Sendo assim, no momento em que o despertador toca, o som reverberando pelo quarto em que todos estamos, sinto algo se acender em meu peito e fico esperando pela hora em que Taylor vai acordar, sonolenta, com o remexer de Autumn em seus braços. Essa têm sido a nossa rotina há um tempo deliciosamente considerável desde que ela voltou para casa, mas eu me deleito com a sua familiaridade cada vez que se repete.
— Bom dia – A cantora diz, sonolenta, dando voz às minhas memórias doces e fazendo um sorriso de alegria surgir em meu rosto. Ela é simplesmente a mulher mais linda no mundo com a nossa filha encostando o nariz na curva de seu pescoço, um dos braços agarrando-a por cima da clavícula. — Está na hora?
— Bom dia, linda. – Eu me estico o suficiente para beijar o topo de seus cabelos loiros, sorrindo quando ela abre os olhos para mim, unicamente em minha direção. Então, como se tornou um costume, estendo todo o ritual à Autumn, beijando os seus cabelos loiros logo em seguida dos da mãe. — Lindas.
A pequenina, que ainda se encontra em uma disputa contra o relógio porque provavelmente não se lembra do dia de hoje, resmunga, voltando o rosto ainda mais para perto de Taylor, como se pudesse entrar dentro dela de novo.
Minha namorada ri.
— Ei, preguiçosa – Ela diz, fazendo uma cócegas lentas e pouco duradouras embaixo do braço de Autumn, provocando na nossa filha risadinhas pequenas, as quais ela tenta esconder. — Hora de acordar. Você não lembra que dia é hoje?
— Não, mamãe – A menina choraminga, fazendo com que eu me preocupe um pouco com a quantidade de vezes que Taylor vem fazendo as suas vontades. — Não quero ir pra escola.
— Auts, hoje é sábado. – A artista a corrige, olhando para mim por cima do ombro da nossa garotinha, um sorriso travesso estampando seus lábios carnudos. Os lábios que amo beijar. — Você não vai para a escola, amor. Não se lembra?
Um pequeno silêncio adorável se instala em nosso quarto, os sons do Outono ressoando do lado de fora enquanto, em nossa fortaleza, a pequena criança a qual criei com tanto afinco se espreguiça, o corpinho sapeca se atrelando ao da mãe de uma maneira um tanto engraçada.
— O papai vai jogar? — A vozinha dela soa rouca e preguiçosa, como se ainda não estivesse pronta para enfrentar o que quer que nós dois - Taylor e eu - estávamos aprontando para o seu dia.
— Autumn — Tay, por sua vez, ri, o corpo se transformando quando uma risadinha deixa seus lábios, os olhos fechando em um ritmo delicioso. Ela ficava simplesmente linda rindo, como uma visão do paraíso, mas o fato da cena acontecer ao lado da nossa filha tornava o que já era perfeito ainda melhor. —, filha, hoje é o seu campeonato, lembra? O estadual!
Imediatamente, assim que a mulher loira perfeitamente assentada naquela cama que agora é nossa termina a frase, parece que uma palavra mágica é acionada, e Autumn levanta em um sobressalto, os olhos arregalados colaborando para a sua expressão cômica quando a criança se põe de pé de uma vez, bem em cima do carpete. Ao mesmo tempo, Taylor se senta no colchão e eu fico assistindo a tudo acontecer com um sorriso, me sentindo maravilhado por aquilo — o primeiro campeonato oficial que participamos juntos, como uma família — finalmente estar acontecendo.
— Ai, meu Deus! — Minha filha diz, ao mesmo tempo que assisto a mãe dela levantar-se, colocando as mãos nos ombros infantis e guiando-a na direção do banheiro. — A gente não vai se atrasar, vai?
— Não se você for tomar banho agora. — Taylor comenta, autoritária, pousando a garotinha bem na frente do pequeno cômodo anexo ao quarto e acendendo a sua luz, apenas para ficar de frente para o espelho da pia. — Vamos logo. Vou encher a banheira pra você.
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invisible string (taylor swift)
FanfictionOnde Autumn vive com seu pai, uma estrela em ascensão no time vice-campeão do maior evento de futebol americano do país. Crescendo sem nunca ter conhecido sua mãe, a menina mantém a certeza de que um dia elas se encontrarão, mesmo que o destino as r...
the rest of the world was black and white, but we were in screaming color
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