- Bom, agora que estamos sozinhas, me diz! O que rolou?
- Rolou? – Fitei-a intrigada, estava falando da Vero? – Não rolou nada.
- Não aconteceu mais nada entre você e a Lauren? – Sentou-se ao meu lado na cama – Ficou só naquele beijinho mesmo? E que olhares eram aqueles de vocês duas hoje?
- Ahhhhh siimm – Respirei aliviada. Quando gostamos de alguém de verdade, não queremos magoar por nada deste mundo – Estou cada dia mais apaixonada por ela, viu como Lauren estava linda hoje?
- Você não respondeu a minha pergunta, ficou só naquele beijo mesmo?
- Não – Sentei-me na cama – Nós... Nós, fizemos amor, Dinah – Disse com o sorriso mais feliz que minha amiga já vira na vida.
- Sério mesmo? – Fitou-me surpresa – E como foi?
- Não sei nem como explicar – Disse encantada, dava até pra sentir o cheiro do corpo de Lauren naquele instante – Pra você ter noção, o quarto dela é amarelo, e Lauren conseguiu fazer com que eu visse tudo azul, da cor do céu, eu acho que era mesmo o céu – Sorri, um sorriso bobo, desses bem apaixonados – Não me olha com essa cara, Dinah. Estou falando a verdade.
- Você é daltônica, Camila? – Disse caindo na gargalhada.
- Deixa de ser palhaça! Daltonismo é uma doença restrita dos homens – Disse convicta.
- Nada disso! Você é boa de matemática, e isso é genética, Biologia amor, daltonismo dá em mulher também, só que é mais raro, estima-se que 8% da população seja portadora do distúrbio, embora apenas 1% das mulheres sejam atingidas.
- Estudiosa, hein! – Olhei-a friamente – Eu não sou daltônica – Disse receosa – Me diz uma coisa, Dinah, os olhos da sua prima são verdes?
- São sim, por quê?
- Que susto! – Pensei – Nada não – Disse.
- Minha prima não quer nada comigo, sabia? – Disse quase frustrada.
- Não mesmo? – Fitei-a completamente sem graça – Já falou com ela?
- Ela disse que está mais interessada em você – Disse sem rodeios.
- O que? – Fiquei deveras surpresa, não só com o que ela acabara de me dizer, mas também pela frieza que disse.
- Relaxa, Camila! – Sorriu animada – Acha que eu demorei tanto no banheiro por quê? Já somos amigas, irmãs, porque não podemos ser primas também?
- Pensei que você estava apaixonada por ela.
- Apaixonada? Não! Era comodismo mesmo, pensa bem, uma gata dessas dormindo no quarto ao lado. – Sorriu com aquela cara de safada que ela tinha – Não foi você mesma quem disse que Deus fez as primas porque não podemos comer as irmãs?
Caímos na gargalhada.
- Sua ridícula! – Disse sem conseguir parar de rir – Ainda lembra disso? Eu li essa frase uma vez num pára-choque de caminhão.
- E então? Quer dormir mesmo no meu quarto? Não acha melhor fazer uma visitinha no quarto ao lado? – Disse debochada.
- Não obrigada, prefiro sonhar com a minha professorinha.
- Se fosse eu, ja estava na cama da Vero. Todas as...
- Já sei, já sei, todas as pessoas apaixonadas são idiotas – Disse interrompendo-a.
- Eu iria dizer burras – Disse ainda animada – Vem cá amor, deixa eu te abraçar, então. – Brincou.
- Nem pensar! Desencosta sua tarada.
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Suddenly is love
RandomAcho muito forte a frase "eu te amo" e guardo para uma pessoa realmente especial, não que não tenham passado pessoas especiais na minha vida, passaram, muitas, mas, nenhuma que me fizesse ultrapassar as barreiras do sexo.
Later to the party
Começar do início