invisible string (taylor swift)

we could be the way forward, and i know i'll pay for it

Notas inciais:
demorei menos do que o esperado <3. o título meio que veio em homenagem à declaração que o travis deu sobre as músicas da taylor favoritas dele. essa também é uma das minhas.

espero que seja uma boa leitura!

mel.

***

Travis Kelce, 2023

Eu definitivamente tinha me esquecido da sensação que era ter um orgasmo com a mulher mais poderosa do planeta Terra. Não um orgasmo pensando nela, odiando meu cérebro por, mesmo diante de mulheres incríveis e dispostas a somarem em minha família, evocar a imagem dela em meu subconsciente, idealizando os dias que nós dois costumávamos passar juntos; na minha casa, em um resort em Palm Springs, num vestiário do time para o qual eu jogava. Não. Um orgamo com ela, enterrando toda a saudade que senti dentro dela, ouvindo-a gemer meu nome baixinho e no canto de minha orelha porque nós dois não podíamos correr o risco de acordar nossa filha de nove anos que dormia a alguns metros de distância.

Eu havia me esquecido da sensação. E agora estava nas nuvens.

Quando tudo acabou, Taylor sorriu para mim. Sorriu mesmo, exibindo aquele rosto brilhante e levemente suado pelo prazer que eu tinha acabado de causá-la. Ela parecia uma visão do paraíso ali, meio mole sob a pia do minúsculo banheiro de avião, as pernas trêmulas ainda agarradas à minha cintura como se sua vida dependesse daquilo. Nós dois respiramos juntos, nossas frequências um pouco caóticas diante do que tínhamos acabado de fazer e, quando finalmente saí de dentro dela, lamentando a quebra de contato, a mulher riu, tombando o corpo para frente e enroscando os braços em meu pescoço.

"O quê?" Perguntei, sentindo o cheiro maravilhoso de seu cabelo, que era exatamente o mesmo que ela costumava usar quando nós dois éramos namorados. Aquela era uma loira perigosa.

"Nada." A cantora murmurou, a voz ainda guardando resquícios de entorpecimento e sonolência. "É que você é tão bom nisso que me dá vontade de rir."

Quase a puxei de novo para fazê-la reiterar a sua tese. Não ia me custar muito esforço, na verdade; eu estava tão vidrado nas curvas dela e no seu tom doce quase ronronando palavras em minha direção, que demoraria apenas alguns segundos para eu começar a lambê-la e mordiscá-la, provocando-a até que ela derretesse sobre mim de novo. Mas o banheiro estava ficando apertado e um pouco quente, e eu tinha medo de acabar abusando demais da sorte e de chamar a atenção de Autumn do lado de fora.

"Tenho a sensação de que você está falando isso porque quer que eu te coma de novo." Sussurrei, colocando os cabelos um pouco úmidos de sua nuca - por causa do suor, obviamente - para o lado e beijando um ponto sensível de seu pescoço.

"Acertou." Taylor disfarçou um gemido, empurrando o corpo mais para frente. "Eu não sou muito difícil de ceder."

Agora foi a minha vez de rir. Tombei a cabeça para trás, gargalhando um pouco mais alto do que pretendia, e sendo invadido por uma junção de mechas de cabelos loiros que aproximou nossos rostos. Ficamos a centímetros um do outro, os olhos azuis dela parecendo o mar das Ilhas Canárias ao me engolir naquele banheiro minúsculo.

Foi impossível evitar. Olhei para seus lábios, porque, meu Deus, que lábios, e como eu sentia falta deles. Os toques de Taylor eram arrebatadores, cada um mais preciso do que o outro, mas os seus lábios eram o meu verdadeiro ponto fraco. Às vezes, quando ela falava, eu os imaginava de diversas maneiras, me circundando em muitos lugares diferentes – tanto que até me sentia um pouco constrangido em ter conversas casuais em sua companhia –, e observá-los tão de perto era uma tentação paradisíaca tão chamativa que eu não conseguia evitar abocanhá-los.