13-Normal?

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Clary Narrando
Ja faz 3 meses desde o ocorrido, considero Fernando morto, ele nunca mais deu as caras e nem me procurou mais.
Atualmente estou morando no Rio de Janeiro.
Levo uma vida tranquila, por aparências pareço apenas uma microempresária bem sucedida.
Meus vizinhos novos mal sabem que faço parte da máfia.
Conheci um rapaz, ele chama Breno, ele é um carioca moreno dos olhos castanhos bronzeado naturalmente.
Ele é advogado e é perfeito, talvez um homem dos sonhos para qualquer mulher, mas não sou qualquer mulher.
Se eu o amo?
Claro que não, o conheço a apenas a duas semanas.
Sai com ele três vezes. Ele é perfeito, seria um marido perfeito.
Estou de camisola sentada numa cadeira apreciando o por do sol em meu apartamento de luxo que fica de frente para o mar enquanto degusto um dos meus vinhos preferidos.
Queria poder levar uma vida normal, amar e ser amada, ter filhos e envelhecer sem temer o amanhã.
Me lembro de Octávio, ele nunca me tocou, mas sabia que o afetava. Eu estava casada com ele, ele poderia me tocar, me tornar sua mas não o fez. Simplesmente me vendeu para Fernando.
O motivo? Bom não sei.
Me lembro do beijo em que dei em Fernando, não sei se foi a bebida, mas ambas as partes se atraiam.
Enquanto estou distraída escuto um barulho.
Estou sozinha nesse enorme apartamento, Robson e Murilo devem estar em seus apartamentos se divertindo com mulheres certamente.
Me levanto com cautela e sigo até meu quarto. Saio do meu quarto e olho o longo corredor. Tudo está tranquilo, deveria ter comprado um cachorro para soar como alarme nessas horas.
Sigo até a cozinha calmamente e corro para pega uma faca. Afs deveria ter escondido armas em todos os cômodos, mas me mudei a pouco tempo para esse lugar.
Sigo até a copa e assim que chego na copa vejo alguém sentado no sofá, ele acende a luz do abajur e o vejo.
-Não pode ser, eu o matei. -Falo ainda chocada olhando o homem a minha frente.
Antes que possas perceber sinto uma picada no pescoço e me bate um sono repentino.
Caio lentamente ao chão. Antes de fechar os olhos o vejo e fico com raiva de mim mesma por não conseguir me mover, meu corpo já não me pertence mais.
A escuridão me consome e apago.

MafiaWhere stories live. Discover now