he/she was my bestfriend, and that was the worst part

1.7K 198 274
                                        

Notas iniciais:
Acho que essa atualização foi em tempo recorde, rs, por isso, por incrível que pareça, não tenho muito a dizer hoje. Acho que a próxima também não vai demorar muito a sair, já que estou mais tranquila na faculdade esses dias.

Dedico esse capítulo pra cella, minha fiel escudeira, de quem tenho muitas saudades.

***

Travis Kelce, 2023

Ainda acho estranho o que dinheiro pode fazer. A esta altura da minha vida, é claro, estou acostumado com ele, com as maravilhas que costuma proporcionar e com a quantidade de benefícios que pode trazer a quem o possui. Vivo há tempo suficiente ganhando quantidades razoáveis de dinheiro para sequer me mostrar um pouco intimidado por ele; ainda assim, quando Taylor me diz, menos de uma semana depois da nossa primeira interação juntos como uma espécie de família, que alugou a mansão ao lado da minha no bairro mais nobre de Kansas City, eu fico incrédulo.

Primeiro porque nem sabia que o imóvel estava para alugar. Segundo porque, antes do aviso, me veio a pergunta, e quando ela questionou hipoteticamente se eu aceitaria bem o fato de ser vizinho da minha ex, não pensei que estivesse falando sério. Respondi que não.

É óbvio que eu estava sendo confiante demais em minhas frases por um motivo. Em primeiro lugar, como já mencionei, juro que não pensei que fosse sério; no mês passado eu tinha visto o meu vizinho da mansão ao lado da minha, e concluí que seria impossível que o velho barrigudo estivesse simplesmente lançando-a no mercado. Em segundo, eu jamais permitiria que Taylor sentisse que ainda possuía algum poder sobre a minha saúde mental e física, por isso, exibindo a minha grande capacidade de ser seco por meio de mensagens de texto, digitei "Não. Pq? Vc tem?".

Mas é claro que eu tinha. A mulher tinha sido o único final de relacionamento com o qual eu não havia conseguido lidar bem, simplesmente porque ela não permitiu que terminássemos de fato. Quando me deixou, ela apenas sumiu da minha vida, me dando adeus em uma ex-tarde ensolarada de julho e me deixando com a responsabilidade de criar uma criança que possuía a cor exata de seus olhos. Se fosse para eu ser honesto, a sua presença tão perto da minha me assombrava, e a possibilidade dela destruir a vida estável que eu tinha construído para mim e para a minha filha era o que não me irritava, mas me perturbava. Eu não sabia se seria capaz de responder por minhas próprias ações enquanto vivesse ao lado dela. Ao lado, porra. Literalmente.

Por sorte, seria apenas durante a semana, pelo menos enquanto a turnê durasse. Taylor me disse que a The Eras Tour era, obviamente, um termo não negociável no pseudo-contrato que construímos como "pais separados". Ela precisava estar presente nos shows, e, enquanto morasse em Kansas City, também era seu dever separar alguns momentos para ensaiar. Concordei, embora soubesse que talvez devesse ser um pouco mais duro; mas aquele era seu teste de lealdade à Autumn, e ela parecia mesmo muito dedicada a participar da vida da garota.

Depois de ter passado aquele final de semana turbulento – e o qual eu suspeitava que havia mudado as nossas vidas – em Kansas, a loira do meu passado foi até o seu apartamento em Nova York, de maneira a organizar a vida por lá e, mais ou menos na quinta-feira, antes de embarcar para os seus shows em Denver, me ligou contando como a mudança – que eu nem sabia que existia – estava indo. Foi naquele momento, no tom mais natural que eu já tivera a chance de ouvir da boca de uma mulher, que ela me informou sobre o aluguel de uma mansão na cidade onde eu e a filha que nós dois compartilhamos, morávamos.

[Imagino que ela tenha "esquecido" de mencionar que a casa em questão era ao lado da minha por telefone e resolveu digitar em forma de mensagem de texto, apenas para se livrar de um potencial surto meu por meio de uma chamada.]

invisible string (taylor swift)Where stories live. Discover now