Sendo mãe

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Clary Narrando
5 anos depois.

Acordo com Heitor e Pedro brigando. Abro os olhos ainda sonolenta e olho no relógio digital em cima do criado mudo ao lado da minha cama.
De novo.
-6h da manhã ainda. -Falo um pouco sonolenta ao ver a hora.
Respiro fundo e me espreguiço. Me levanto da cama e coloco o hobin sobre a camisola. Sigo até a porta do meu quarto descalça e antes de abrir paro para escutar um pouco.
Amo meus filhos, mas agora que eles estão com 5 anos e eles sempre me acordam nesse horário então já me acostumei.
-Mamãe vai quele que eu leve o café manhã pa ela. -Fala Heitor emburrado. Sorrio ao escutar ele falando, parece que eles estavam planejando um surpresa para mim.
-Ela vai quele eu! -Esbraveja Pedro.
Melhor eu intervir até que eles comecem a brigar.
Abro a porta vendo meus dois tesouros dos olhos azuis e cabelos castanhos médio.
Eles se assustam ao me ver e quase derrubam a bandeja com um copo de suco em cima e algumas bolachas e um pedaço de bolo.
Sorrio para eles.
-Que tal a gente ir para cozinha e comemos todos juntos. -Sugiro sorrindo e me abaixo ficando na altura de ambos. Os dois concordam com a cabeça um pouco triste. -Já sei, que tal a gente ir na cozinha pegar mais coisa para comer e vir comer no meu quarto vendo algum filme. -Digo. Vejo os dois sorrirem.
-Melholo mas eu não quero ve desenho. -Fala Pedro. Às vezes eu me pergunto se os dois realmente são crianças.
-Filme de tilo. -Fala Heitor animado fazendo eu arquear uma sobrancelha. Respiro fundo já sabendo que não adianta eu falar que não.
-Tabom, mas agora vamos até a cozinha. -Digo me dando por derrotada e me levanto.
Pego a bandeja das mãos dos dois e seguimos até a cozinha.
Desço as escadas com os dois e sigo até a cozinha.
Me assusto vendo Robson tomando café da manhã.
-Bom dia madame. -Fala ele na sua pose de inatingível com um olhar distante. Acho que ele ainda não superou a morte de Murilo, eu também não.
-Bom dia. -Digo sorrindo.
Depois que virei mãe vivo sorrindo, sem olhar frio e calculista, mas apenas sou assim dentro de casa e apenas na frente de Robson. Não posso demonstrar minha felicidade na frente de outras pessoas pois é perigoso.
Robson nota os gêmeos atrás de mim.
-Bom dia pirralhos. -Fala Robson abrindo um sorriso para meus filhos e ambos correm até ele e se sentam ao seu lado.
-Tio fala pa mamãe deixa a gente apende a atila. -Fala Heitor fazendo eu arquear uma sobrancelha em um tom de reprovação. Levo a bandeja até a mesa e a pouso sobre a mesa.
-Heitor e Pedro já falamos sobre isso, vocês são muito novos. -Dou uma bronca neles.
Não quero meus filhos atirando por aí. Ambos ficam triste. Talvez eu tenha sido muito dura com eles, mas eles só têm 5 anos, daqui dois meses farão 6 e não quero meus filhos ao invés de terem uma infância com armas em mãos.
-Tá bom. -Falam os dois um pouco triste me fazendo ficar mau.
-Quando vocês ficaram um pouco mais grandes a mãe de vocês vão deixam. -Fala Robson e manda uma piscadela para meus filhos os fazendo ficaram alegres.
Sorrio alegre.
Ainda bem que tenho Robson, ele me ajuda muito com os gêmeos.
Acho que eles sentem falta de um pai e se apegaram muito a ele.
Ano passado eles me perguntaram sobre o pai dele e contei que Fernando estava morto e que era preciso para o bem deles.
Depois disso nunca mais os dois tocaram no assunto me deixando aliviada e preocupada ao mesmo tempo. Por mais que Fernando tenha me feito passar por mau momentos não quero meus filhos crescendo com raiva de alguém.
Sorrio vendo o jeito que Robson me ajuda com meus filhos.
Ele seria um ótimo pai certamente. Penso olhando a forma que ele os trata.

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