A Visita

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Dois Meses Depois

Clary Narrando

Acerto novamente meu alvo. Nesse momento estou treinando tiro ao alvo.
Recarrego minha arma e recomeço novamente meu treinamento. Sempre é bom treinar e como não posso fazer exercícios intensos que podem me prejudicar por eu estar grávida eu optei por treinar tiro ao alvo, nunca se sabe o que de novo pode acontecer.
-Senhora. -Um dos homens me chama. Paro de atirar e o olho seria esperando ele falar.
-Sim. -Falo e depósito a arma sobre a mesa próxima a mim. Tiro as luvas e a deixo sobre a mesa também.
-A senhora tem uma visita. -Avisa ele e o olho curiosa pois não estava esperando ninguém. Robson foi resolver uns negócios de recebimento de armas novas e os gêmeos estão tendo aula com sua professora particular.
-Quem? -Pergunto e o olho aguardando sua resposta.
-Marília, esposa de Octávio. -Responde ele e arqueio uma sobrancelha surpresa. -Ela está no hall de recepção. -Informa ele.
-Ok, irei recebê-la. -Falo. -Pode se retirar. -Aviso. Rapidamente ele sai.
Me pergunto o que raios a vaca da esposa de Octávio está fazendo aqui.
Respiro fundo me controlando e me preparando psicologicamente para vê-la.
Saio da minha sala de treinamento e caminho a passos rápidos até a o hall de recepção.
Assim que chego a sala de recepção vejo Marília de costa para mim. Seus cabelos louros escuro estão soltos e ela está usando um vestido tubinho azul.
-O que devo a honra de sua visita? -Pergunto de forma um tanto forçada e dou um sorriso amarelo enquanto faço uma contagem mental para não dar um tiro em sua testa.
Marília se vira e primeiro me olha de cima a baixo. Estou usando um vestido preto que vai até os joelhos com decote V e estou usando um salto preto.
Percebo ela olhar minha barriga. Pelo vestido ser um pouco justo já da para se notar um pouco minha barriga e saber que estou grávida.
-Precisamos conversar. -Fala ela e me olha com certo desdém como se estivesse lutando com uma força dentro de si para não fazer tal ato. Pelo tom de sua voz noto certa preocupação.
-Por a caso está preocupada que Octávio saiba que sua atual esposa se ofereceu para um homem casado? -Pergunto irônica. -E até insinuou que fugissem. -Argumento.
-Olha sua! -Começa ela a falar alto e se aproxima apontando o dedo no meu rosto.
Respiro fundo tentando me controlar.
A o olho nos olhos de forma fria.
-Como ousa vir até minha casa e levantar o tom da voz e ainda por cima apontar esse dedo na minha cara. -Falo num tom sério deixando evidente minha fúria. Ela se recompõe e se afasta o suficiente.
-Eu vim até aqui pedir para que não fale para Octávio o que ouviu sobre o que eu disse. -Pede ela num tom mais baixo e me olha. -Por favor. -Pede ela numa súplica. Sabe aquele momento em que você vê alguém que menos esperava pedindo por favor e você só pensa: "foda-se você".
-Você até que me surpreendeu agora vindo pedir isso, para quem iria até abandonar a filha para fugir. -Brinco.
-Não foi fácil eu tomar a decisão de vir, mas por favor. -Pede ela.
-E por que raios você acha que eu perderia tempo indo ver Octávio para falar isso para ele? -Pergunto e a mesma permanece em silêncio. A coisa que mais quero é distância de Octávio. -Tenho mais o que fazer do que cuidar de assuntos como estes. -Falo de forma fria pouco me importando. Vejo sua expressão suavizar.
-Você está grávida de Robson? -Pergunta ela novamente olhando minha barriga. Respiro fundo irritada com sua presença.
-Se era apenas isso que queria falar comigo queira se retirar de minha residência por favor. -Falo num tom sério deixando evidente que não quero mais falar com ela.
-Está me expulsando? -Pergunta ela sem acreditar.
-Para quem era apenas uma mulher que era amante de vários mafiosos casados até que você escuta bem. -Falo irônica. -Me explica como que você conseguiu se casar com Octávio? -Pergunto curiosa.
-Não tive culpa se ele precisava de uma mulher de verdade ao lado dele. -Fala ela confiante de si e acabo caindo na risada.
Após rir um pouco de seu comentário me recomponho e a olho.
-Você é hilária, deve ter se deitado com tantos homens que já perdeu a conta. -Digo. -Agora saia da minha casa ou mando tirá-la a força! -Falo alto para que ela escuta bem.
-Você não ousaria. -Fala ela duvidando.
Um sorriso surge em minha boca.
-Você usa aplique? -Pergunto e a mesma me olha sem entender. -Que pergunta a minha, mulheres como você são artificiais. -Falo. -Sabe você é muito oferecida. -Argumento e a mesma avança sobre mim deixando evidente que não gostou de meu comentário.
Antes dela puxar meus cabelos dou um soco em seu rosto e ela cambaleia para trás. Antes dela se recompor me aproximo dela e puxo seus cabelos. Ela se desequilibra e cai ao chão e seguro seus cabelos com mais forças.
-Me solta! -Esbraveja ela furiosa tentando se soltar.
Sorrio e subo em cima dela.
Seguro seu rosto com uma mão e a olho nos olhos e a mesma me olha assustada.
-Já sofreu em uma tortura? -Pergunto de forma fria e a mesma parece que ficou mais assustada. Ela tenta se soltar e solto seus cabelos e seu rosto.
Seguro em seu pescoço.
-Seria interessante lhe torturar, talvez eu possa contar algo para Octávio fazer isso. -Falo e sorrio para ela. Digamos que Octávio não tem uma fama boa em relação à torturas e Marília deve saber bem disso pois afinal de contas ela é sua atual esposa.
Aperto seu pescoço com força soltando toda a raiva que estava sentindo dela.
-Por... por favor. -Fala ela com dificuldade.
Sorrio satisfeita por saber que enfim a coloquei no seu lugar.
Solto seu pescoço e seguro seu rosto com força.
-Miriam! -Grito por Miriam ainda em cima de Marília.
Aguardo um pouco e rapidamente Miriam aparece.
Noto sua expressão de surpresa.
-Senhora... -Começa ela a falar preocupada.
-Abre a porta para mim. -Peço. Miriam demora um tempo para assimilar o que pedi. Rapidamente ela abre a porta. -Obrigada Miriam, pode se retirar agora! -Mando deixando evidente que não quero ser questionada. Ela entende meu recado e retorna para cozinha.
Volto a olhar Marília que se encontra em estado de choque.
Sorrio e me levanto de cima dela.
Paro em pé a sua frente e arrumo meu vestido.
Marília se senta no chão e antes de levantar e a interrompo.
-Deixe-me ajudá-la. -Falo de forma fria e paro atras dela. Pego em seus cabelos e a puxo até a porta. -Já que não quis sair quando mandei, agora sinto que devo lhe ajudar. -Digo.
-Me solta! -Esbraveja ela enquanto me aproximo da porta.
Noto alguns de meus homens olharem um pouco espantados quando me aproximo da porta.
Não é todo dia que eles veem a esposa de um mafioso como Octávio desse jeito.
Paro na porta e a jogo para fora.
Um pouco descabelada ela se levanta rapidamente e se ajeita.
-Isso não vai ficar assim! -Fala ela irritada me olhando de forma brava num tom de ameaça.
-Só não a mato porque você é uma vaca sortuda, mas a próxima vez que vier até minha casa e depois tentar relar um dedo em mim apenas lhe garanto que não sairá viva de minha casa. -A ameaço. Em seus olhos vejo um misto de raiva e medo.
Marília vira as costa e anda a passos rápidos até o portão.
Um dos meus homens se aproximam e o olho seria.
-Não quero ver ela nunca mais botando os pés nesta casa! -Falo alto o suficiente para ele entender.
-Sim senhora. -Fala ele.
Respiro fundo e retorno para dentro de casa.
Me pergunto porque não a matei.
Raios! Não posso matar a esposa de Octávio derrepente sem alguma prova contra ela. Penso um pouco irritada.
Sigo até a cozinha a passos rápidos querendo falar com Miriam.

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