Capítulo 6

121 13 4
                                    

— Meu Deus do céu — Ouvi a sua voz atrás de mim e logo ele se posicionou a minha frente, pelo outro lado do balcão — Meu Deus... — Resmungou novamente — Eu não vou beber nunca mais na minha vida — Respirou fundo — Juro que não irei beber assim novamente — Ergueu a mão direita no ar e riu.

Sua expressão não é lá das melhores, o seu rosto está horrível e ele está com olheiras, como se tivesse passado toda a noite acordado — mesmo que eu pense que não tenha sido assim, eu vi como ele estava quase morto, basicamente. Não é para menos, bebeu tanto, que chegou a dizer bobagens.

Na verdade, não posso dizer muito sobre isso, pois me sinto cansado por conta da noite mal dormida — não que isso seja culpa de alguém além de mim mesmo, por pensar tanto sobre o que aconteceu ontem à noite... bom, o que não aconteceu. Me sinto ainda muito curioso para saber o que ele queria dizer, mas eu não quero voltar a esse assunto, ele já nem deve ter lembrado de como foi parar na cama.

Realmente sou um grande bobo por ficar imaginando coisas. Tenho quase certeza de que algum dia ainda vou me dar mal por ser assim.

Lembrar de pesquisar na internet: maneiras de como não ser um bobo.

— Você está horrível — O encarei — Melhora essa cara amassada.

Me sinto um pouco envergonhado por ontem.

— Você deveria dizer que estou lindo — Levou a mão até a testa — Meu Deus, que dor de cabeça horrível — Reclamou — Mas pelo menos foi uma boa noite entre amigos, uma pena que você não participou e ficou apenas no seu canto, mas eu entendo, geralmente são assuntos que você não faz a menor ideia, afinal de contas, noventa por cento do assunto é só sobre jogos — Riu.

— Ah, eu sei..., não precisa se preocupar com isso.

— Minha cabeça ainda está doendo, eu deveria ter ficado na cama.

— Você deveria tomar algum remédio.

— Eu já tomei, mas de nada adiantou — Resmungou novamente.

— Calma, logo vai fazer efeito.

— Espero.

— Olha — Apontei para o balcão — Fiz o seu café da manhã, então come logo, antes que isso esfrie.

— Obrigado — Ele pegou o prato e veio se sentar ao meu lado — Obrigado também por ter me levado para o meu quarto.

— Ah, d-de nada — Ri, com certa vergonha.

Não sei por que estou assim, por algo que não faz diferença para ele e que ele nem sequer lembra.

— Acho que você viu a nossa foto, não é? — Me olhou sorrindo.

— Sim — Respondi com certa empolgação.

— Isso porque você não viu um álbum que tenho guardado, só com fotos nossas!

— Fotos nossas?

— Sim, mas um dia eu mostro a você.

Ele tem um álbum cheio de fotos nossas..., eu não queria demonstrar toda a minha empolgação, para não parecer um lunático, mas acho que isso seria bem difícil.

— Que droga! — Ele reclamou ao dar um gole do café — Que negócio ruim.

— Café sem açúcar, para curar a sua ressaca, meu amigo — Ri, dando um tapinha em suas costas.

— Não vou falar mão, afinal de contas, você cozinhou para mim — Riu — Mas voltando ao assunto... tenho aquela foto há tanto tempo.

— Lembro exatamente daquele dia.

Então é... Amor (Romance Gay)Where stories live. Discover now