Capítulo 17

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Nesse capítulo tentei colocar aquelas carinhas que se usa em mensagens, mas o wattpad deixou elas feias e gigantes... :( Vou deixar assim, porque não consegui arrumar...

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Dia seguinte, era sábado. O dia do meu show. Eu gostava dos sábados à noite, porque adorava cantar. Mesmo quando nada mais dava certo, cantar era algo que sempre deu. Ou pelo menos fazia eu me sentir bem.

Naquela tarde no ensaio, esperei pelo Rafa, mas dessa vez ele não veio. E quando mandei uma mensagem para o celular dele "Eu esperei por você, mas você não apareceu...", vi que ele leu, mas não respondeu. Achei aquilo estranho e então resolvi descer cedo, na hora em que o bar abriria, para vê-lo. Procurei por ele em todos os cantos do bar-casa de festas, mas ele não estava lá.

– Cadê o Rafa? – perguntei para a Natália.

– Ele ligou há pouco e disse que hoje não vem.

– Por causa da prova de amanhã? Vai ser bem cedo.

– Não sei. Deve ser.

– Será que ele está em casa agora?

– Acho que está.

– Tá. Vou lá falar com ele. Volto na hora do show.

Geralmente, eu vinha respeitado o tempo que ele me pediu, mas agora, com o sumiço estranho dele, eu me esqueci de tudo isso. Eu só queria vê-lo. Ver se ele estava bem e, talvez, desejar boa sorte. Ou algo mais, se ele me permitisse.

– Tá. Tchau, Bia.

E eu fui. Subi o elevador e pressionei o botão do quinto andar e logo me encontrava parada em frente à porta do apartamento dele. Toquei na campainha, mas não houve resposta. Então telefonei para ele.

– Rafa? – bati na porta. – Eu sei que você está ai, estou ouvindo o teu telefone tocando.

E ele então abriu a porta, mas não estava nada feliz em me ver. Na verdade, ele não parecia muito bem.

– O que houve? Você parece péssimo.

Mas ele não disse nada, apenas ficou parado me olhando, com uma expressão fechada.

– Posso entrar? – perguntei. Ele ainda não disse nada, mas foi para o lado para me dar passagem. – O que aconteceu?

– Vem aqui. – ele afinal disse, e seguiu em direção ao quarto dele, e eu fui atrás. Então ele abriu a janela. – Olhe aqui, Bia. O que você vê?

Eu fiz o que ele pedia.

– A rua? – falei, começando a entender o que tinha acontecido. O que ele, afinal de contas, tinha visto, e porque estava agindo daquela maneira. Fiquei muito nervosa. Mas muito nervosa mesmo. – Você nos viu...

– Eu estava esperando por você, Bia. Tinha ido ao seu apartamento e sabia que você não estava em casa.

– Mas não é o que você pensa...

– Não? Eu penso que vocês estavam se beijando.

– Sim. Estávamos! Mas era uma despedida... Não significou nada!

– Não significou? Pois para mim significou muita coisa. Significou que você não se sente do mesmo jeito do que eu. Porque se você se sentisse, nunca beijaria outra pessoa.

– Não é bem assim, Rafa...

– Não mesmo?

– Sim, eu dei uma chance para ele, mas foi porque você nunca me falou como se sentia! Ou o que queria! Você só pediu para se afastar por causa dessa prova, que ela era importante. Nunca me disse até semana passada que me queria também! Eu estava confusa, Rafa!

Nunca pensei (completa)Where stories live. Discover now