invisible string (taylor swift)

these fatal fantasies giving way to labored breat

Em um determinado momento, quando estamos sobrevoando Ohio, sou surpreendida com uma figura ao meu lado. Fiquei sem prestar atenção por um tempo, analisando minha conta secreta – sim, a conta que foi uma grande pauta no almoço "em família" que tivemos – e, bem no meu período de distração, Travis apareceu ao meu lado, tímido. Quando para na cadeira paralela à minha, o jogador sorri e, com aqueles olhos lindos e lábios vermelhos que conseguem ser vistos mesmo diante da pouca luz do avião, me pergunta, em um sussurro, se pode se sentar.

Eu assinto com a cabeça assim que vejo como ele acomodou Autumn na fileira onde os dois estavam alocados. Agora, a pequena se encontra deitada nos assentos, como se estivesse numa cama, uma manta que deixo no avião envolvendo seu corpinho enquanto ela dorme tranquilamente.

— Queria eu conseguir dormir assim. – Travis aponta com a cabeça para Auts, que ressona baixinho. Fico encantada com a cena, abrindo um sorriso tímido de orelha a orelha. Acho que este é ele me admitindo que não mudou nada desde a última vez em que fomos próximos; aquele homem de quase dois metros de altura ainda tem um medo absurdo de andar de avião. — Ela apagou nos primeiros quinze minutos.

— Ainda tem medo de avião? – Provoco.

— Há. – Kelce solta o ar pelo nariz, recostando-se mais na sua cadeira e puxando o assento reclinável um pouco para trás. Por alguma razão - ou porque ainda estou muito inebriada pelo momento que compartilhamos mais cedo -, faço o mesmo. — Você não esquece disso, né?

— Não esqueço de nada sobre você, Kelce.

— Eu tinha certeza disso, Mstraviskelcefan. – Ele afirma, em um tom zombeteiro, no mesmo tempo imediato que eu sinto as minhas bochechas corarem em um rubor perturbador. Solto um grunhido, me esforçando ao máximo para não acordar Autumn.

— Ai, cala essa boca. – Levo as minhas mãos ao rosto, deixando-as cobrir meus olhos e uma parte das minhas bochechas enquanto abaixo a cabeça entre os joelhos. Meus ouvidos captam o som da risada de Travis entre os ruídos da cabine pressurizada do avião e, mais uma vez, durante o breve momento em que a sua felicidade compactada em ondas sonoras atravessa meus tímpanos, sinto como se nada mais importasse. — Eu deveria saber que você ia ficar muito convencido com essa história.

— Em minha defesa, você meio que pediu. – Ele continua rindo, tocando em minha pele de leve quando finalmente para.

Não sei o motivo, mas preciso prender a minha respiração. Os dedos dele estão parados no traje de verão que escolhi para passar aquele final de semana, um pouco acima dos joelhos. Ele quase encosta na barra da saia, mas, quando eu levanto e ergo o corpo, dado o choque que a sua pele contra a minha provoca, Travis simplesmente não hesita. Continua com a mão ali.

Eu sei o que está acontecendo. Tenho consciência de que estamos circundando a área onde paramos há algumas horas, na varanda da casa de Jason e Kylie. E por mais que eu queira usar o lado racional do meu cérebro e dizer que não, tudo que parece funcionar dentro da minha mente cínica é a parte emocional. A parte sedenta.

Kelce sobe a mão um pouco mais. É um movimento discreto, um breve atrito das pontas dos seus dedos contra a minha coxa, mas, meu Deus, é o suficiente. Eu respiro fundo.

— Autumn está bem ali. – Sussurro para ele, sem perceber o quanto eu estava mordendo meus lábios até que um breve gosto de sangue começa a surgir. Travis ri, seu rosto alcançando a minha orelha e seus lábios brincando com meu lóbulo subitamente quando ele responde:

— Ela não vai estar no banheiro.

— Travis Michael K...

— Vamos lá, Tay. – A maneira como ele me interrompe, com um sussurro rouco perto do meu pescoço a ponto de eu conseguir sentir seu hálito quente, e uma mão apertando a parte interna das minhas coxas, dá uma sensação tão deliciosa que poderia ser considerada um crime. Eu arfo. — Você quer saber o que acontece a partir de onde paramos, não quer?