Suddenly is love

The Moment

Olá gente.

Estamos na reta final, aproveitem :)

Camila POV;

Ela desceu do carro. Entramos na minha casa. Meu pai e minha mãe sentados no mesmo sofá. Quando nós passamos pela porta, os dois levantaram ao mesmo tempo. Enchi os pulmões de ar.

- Papa, Mama, esta é Lauren – Disse.

Os dois ficaram olhando-a, analisando-a para ser mais exata. Lauren baixou a cabeça envergonhada. Não gostei daquele gesto covarde, ela havia sido tão corajosa diante do Luís, porque iria fraquejar agora? Levantei o queixo dela. Depois segurei sua mão.

- Boa noite – Disse tímida.

- Boa noite – Disseram os dois ao mesmo tempo.

- Aceita um café? Uma água? – disse minha mãe tentando manter a naturalidade, embora estivesse deveras constrangida. Admirei isso nela. Nas últimas horas ela era toda surpresas. Meu pai era mais resistente.

- Não, obrigada – Voz trêmula.

- Sente-se – Disse meu pai apontando a poltrona. Nos sentamos os quatro.

- O seu-seu noivo, e-ele está mais calmo? – Perguntou minha mãe gaguejando. Ela estava falante hoje, perceberam?

Nessa hora, Lauren olhou-me quase desacreditada, ou melhor, com aquela cara de quem diz “você contou?”

- Ele não reagiu muito bem, mas a minha decisão já estava tomada, e diante das circunstâncias, o pior que pode acontecer é o meu pai ficar sabendo de tudo – Disse e respirou fundo. Mãos geladas.

- O seu pai é contra? – Agora era meu pai quem comandava o interrogatório – Está dizendo que ele ainda não sabe sobre você?

- Na verdade, Senhor...

- Carlos – Disse ele.

- Senhor Carlos, a alguns anos atrás, quando meu pai tomou conhecimento a respeito da minha... - Olhou-me por um instante e sorriu pelo cantinho da boca – Da minha condição sexual – Disse firme – Ele reagiu muito mal, houveram muitas discussões entre nós a ponto de eu ser expulsa de casa – Meu pai a olhava pensativo – Nesse tempo, eu conheci o Luís, meu ex-noivo – Olhou-me novamente, ela frisou o “
ex-noivo, nossos olhares estavam tão conectados – Eu me anulei Senhor Carlos, e quando conheci a Camila, foi como voltar pra vida – Respirou fundo, estava buscando coragem para continuar aquela conversa – Eu lutei contra, claro. Ela é uma menina de dezessete anos, mas, não consegui lutar por muito tempo, foi mais forte. Eu amo a Camila – concluiu.

- Quantos anos você tem, Lauren? – Ele ainda estava sério.

- Camila me provou por A+B que isso não fará a mínima diferença. Tenho 29 – Disse.

- Papa, não complica! Nós nos amamos, isso que importa.
Ele levantou-se, nos levantamos também.

- Bom... – Suspense, ele adora isso. Uns minutinhos nos olhando com aquela cara de bravo. – Espero que você consiga mantê-la longe de encrencas – Disse e estendeu a mão em direção a Lauren. Ela sorriu, e logo estendeu a dela, eles apertaram as mãos. Eu sorri. Estava explodindo de felicidade. Quem diria. Aquele pai coração de pedra. Posso considerar isso como uma prova de amor? Tão bom não se sentir rejeitada pelos próprios pais.

- Pode deixar – Disse ainda tímida – Camila vale a pena.

Eu não merecia ouvir isso. Respirei fundo, aliviada. Enfim, um problema resolvido. Meu pai olhou-me.

- Camila, essa moça é lin...

- Para papa! É minha namorada – Sorri.

Minha mãe deu um abraço em Lauren. Ela ficou sem ação. Não esperava uma sogra carinhosa.

- É nossa única filha – Disse – Não faça o nosso bebê sofrer.

- Mama! Isso é coisa que se diga? – Nossos pais têm essa mania, né? Nos matar de vergonha. Puxei Lauren pelas mãos – Vem – Disse – Quero te mostrar uma coisa.

Entramos no meu quarto, fechei a porta.

- Esse é o último lugar que eu pensei entrar um dia na minha vida - disse ela – O que você tem para me mostrar?

- Isso – Segurei seu rosto com as duas mãos e beijei-a demoradamente.

- Aqui não, Camila. Respeita os seus pais – Disse enquanto nos beijávamos. Já estava encostando-a na parede do quarto – Pega sua roupa da escola. Vamos pra minha casa. Acho que seus pais não vão se importar.

A sugestão era boa, mas, quem disse que eu conseguia parar de beijá-la? Minhas mãos passeavam por baixo da sua blusa. Ela tentava se esquivar, lutava contra o calor que vinha do seu corpo.

- Só um pouquinho – Sussurrei no seu ouvido.

- Não! – Disse empurrando-me – Não abusa da compreensão deles.

Somos perfeitas, ela a razão, eu o coração. Diferentes demais. Acho que é essa diferença que irá nos unir, posso tentar trazê-la para o meu mundo, e tentar conviver com o mundo dela. Vai que gostamos dessa troca? A diferença une por isso. Sempre teremos algo para oferecer uma pra outra.

- Tá bom, tá bom. – Abri uma gaveta, peguei umas roupas e coloquei na mochila – Vamos logo – Disse e dei-lhe mais um beijo.

- Teremos tempo, muito tempo – sorriu.

Não teve mesmo repreensão por parte dos meus pais, na verdade, acho que eles até gostaram da idéia de saber onde me encontrar sempre que precisasse. Sim, Lauren fez questão de deixar o endereço da sua casa e todos os telefones de contato.

Lauren nem colocou o carro na garagem, entramos na casa dela e não deu tempo nem de irmos para o quarto. Pra ser mais exata, antes de entrarmos na varanda, já estávamos quase nuas. Entramos na sala caindo pelo sofá, no minuto seguinte rolamos para o tapete, fazendo amor. Lauren me chupava e me penetrava sem pressa, sem medo. Nossos gemidos juntos fazia um som maravilhoso. Deitei-me sobre seu corpo, comecei a chupar seu sexo com vontade. Ela cravava suas unhas na minha pele, arranhava, me deixando louca. Ela gozou na minha boca, nos meus dedos, varias vezes seguidas. Nos amamos assim por horas.

O despertador tocou. Tomamos banho juntas e óbvio, fomos juntas para a escola. Ninguém nos viu chegando juntas. Eu desci uma esquina antes do colégio, para não levantar suspeitas. Nos encontramos no corredor, mas, estava estranho. Nós passávamos e as pessoas olhavam, falavam entre si. Até que ouvimos um comentário.

- Que pouca vergonha – Disse uma menina, devia ser da minha idade.

Eu iria tirar satisfações, mas, Lauren segurou meu braço, impedindo minha dispersão. Nessa hora, Dinah veio até nós, parecia ter visto um fantasma. Ela abraçou-me.

- Fica calma – Disse.

- O que tá acontecendo? – Acho que Lauren também queria fazer aquela pergunta.

A Professora Chelsea também apareceu nessa hora. Segurou nas mãos de Lauren.

- Vamos até a secretaria – disse calma.