invisible string (taylor swift)

the rest of the world was black and white, but we were in screaming color

notas iniciais: não vou me estender muito hoje, mas só queria dizer que voltei! amo vocês, obrigada a quem não desistiu de mim nesse meio tempo caótico :)

só uma coisa: pode ser que fique confuso a nomenclatura que o Travis dá para a Taylor em alguns momentos do capítulo, mas eles não casaram oficialmente ainda. só estão com vidinhas de casados, mesmo, rs.

vou dedicar esse pra liz, porque eu amo a liz e vcs sabem :) boa leitura! <3

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Travis Kelce

Provavelmente já passou das três horas da madrugada. Estou inquieto, meu coração palpitando numa velocidade cada vez maior a cada segundo, minha mente pensando nas mil e uma possibilidades sobre o que pode dar errado.

O início de fevereiro basicamente dita que devemos estar em Vegas daqui a oito dias. Normalmente, durante este período, eu estaria cem por cento focado em minha performance, recebendo o apoio da minha família para ficar com Autumn durante os momentos em que precisaria focar em treinos intensos, sem distrações. Hoje, no entanto, não é assim que funciona.

Primeiro porque estou decepcionado. Depois do que aconteceu na casa dos meus pais, depois que assisti Taylor murchar ao ouvir todas as coisas cruéis que a minha mãe disse sobre ela e Autumn, não consegui pensar numa maneira de me sentir confortável pedindo um novo favor a e eles, especialmente à minha mãe. Além do mais, esse é um assunto com o qual não quero lidar agora, uma vez que está mais do que recente. Prefiro esperar que Tay se sinta confortável o suficiente para que possamos debatê-lo — ou que, pelo menos, os danos causados pelo que minha mãe disse à Autumn sobre a mãe dela sejam remediados, sem que minha filha precise dormir agarrada ao pescoço da cantora todas as noites, para ter a certeza de que ela não vai mesmo embora.

Que aliás, essa é a cena mais bonita que já tive a chance de ver, apesar das circunstâncias tristes que a cercam. Taylor e Autumn deitadas ao meu lado na cama imensa do meu quarto, a pequena com o nariz encostando na curva do pescoço da mãe enquanto dorme um sono profundo e tranquilo. Quando analiso as duas adormecidas, tudo em que consigo pensar é no quanto estou feliz por — apesar de me sentir mais nervoso — estar desempenhando um papel de homem de família neste ano, especialmente durante a temporada. Não sou mais o cara que deixa a filha para que a avó tome conta antes do jogo mais importante da minha carreira; hoje sou o jogador que precisa conciliar a vida profissional com a familiar.

E, por sorte, essa tarefa mais me conforta do que aterroriza. Descobri que amo isso. Amo ser um cara casado, de dar pinta de marido quando vou buscar Autumn nos treinos da ginástica, segurando na lombar de Taylor como se ela pudesse escapar de mim a qualquer segundo e se misturar com as mães da quadra.

Eu amo quando as assisto fazer o dever de casa, Tay ajudando a nossa garotinha com uma conta matemática ou um poema da aula de Literatura enquanto biscoitos – que eu mesmo aprendi a fazer com a receita da minha mulher – assam no forno. Sei que parece um tanto conservador, mas, ainda assim, para um cara que sonhou com isso durante todos esses anos, a sensação de realizar isso com a mulher que verdadeiramente amei por toda a minha vida é transcendental. É mágica.

Inclusive, é isso que vamos fazer hoje. Exercer o nosso papel de família perfeita, já que esta é a primeira vez que Tay atenderá a um campeonato de ginástica de Autumn. Um campeonato de verdade, com classificatória para as etapas regionais para as garotas que vencerem nos três primeiros lugares em suas respectivas divisões. Vamos precisar acordar cedo e nos organizar direito para que consigamos chegar a tempo, considerando que há a possibilidade de sermos interceptados por fotógrafos e repórteres no caminho.