Capítulo 15

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 Acho que fui um idiota por chorar ontem à noite devido a uma coisa tão... insignificante — ao menos para ele, mas acabei não conseguindo me controlar e apenas aconteceu. Não me arrependo.

— Comprei para você — Me entregou um sorvete de casquinha e eu o peguei.

— Amo chocolate — Ri.

— Não tem quem consiga resistir a um sorvete de chocolate — Sentou-se novamente ao meu lado — Você estava pensando em alguma coisa? — Me olhou curioso.

— Não... — Fingi. É óbvio que eu estava pensando em alguma coisa, aliás, pensando nele, mas como eu poderia lhe dizer isso?

— Se ainda for por ontem, não tem com o que se preocupar — Disse calmamente.

— Não é nada de mais — Falei — De verdade, são apenas coisas da universidade, por isso estou um pouco preocupado e pensativo, mas você não precisa se preocupar com isso.

— Certeza? — Me encarou.

Os seus olhos são tão bonitos e eu juro que poderia me perder em seu olhar.

— Absoluta! — Menti. Espero estar ficando bom em mentir para ele, ao menos em relação a essas coisas, mas a minha real vontade é lhe dizer tudo, absolutamente tudo.

— Espero que você esteja mesmo falando a verdade. Não quero que você acabe se preocupando demais com tudo isso e acabe fiando doente — Falou e logo apoiou as costas no encosto do banco e fiz o mesmo.

Devo admitir que esta é uma bela tarde de sábado e acho que realmente foi uma boa escolha ter vindo hoje ao parque — na verdade, foi bom ter ''adiado'' a nossa vinda de ontem para hoje. Embora eu estivesse com um pouco de preguiça, passar momentos ao lado do Rafael é maravilhoso.

Depois que sairmos daqui veremos um filme no cinema e eu não faço ideia do que assistiremos.

— Daqui a alguns minutos vamos embora, tudo bem para você? — Chamou minha atenção — Não quero que cheguemos tão tarde lá.

— Mas acho que continua bem cedo, não há com o que se preocupar — O olhei de relance, mas logo desviei o olhar para o meu sorvete, que agora era só um pequeno pedaço da casquinha, que por fim levei a boca.

— Você realmente adorou esse sorvete — Ele riu — Quer mais um? Se você quiser, eu posso ir comprar.

— Mas o vendedor não fica muito longe daqui?

— Um pouquinho — Riu abafado — Mas não é tão longe assim — Ele se levantou.

— Ah, não precisa, você vai se cansar — Segurei o seu braço, para que se sentasse no banco, mas ele acabou permanecendo em pé.

— Vou e volto logo — Virou-se e começou a andar.

— Espera! — Rapidamente me levantei — Vou com você.

— Isso é ainda melhor — Passou o braço sobre meus ombros, me deixando um pouco sem graça, no entanto, aproveitando todo esse momento, passei o meu braço por sua cintura — Sabe..., tem momentos tão bons que eu gostaria que nunca acabassem — Disse calmamente.

— O que quer dizer com isso?

— Ah, eu só pensei alto demais... — Respondeu.

...

— Feliz por tomar tantos sorvetes? — Ele perguntou, assim que entramos no carro.

— Você me ofereceu vários sorvetes e eu aprendi ser pecado rejeitar comida — Ri.

Então é... Amor (Romance Gay)Where stories live. Discover now