we could be the way forward, and i know i'll pay for it

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"Bom, peço perdão por isso." Taylor suspirou, arrumando algumas mechas do cabelo de nossa filha que estavam rebeldemente fora do lugar. Ela parecia ter nascido fazendo aquilo, puxando os fiozinhos com carinho enquanto eu me esforçava para não ficar hipnotizado. "O papai ficou se sentindo mal e eu precisei correr para ajudá-lo. Ficamos um tempo no banheiro cuidando de tudo, e não vimos o tempo passar." Parcialmente verdade. Me senti um pouco culpado na hora, mas sorri. Aquela mulher era boa em convencer qualquer um, até mesmo nosso furacãozinho, e eu ficava me perguntando o quanto ela havia passado isso para a pequena.

"Tudo bem." Como eu imaginava, a criança cedeu, coçando o olho direito com uma aparência sonolenta. "Papai, você está se sentindo melhor?"

"Cem por cento, meu amorzinho." Tomei aquela como a minha deixa para sair de uma vez do banheiro, encontrando minhas meninas – opa, ainda não, eu precisava me conter – no corredor. Ao me ver, Auts deu um sorrisinho. "Obrigado."

Nós três voltamos aos nossos lugares. Daquela vez, no entanto, sentamos todos na mesma fileira; Taylor na janela – sou medroso demais para ficar encarando o mundo lá embaixo enquanto o avião voa –, eu no corredor e Autumn entre nós. Nossa filha puxou os apoios de braço de modo que ficássemos todos unidos, e, esperta como era, encostou a cabeça próxima ao ombro da mãe somente para conseguir esticar as pernas no meu colo.

Vi quando Swift a envolveu com os braços, deixando um beijo no topo de sua cabeça, e tentei não sorrir. Mas elas duas eram tão parecidas e pareciam tão felizes juntas, que acabei deixando um levantar frouxo de lábios escapar.

"Você está com fome?" Perguntou Tay, atenciosa, enquanto remexia na tela de entretenimento do jatinho. Ela estava olhando quanto tempo de voo ainda tínhamos, eu supunha. "Nós não vamos demorar para chegar, mas posso pedir alguma coisa para você comer."

"A gente pode comer cake pops quando chegar em casa?" Nossa filha devolveu o questionamento, a vozinha infantil revelando o quanto ela estava feliz pelo fim de semana que havia passado, bem como pelos dias que ainda viriam ao lado da mãe. Quando Taylor fosse fazer os shows em Los Angeles, eu imaginava que seria uma espécie de baque para Auts, que já estava se acostumando a tê-la por perto por vários dias seguidos, e fiquei parcialmente preocupado. Ainda assim, o diálogo entre as duas me prendia demais para eu conseguir prestar atenção em qualquer outra coisa.  "Ou pop-tarts? Por favor!"

"Que tal se a gente fizer eles amanhã?" Taylor sugeriu, enquanto alisava de leve os cabelos da criança enroscada em seu braço. "Você pode convidar uma das suas amigas e nós fazemos todas juntas."

"Sério?!"

"Claro." A cantora deu de ombros, como se não estivesse prestes a deixar garotinhas de nove e dez anos eufóricas por terem a chance de cozinhar tortinhas pré-recheadas com a Taylor Swift. Devagar, observando-a dissertar o assunto com Auts com leveza, me dei conta de que aquela era exatamente a mulher por quem eu tinha me apaixonado – com uma alma humilde, o coração bom e o fácil contato com as pessoas. Era difícil para mim vê-la ser a exata mesma pessoa de quase dez anos atrás, por mais incrível que parecesse, já que isso quase me fazia esquecer que ela havia nos deixado. "Posso organizar minha cozinha. A gente pode colocar músicas legais, cozinhamos e comemos. O que você acha?"

"As meninas vão ficar muito doidas!" Exclamou minha filha, feliz, erguendo um pouco o corpo e revezando o olhar brilhante entre nós dois. Eu a amava tanto que sentia vontade de chorar.

Em seguida, ela tirou os pés infantis do meu colo, ficou sentada ereta e, quando encontrou equilíbrio, pulou nos braços de Tay, abraçando-a firme pelo pescoço. Quase tirei uma foto do momento, rindo com diversão na hora em que a mulher retribuiu o abraço, parecendo emocionada.

invisible string (taylor swift)Where stories live. Discover now