on a wednesday, in a cafe, i watched it begin again

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Escuto um risinho nasal soar da escada, e é quando a vejo de verdade, sob a luz da sala. Taylor parece radiante com meu comentário, fixando os olhos azuis em minha direção durante todo o tempo em que beijo os cabelos da nossa filha e, depois, coloco-a no chão. Tento dizer para mim mesmo que ela não deveria ter esperado tanto tempo para me ouvir dizer aquilo, uma vez que fora escolha sua deixar Autumn, mas não consigo. Ela se coloca tão linda naquela luz, com os cabelos meio ondulados e as bochechas coradas, que tudo o que consigo pensar enquanto a mulher sorri é em quão sortudo sou por ter a chance de recebê-la de volta. Por ter feito outro filho com ela, por poder beijá-la a noite inteira e dizer que aquela se trata da mãe das minhas meninas.

— O vestido ajuda. — É a primeira coisa que a cantora me diz, com um sorrisinho envergonhado quando Auts se afasta e nos deixa sozinhos numa parte reservada da sala de estar. Aquela criança sabe o que está fazendo, e eu não posso culpá-la por isso. Não quando Tay se enrosca em meu corpo e transpassa os braços ao redor do meu pescoço, brincando com os cabelos da minha nuca. Não quando eu aperto a cintura dela contra mim, sentindo o tecido do seu vestido que vai até menos da metade das coxas roçar brevemente no das minha calças. E porque eu simplesmente a amo, apenas rio.

— Você sabe que fez a maior parte do trabalho. — Sussurro no ouvido dela, me referindo à noite na qual suspeitávamos que tínhamos concebido a nossa primeira menina - embora aquele tenha sido um enigma um pouco difícil de desvendar. — Ela é linda que nem você.

— Você está exagerando. — Swift ronrona contra meu pescoço, procurando pelos meus olhos quando me encara, sorrindo ao captar minha atenção. Ela é simplesmente a obra de arte mais linda da Terra com seus saltos Louboutin, que apesar de enormes ainda me deixam mais alto, e suas unhas brevemente grandes que fazem carinho em meus cabelos. — Ela tem o seu talento pros esportes.

— E a sua genialidade. — Beijo a sua têmpora. — Acho que, se acertarmos de novo, vamos acabar criando um exército de monstrinhos capazes de dominar o mundo.

— Exército? — Ouço Taylor praticamente arquejar, mas sem parar de rir, quando levanta uma sobrancelha em minha direção. — Quantos filhos você quer, hein, Travis Kelce?

— O motorista está lá fora! O motorista está lá fora! — Bem nessa hora, somos surpreendidos pelos gritos infantis de nossa filha, que surge na sala de uma hora para a outra, dando pulinhos incessantes em nossa direção. O motorista vem nos buscar para nos levar para a primeira festa da vitória do Kansas City Chiefs, uma espécie de tradição que envolve o início de temporada, o bom presságio com um jogo ganho e, aparentemente, como eu recém descobri, as wags. Tay me disse explicitamente que não sabia se era exatamente uma parte delas, uma vez que aquele jamais seria o seu "emprego", mas que se sentia satisfeita em poder assumir a responsabilidade pelas coisas que diziam respeito a homenagens feitas para mim no time.

A entrada de Auts é o suficiente para que a mãe dela me solte e, em um movimento rápido, se ajuste no espelho grande da sala. A criança que nos acompanha logo corre na direção do lado de fora da casa, seus pequenos saltinhos Louboutin iguais aos da mulher mais velha feitos sob medida ecoando no piso da nossa mansão. Com um sorriso travesso, aproveito o momento em que vejo a pestinha se acomodar na parte traseira do carro para andar na direção da minha namorada — porque tenho a sensação de que é isso que somos —, e abraçá-la por trás bem no feixe de segundo em que ela analisa sua discreta barriga de grávida.

— Cai bem em você. — Sussurro em seu ouvido, deixando mais um beijo em sua têmpora. No automático, vejo quando Swift fecha os olhos. — Sempre caiu bem.

Ela solta mais um riso nasal e vira-se para mim, os olhos parando no fundo dos meus.

— Espere só até me ver no puerpério. — Diz, liberando uma espécie de desabafo junto com a última palavra, abraçando-me até que eu envolva a sua cintura. — Fiquei horrível. Se não fossem as circunstâncias, eu teria me sentido feliz por você nunca ter me visto da forma que eu estava.

invisible string (taylor swift)Where stories live. Discover now