invisible string (taylor swift)

on a wednesday, in a cafe, i watched it begin again

Eu a amo quando ela ajusta as mechas rebeldes da nossa filha, quando beija sua testa, quando a ajusta entre nós dois no banco do passageiro do carro que nos leva para a festa do Chiefs. Eu a amo quando ela faz piadas que entretem Autumn, fazendo-a se sentir envolvida na nossa conversa, mostrando-a peculiaridades interessantes no trânsito. Não há nada muito interessante no trânsito de Kansas City, mas Taylor sempre acha alguma coisa — uma placa engraçada, uma fachada amarela, uma picape verde —. Eu a amo quando ela fala que está ansiosa para a festa, porque aquela vai ser a segunda vez que estaremos juntos em público oficialmente, a única depois do dia em que almoçamos nós três, eu, ela e Auts. E a amo quando ela chama aquele de "o início do retorno da nossa família", que, apesar da iminência, nunca chegou a acontecer no passado. Mas que está acontecendo bem agora.

Nós chegamos no local do evento em cerca de quinze minutos. Uma boa parte do time já está lá quando entramos. Fico aliviado ao saber que a imprensa não foi convidada, e que as únicas fotos tiradas serão registradas por fotógrafos profissionais, os quais passarão todo o trabalho para as mãos da encarregada por aquela parte da festa — ou seja, Brittany —. Aquilo alivia um pouco a minha ansiedade; eu não queria que Tay se preocupasse com o fato de estarmos expondo nossas filhas a um bando de paparazzi abutres.

O salão de festas é amplo, parece uma balada. Autumn avista Christopher, o filho de Jones, que tem mais ou menos a sua idade — Deus me abençoe — e logo some da nossa vista, prometendo voltar de tempos em tempos para a mesa onde nos acomodamos, de maneira a comer alguma coisa.

— Você deveria se sentar. — Eu digo para Tay quando ela cerra os olhos na direção de onde a nossa filha está indo: um trampolim gigante que as mulheres prepararam para entreter as crianças durante a noite. — Andou demais com esse sapato.

— Travis — Ela finge rir, olhando para mim com as duas sobrancelhas erguidas e um sorrisinho travesso. —, foram sete minutos em pé. O tempo de cumprimentarmos Jones, Mecole e Chariah.

— Muito tempo. — Protesto, mas, bem nesse momento, sou interrompido por meu quarterback favorito, que surge com a filhinha a tiracolo. Sterling está radiante e muito fofa em um vestido prateado que também combina com o da sua mãe, Brittany, a qual completa a família com o sorriso educado. Imagino que o bebê deles, Bronze, não veio porque é muito pequeno.

— Olha só! — Mahomes grita orgulhosamente em nossa direção, seu braço assumindo a posição que sempre assume quando ele está prestes a me dar um tapa de camaradagem no ombro. Odeio e amo esse filho da puta. — Se não são os maiores inimigos de todas as clínicas de fertilidade deste país, porra!

Tenho vontade de matá-lo imediatamente, mas o seu comentário faz Taylor rir, envergonhada, então eu deixo passar. Coloco a mão na lombar dela com orgulho, esperando que ela fale com Patrick educadamente, alguém que não vê há um bom tempo – pelo menos dez anos. Meu quarterback foi uma das únicas pessoas da minha vida pessoal – além dos meus pais, Jason e Kylie – que pôde conhecer a Tay em minha casa, em uma pequena comemoração que fizemos para o meu aniversário. Ele também soube de quando ela foi embora, e foi aquele filho da puta que me consolou nos dias em que achei que não conseguiria dar conta de criar Autumn sozinha.

Fico feliz que pelo menos ele, junto com a sua esposa, Brittany, entre todas as outras pessoas importantes da minha vida que conhecem a mãe da minha filha, estejam apoiando essa segunda gravidez. Não contei para a minha família pelos meios tradicionais, porque eu sabia que isso seria um grande desastre - Jason provavelmente passaria horas me dizendo como é burrice cometer o mesmo erro duas vezes, e a minha mãe... Digamos que ela já me recomendou três pessoas diferentes para sair desde o dia em que levei Taylor até a casa do meu irmão e da minha cunhada, na Filadélfia.