invisible string (taylor swift)

we could be the way forward, and i know i'll pay for it

Mais uma vez, eu a beijei de forma lenta. Tem uma curiosidade sobre beijar Taylor – não Taylor Swift, a mulher mais poderosa da América, mas apenas Taylor, a garota que costumava tomar café da manhã no meu sofá e que me deu um cão no dia de ação de graças –; é tão mágico que você quer tentar fazer o momento durar para sempre. Sendo assim, eu capturei sua boca com a minha e, quando pedi passagem para entrar com a língua por ela, senti a sua resposta corporal me dizendo que sim, eu deveria continuar, então me entreguei ao momento.

Fechei meus olhos, e imaginei que ela também tinha fechado os dela no momento em que ouvi um suspirinho sair do lugar que eu explorava como se fosse um santuário. Minhas mãos estavam na sua nuca, as pontas dos meus dedos percorrendo o seu pescoço suado enquanto meu pau já começava a doer apenas com o sabor da boca dela. Aquela mulher ia acabar comigo – provavelmente pela segunda vez –, mas quando tive a chance de experimentar suas mãos entrelaçando o meu cabelo da mesma maneira que costumava fazer quando éramos mais novos, decidi que definitivamente não importava.

"Você é muito linda." Deixei escapar entre uma respirada e outra, e embora soubesse que minha frase baixa tinha saído mais parecida com um gemido, não me importei. Ela, por sua vez, só riu. "Muito linda. A mulher mais linda do Universo."

Sutilmente, Taylor deslizou a mão pelo meu bíceps e, num movimento delicado, passou para o meu abdome. Minha calça ainda estava aberta, mas ela não foi diretamente para onde eu gostaria que fosse, e a sua palma macia começou a massagear meu abdome com cuidado. "Só isso? Aposto que você já deve ter conhecido muitas mulheres lindas na vida."

Dei um sorrisinho de canto, voltando a beijá-la. Além da provocação, havia algo preso entre nós – provavelmente uma saudade acumulada por quase uma década de ausência e de silêncio. Ainda assim, como eu disse, naquele momento nada me importava. Apenas o toque de seus dedos, o sabor de sua boca avermelhada e macia, o gosto da língua dela enroscada na minha.

"Com certeza. Mas eu só queria uma delas, para ser sincero."

"É mesmo?" Choramingou ela, bem no momento em que paramos para respirar e eu aproveitei para mordiscar um pouco do seu lábio inferior. Honestamente, estava apaixonado por cada uma daquelas pausas, porque eram os momentos em que Taylor abria os olhos e eu podia vivenciar a experiência de encarar aquelas orbes absurdamente hipnóticas. "Uau. Eu podia jurar que você me odiava."

"O ódio e o amor resguardam uma linha tênue entre eles, meu bem." Puxei algumas mechinhas do seu cabelo para trás da orelha. Taylor riu, a boca ainda mais vermelha pelo estrago que eu estava fazendo ali, e a imagem foi estímulo suficiente para que eu puxasse a sua cintura. "Eu estava magoado com você. É diferente. Às vezes ainda fico."

A loira exibiu uma carinha de cachorro pidão – gata pidona – que quase me fez tirar todas as suas roupas e enfiar meu pau dentro dela de novo.

"E o que é que eu posso fazer para você me perdoar?" Perguntou, a voz claramente lotada de segundas intenções, num ronronado característico e manhoso.

É óbvio que recebi aquilo como uma provocação. E eu estava me divertindo, porque, afinal, era muito bom estar com Taylor. Além de ser linda, provocante e muito, muito sexy, ela me conhecia como um ser humano, por mais tempo que fizesse, e nós dois compartilhamos níveis de intimidade que eu nunca tive com nenhuma outra mulher antes ou depois dela. Talvez fosse segredo para ela que eu ainda fosse completamente refém de seus beijos, de suas palavras e de absolutamente tudo o que ela fazia, mas era verdade. E, por ser verdade, claro que respondi:

"Agora, nesse momento, eu queria chupar você inteira."

A loira pareceu arfar com minhas palavras. Foi uma arfada misturada com um riso, e o sorriso que iluminou seu rosto quando eu a analisei, sob a penumbra do banheiro mal iluminado do avião, me fez rir também.