— Tipo a Bex cuida dos meus treinos e o tio Reid dos do papai?
— Hã... É. Tipo isso, querida. Só que no mundo das estrelas da música.
— Legal. – Pela primeira vez desde que falamos do pote dos palavrões, Autumn sorri, caminhando em seguida bem na direção da bolsa que trouxe para o treino. Cuidadosamente, ela busca por algo dentro da grande mochila, tirando lá de dentro, depois de alguns minutos, uma camiseta cor de rosa da Justice e o modelo de sandálias que Jason lhe presenteou no Natal do ano passado. É do Filadélfia Eagles. Se esse cara não fosse meu irmão, eu o mataria.
Autumn veste as peças como se uma avalanche de fotógrafos não estivesse nos esperando do lado de fora. De uma forma independente e que me deixa de queixo caído – e um tanto orgulhoso, devo admitir – ela guarda os outros pertences de novo na mochila, coloca-a nos ombros e estende a mão. No automático, me esforço para pegá-la, mas quando me dou conta, algo mais forte acontece.
Ela segura na mão da mãe com uma demonstração de segurança extraordinária para seu corpinho tão pequeno. Imediatamente, sou tomado por uma onda de emoções paternais que me deixam meio zonzo, mas me mantenho firme, e então tiro a bolsa de suas costas para que ela possa ter mais liberdade para se locomover.
Taylor não diz nada, mas eu percebo o quanto a sua linguagem corporal parece expressar o que está sentindo. Ela arfa baixinho, segurando a mão da nossa filha como se as vidas de toda a população humana dependessem daquilo, limpando, por fim, o rosto com a outra que está livre.
— Vão ter muitos flashes fortes e eles podem doer o rosto, tudo bem? – Explica a mais velha, carinhosamente, depois de curvar um pouco o corpo e se esforçar para ficar da altura da garotinha que lhe observa com atenção. — Se você ficar incomodada, aperte a minha mão, ou abrace a minha cintura. Se não machucar e você conseguir manter o controle, só olhe para baixo
— Está bem.
— Os fotógrafos provavelmente vão gritar um monte de perguntas sobre nós, mas você não precisa responder. Pensando bem, é melhor que não responda. – Um suspiro sai de seus lábios vermelhos. — Eles extraem qualquer frase que falamos e tiram de contexto, então, a não ser que seja um "bom dia" ou "boa noite", não diga nada.
— Eu vou na frente – Digo, lembrando que Taylor não está com os seguranças a postos, e que provavelmente vamos ter que fazer aquilo à moda antiga, de uma forma machista e como os caras deviam fazer para impressionar as mulheres. — Autumn, aconteça o que acontecer, segure na sua mãe, está bem? Vou abrir a porta do meu carro e vocês entram depressa pra gente ir embora.
— A gente vai brincar de "Velozes e Furiosos" com os fotógrafos? – Pergunta a pequena, cheia de um entusiasmo que apenas uma criança muito inocente poderia ter diante de uma situação tão incômoda quanto aquela.
Troco um olhar cúmplice com a mulher que está ao meu lado que jurei que nunca mais trocaria.
— Isso, meu amor. Isso aí.
***
No final das contas, nem tudo é tão horrível.
Quero dizer, o caminho até o carro é infernal, mas conseguimos lidar bem com a situação, de uma maneira geral. Autumn faz exatamente o que a instruímos a fazer – ela tem um pouco de experiência com a imprensa, embora seja pouca, uma vez que eu nunca fui muito fã de expor a sua vida na mídia da televisão, por exemplo –, e Taylor ainda tenta pedir aos fotógrafos que não divulguem as fotos, mas eles não parecem muito programados a cederem. De qualquer forma, fico tranquilo quando todos estamos a salvo dentro da segurança do meu veículo, mais ainda quando arranco pela estrada à nossa frente, indo na direção de casa. Os jornalistas, por incrível que pareça, não nos seguem.
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invisible string (taylor swift)
ФанфикшнOnde Autumn vive com seu pai, uma estrela em ascensão no time vice-campeão do maior evento de futebol americano do país. Crescendo sem nunca ter conhecido sua mãe, a menina mantém a certeza de que um dia elas se encontrarão, mesmo que o destino as r...
would it be enough, if i could never give you peace?
Начните с самого начала
