24. A família dele - Emily

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Quando chegamos Giovanni mal estacionou e Nina saltou porta afora e correu ao abraço de uma mulher com um menino no colo que chegara junto conosco. Permaneci sentada no carro por alguns segundos. Giovanni sorriu amigavelmente ao me envolver pela cintura e sussurrou no meu ouvido.

— Não se preocupe, eles vão adorar você. — olhei indecisa e ele beijou-me. — Claro que vão, eu a adoro!

Aproximamo-nos da mulher. Ela sorriu e abraçou longamente Giovanni. E ele me apresentou. Giordana, sua irmã, cumprimentou-me educadamente.

— Como sempre, tem bom gosto. Muito bonita sua namorada. — sorri em agradecimento. Ela pegou no colo o filho. — Este é o Leonardo. Lele para família. — Cumprimentei-o acariciando seu cabelo. Ela chamou o marido que tirava a cadeirinha de Leonardo do carro e trazia uma grande mochila de bebê. — Este é Bernardo, meu marido. Bê, esta é a nova namorada do Gi.

Ele sorriu e apertou minha mão. Ele e Giovanni abraçaram-se.

Entramos. A casa era confortável e tinha estilo colonial. Giordana entrou gritando pelas pessoas, cumprimentando-as alegremente. Todos se saudavam, falavam alto e ao mesmo tempo.

Conheci diversos tios e primos de Giovanni, todos simpáticos. Vários diziam em tom de brincadeira para eu tomar as rédeas desde cedo, podar as asinhas dele; o tipo de coisas que famílias costumam dizer. Eu sorria na tentativa de ser simpática. Ficara aliviada por Giovanni não desgrudar de minha cintura, assim sentia-me segura.

Finalmente, conseguimos chegar à cozinha onde estava a parte mais importante da família reunida. Giordana, Filippo, o irmão mais novo de Giovanni, seu pai, Antônio, e sua mãe, Renata. Quando chegamos, todos ficaram em silêncio e suas atenções se voltaram para nós. Giordana sorriu.

—Essa é a Emily, a nova namorada do Gi. — ela comunicou enquanto Giovanni abraçava calorosamente a todos.

— Está cuidando bem do meu filho? — Fitei seu pai sem saber o que dizer, então Antônio cumprimentou-me com um abraço e sorriu. — Claro que sim, ele está com o sorriso nas orelhas.

— Meu irmão tem bom gosto! — Filippo me olhava maliciosamente. — Quantos anos mesmo você tem?

— Ei! Não arraste as asinhas para ela. Já está acompanhada. — Giovanni se aproximou e fingiu-se brabo com o irmão ao me abraçar.

Eu estava completamente vermelha de vergonha. Percebia que eles brincavam entre si com charadinhas, todavia isso me incomodava. Além de que estava claro que desde que entrei todos achavam uma forma de salientar que temos uma grande diferença de idade. Isso me deixava mais nervosa ainda.

Sua mãe ignorou minha presença por um tempo ao terminar os preparativos para servir a macarronada com molho de galinha. Giovanni abraçou suas costas e lhe beijou a bochecha.

— Eu disse que vinha.

— Pena não ter trazido Rebeca. — a mulher se lamentou sem me olhar. Engoli em seco o baque no meu coração e mirei meus pés.

— Não comece. Não quero brigar no dia de seu aniversário. — ele soou irritado e fitou Nina que estava por ali espiando o que tinha de sobremesa. — Filha! Me esqueci do presente da nona no carro. Pegue para mim, por favor.

Nina saiu correndo para pegá-lo. Ele puxou-me para perto de sua mãe.

— Eu queria te apresentar a Emily.

Ela me saldou com um aceno de cabeça e eu apenas sorri, com certeza eu estava um pimentão.

— Meu filho, ela é tão jovem. — a mulher me ignorou. — Parece até que roubou uma das namoradas de seu irmão. Me diga, como ela irá cuidar de você? Isso não pode dar certo.

Jovem AmorWhere stories live. Discover now