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Notas iniciais:

Tardei, mas não falhei, ok? Eu esperava mais desse capítulo, mas confesso que foi uma semana que me esgotou mentalmente e que, talvez por isso, eu não tenha dedicado cem por cento da minha capacidade à ele. Espero que, ainda assim, esteja bom de ler.

Esse aqui é muito importante, tanto para a Autumn, quanto para a Taylor, e foi justamente por essa razão que decidi que seria narrado pelas duas. Só tenham em mente que a Autumn é uma criança e que eu tentei manter o ponto de vista dela o mais inocente possível, com demonstrações de sentimentos infantis e sem tantas reflexões profundas. Além disso, quem estiver esperando babado, confusão e gritaria nesse primeiro encontro, como foi na outra fanfic, não espere. Ele é bem mais pacífico, justamente pelo fato da Auts ser uma criança mais nova e não entender muito bem o que se passa dentro da sua cabecinha. Mas ela e a Taylor terão muitos desafios que se desenvolverão adiante, rs.

Que seja uma boa leitura. Com amor, Mel. Xx

***

Autumn Kelce, 2023

O solo é o meu melhor aparelho.

Tenho medalhas de ouro em minha categoria em todos os outros; ainda assim, o solo continua sendo o mais especial deles quando o assunto é a minha performance. Isso porque é lá onde consigo me sentir mais livre, mais eu mesma, executando os movimentos coreografados pela minha treinadora, Bex.

Ela tem vinte e cinco anos e é uma ginasta recém formada da Universidade do Missouri. Deveria ter ido para as Olimpíadas, mas acabou lesionando uma parte de sua panturrilha que custou a sua carreira. De qualquer forma, quero ser que nem ela, embora às vezes eu alterne esse desejo com o de também ser como a Simone Biles, a maior ginasta de todos os tempos.

Papai diz que eu posso ser quem eu quiser. Sei que ele está certo, porque me faz repetir este mantra todos os dias na frente do espelho, antes de me trazer para treinar. Ele coloca um sorriso no rosto e diz que sou a menininha dele, logo depois de dirigir por bem mais tempo para alcançar os dois extremos da cidade onde precisa estar todos os dias: o meu centro de treinamento e o seu.

O esporte está na nossa família. Meu pai e meu tio Jason jogam futebol americano há algum tempo considerável – mesmo que o tio J. sempre tente me convencer de que papai está no mercado há bem mais do que ele, graças ao que chama de "sua idade infinita" –, enquanto eu e minhas primas treinamos ginástica em ginásios diferentes, porque moramos em cidades distintas. Wy é tão boa quanto eu, e temos uma meta secreta de irmos para as Olimpíadas juntas, embora às vezes eu suspeite que tenho levado esse objetivo cada vez mais a sério do que ela.

Não posso culpá-la, na verdade. Ela é bem mais ocupada que eu. Wy vive fazendo coisas de garota com a tia Kylie, a mãe dela, e de vez em quando me conta sobre os dias das duas como se eles fossem um impedimento de fazê-la treinar. Ela deixa escapar em parcelas de informações, com comentários irritados que acusam "Ah, mamãe pediu que eu fosse arrumar os cabelos com ela hoje" ou "Você não vai acreditar! Não vou poder estar no acampamento de ginástica porque a minha mãe pediu que eu passasse o mês inteiro com ela na Disneylândia", mas nunca me menciona direto que tem mais interesse em cultivar uma vida fora dos tablados do que dentro deles.

E, mais uma vez, eu não a culpo.

Às vezes acho que posso magoar meu pai se admitir isso. Quero dizer, ele sempre foi muito apoiador da minha vida no esporte, então não sinto vontade de decepcioná-lo contando que, na verdade, uso isso como uma forma de me concentrar em outra coisa. Uma vez, quando estávamos na aula de língua espanhola com a professora Jules, ela nos mostrou um filme de um garoto que jogava futebol – o da bola redonda, não o nosso futebol – porque sentia falta do pai em casa.

invisible string (taylor swift)Where stories live. Discover now