invisible string (taylor swift)

we could be the way forward, and i know i'll pay for it

"Quer dizer que para você me perdoar, eu só preciso receber um sexo oral?"

"É." Dei de ombros, puxando seu rosto quando ela olhou para o lado, claramente divertida. Foi só durante o meio segundo que a observei, com meu polegar e meu indicador trazendo-a para perto de mim pelo queixo, que me dei conta do quanto eu sentia falta de momentos como aquele. Costumávamos ser exatamente daquela maneira, dois amigos que se amavam passando tempo juntos, antes de uma gravidez inesperada separá-los por completo. "E aí?" Brinquei, deixando um beijo em seu pescoço e descendo em um rastro lento para o ombro, até chegar em seu abdome.

Coloquei a mão na coxa, fazendo iminência de abri-la, antes de perguntar, por fim: "Topa?"

Taylor balançou a cabeça, especialmente quando viu que eu já estava de joelhos entre as suas pernas. De onde eu me encontrava, a visão privilegiada me permitia observar a sua calcinha mal cobrindo a intimidade úmida, com alguns resquícios do amor que havíamos feito alguns minutos antes.

Pelo jeito o paraíso possuía muitas maneiras de apresentação.

Sorri quando tive o vislumbre, levantando meus olhos azuis só para vê-la morder o lábio, sentada na pia com as mãos apoiando-a no balcão. Taylor abriu um pouco as pernas quando eu fiz menção de retirar a sua peça íntima, e, bem no momento em que beijei a região próxima da sua virilha, ela curvou as costas de leve, me dando um espaço ainda maior para o meu alvo final.

Foi quando, bem nesse momento, o mundo real nos convocou. Uma batida alta, insistente e bastante reverberante soou da porta, me fazendo virar o corpo com rapidez e Taylor me empurrar pelos ombros em um tempo máximo de três segundos.

"Papai? Mamãe?" A voz sonolenta e amável – mas que definitivamente não estávamos muito animados para ouvir naquela ocasião específica – da nossa filha veio do outro lado da pequena porta da cabine do banheiro do avião. Tay arregalou os olhos, sua expressão incrédula e um pouco divertida se voltando para mim no momento em que me ergui do chão e comecei a ajeitar minhas roupas. "Vocês estão aí dentro?"

Rapidamente, enquanto nós dois seguramos uma risada, a cantora desceu da pia e ajustou a calcinha de novo, colocando a saia por cima da loungerie impecável. Eu exibi um sorriso culpado e travesso para ela, que revirou os olhos, mas não conseguiu evitar rir.

"E-estamos aqui, meu amor!" Respondi, na voz mais responsável que foi possível, e então, só para não permitir que o furacãozinho nos atazanasse, completei meu raciocínio com uma justificativa apenas meio crível. "O papai estava... Hã, passando mal. A mamãe veio me ajudar."

"Por que você estava passando mal?" A voz da pequena soou preocupada, e, quase por um segundo, me senti mal por estar mentindo. Taylor também deve ter sentido o mesmo, porque me cutucou com o ombro. "Você está bem?"

"E-estou... Estou bem melhor, filha, obrigado." Limpei a garganta. "A mamãe cuidou de mim muito bem, e... Ai!"

Um tapa. Daquela vez, a loira me acertou um tapa no ombro, os olhos furiosos e o ar deixando o nariz perfeito quando ela percebeu a minha frase de duplo sentido – que, obviamente, saiu sem querer, e a qual eu tinha certeza de que Autumn não entenderia.

Aquilo foi a gota d'água. A cantora passou por mim no banheiro do avião, agora completamente impecável e rearrumada e, por mais incrível que parecesse, de mãos lavadas, exatamente como estava no momento em que nos encontramos ali, há alguns minutos atrás. Olhando-a naquele momento, parecia que tinham se passado horas desde o acontecimento em que nos beijamos, e ela tinha um ar ainda mais bonito ao me encarar, com uma raiva fingida, quando destrancou a porta.

"Oi, querida." Disse, naquele tom maternal que estava aprendendo a usar e pelo qual eu era absurdamente rendido. "O que aconteceu? Você está bem?"

Autumn pareceu um pouco sonolenta ao responder: "Eu acordei e o papai não estava. Nem você."