Rewriting Destiny

Capítulo 15 : Linhas Familiares

Abril de 1973

Só em abril é que Andrômeda chega até ele mais uma vez. De alguma forma, os últimos dois meses se passaram com uma enxurrada de trabalhos escolares e tarefas pairando sobre ele.

É estranho pensar que mesmo com a vantagem de já ter feito o material uma vez, ainda há tanto trabalho a fazer. Mesmo tendo estudado todo o material uma vez antes, é surpreendente o quanto ele esqueceu da teoria, já que ela não era mais tão relevante para ele enquanto fazia coisas como lutar contra o regime de seu pai e tentar permanecer vivo.

Ele apostou, no entanto, que Granger não teve problemas em tentar se lembrar do material. Ele tinha certeza de que ela se lembrava de tudo perfeitamente e estava ocupada tentando aprender materiais muito além dos NIEMs por causa do tédio e provavelmente estava aprendendo materiais de nível TOAD. Ele tinha certeza de que ela provavelmente não teria que estudar para nenhuma prova se não quisesse.

E por isso, ele a invejou um pouco.

Ele a odiava tanto quando criança, pois chegou à escola com uma noção definida de como as coisas deveriam ser, certo de que estaria no topo e que todos os mestiços e nascidos trouxas seriam inferiores a ele. . E ainda assim, aqui estava esse nascido trouxa que era mais inteligente que ele, melhor que ele. Ela tinha todas as respostas para todas as perguntas que os professores lhes faziam e, mais importante, suas notas eram sempre mais altas que as dele. E ele ficou louco por ela ser tão brilhante. Que ela era capaz de se sair tão bem sem sequer ter que se dedicar ao material. Que ela sempre parecia estar um passo à frente dele, mesmo quando ele tentava acompanhá-lo.

Mas agora, ele estava com ciúmes mais do que qualquer coisa. Ele sabia que a missão deles era importante e que havia uma razão para eles terem voltado a 1972, em vez disso, a um tempo mais próximo do futuro, quando estariam mais próximos de suas idades passadas reais. Era importante fazer amizade com aqueles que foram atores-chave na ajuda ou na luta contra Voldemort e na mudança de seus destinos para outros que fossem muito melhores para o futuro e para seu próprio bem.

Mas ele odiou. Ele odiava ser tão jovem e ter que refazer materiais que odiava aprender da primeira vez. Ele odiava ter que estudar por horas a fio mais uma vez, especialmente em materiais que eram pouco interessantes na primeira vez e simplesmente repetitivos na segunda vez. Ele odiava isso mais do que tudo, e desejava mais do que isso, não ter que fazer isso.

Ele se perguntou se eles iriam para Dumbledore, se conseguiriam algum tipo de permissão para trabalhar.

Era improvável, claro. Isso apenas levantaria mais questões sobre sua missão por parte do próprio Dumbledore e, além disso, ele sugeriria que era necessário para seu disfarce fingir ser estudante. Como se não estivessem, isso levantaria mais questões e atrairia suspeitas sobre eles muito mais cedo.

Não que ele odiasse o velho, caramba, ele acreditava que ele era a razão de sua morte por tantos anos. Não, ele odiava que o homem claramente odiasse todos os sonserinos. Apesar de pregar a unidade doméstica, ele próprio mal acreditava nisso. Ele isolou os sonserinos, tratando-os como se fossem todos maus e fazendo-os se sentirem estranhos. Ele odiava o homem por isso, mas o mais importante, ele odiava não poder fazer nada para provar que ele estava errado.

E desta vez, ele teve que dizer que concordava com a avaliação de Hermione. Dumbledore sempre pensou que sabia o que era melhor para o Bem Maior. Ele provavelmente insistiria que eles não mudassem nada, já que Voldemort eventualmente cairia no futuro, sem importar as centenas que morreram a cada vez. Não importa o fato de que Voldemort não foi o pior de tudo. Que o reinado de seu pai depois foi muito pior. Ele sabia que havia perigos nas viagens no tempo, todos sabiam. Um passo em falso pode tornar as coisas muito piores para o futuro. Pelo que sabiam, eles podem acidentalmente fazer com que Voldemort vencesse muito mais cedo e não caísse na primeira vez. Pois todos sabiam que eles estavam destruindo o mundo muito mais cedo.