cantando pneu e aproveito para tirar a peruca.
-Cadê o Murilo? -Pergunto.
-Nós aguardando no aeroporto madame. -Fala ele enquanto dirige. -Qual o destino? -Pergunta ele.
-Brasil. -Falo e começo a tirar a maquiagem. -Avise os seguranças para serem discretos. -Alerto. Chamaria muita atenção se chegássemos do nada em uma mansão que tenho no Brasil e vários homens usando ternos.
Após alguns minutos chegamos ao aeroporto e já estou de salto alto preto e sobretudo vermelho e um chapéu palha e óculos escuro. Porém troquei a peruca loira pela vermelha.
Robson me ajuda a sair e seguimos para meu jatinho. Assim que chego ao meu jatinho vejo Murilo usando uma calça jeans azul e uma blusa polo branca.
  -Madame. -Fala ele e me ajuda a subir.
Entro no jato e logo em seguida Murilo e Robson também. Robson fecha a porta e vai até a cabine do piloto. Após alguns segundos ele sai de lá e se senta a minha frente ao lado de Murilo.
O jato começa a se locomover e rapidamente já estamos no ar.
-Bom trabalho. -Falo os elogiando. -Sempre me surpreendendo. -Sorrio, pois essa fuga foi surpreendente até para mim.
-Eles não estavam preparados para a madame. -Fala Murilo e sorrio. Se Fernando me quer digamos que vai ter um pouco de trabalho.
Sorrio com tal pensamento.