Capítulo 13

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Minha cabeça parece que explodirá, mas não por estar doendo, mas sim porque não paro de pensar em tudo o que aconteceu. Embora eu quisesse beijá-lo já a bastante tempo, eu jamais pensei que isso fosse realmente acontecer.

Quero muito conversar com o Rafael sobre isso, mas o que eu iria dizer? Considerando que ele estava bêbado e que não se lembra de absolutamente nada, não há nada que eu possa fazer.

Quando fecho os olhos eu ainda consigo sentir o gosto do seu beijo. Ainda consigo sentir a sensação de ter os seus lábios calados aos meus, o seu braço envolta da minha cintura e os nossos corpos tão juntos. Queria que esse momento se repetisse.

Já faz uma semana depois de todo aquele caos no bar com o Carlos e falta pouquíssima coisa para o meu rosto estar cem por cento ótimo e livre de qualquer machucado ou mancha. Graças ao Rafael que me ajudou, eu estou muito bem, principalmente após ter me recuperado daquela febre repentina.

A única coisa que me lembro é de ir dormir, ainda extasiado por causa daquele maravilhoso beijo e no outro dia acordar com o meu corpo dolorido e também um pouco cansado. Felizmente o Rafael mais uma vez me ajudou a ficar bem. Devo tanto a ele.

Agora estamos na sala. Ele está em um sofá e eu estou sentado em outro, olhando-o de relance, imaginando tantas coisas e criando forças para chamá-lo para conversamos sobre aquela noite, mas acho que o melhor a se fazer é esquecer esse momento que jamais se repetirá.

Decidi que não iria hoje para a aula — felizmente essa maldita febre durou apenas dois dias —, mas por sorte, Marcos tem me mantido informado de absolutamente tudo o que tem acontecido nas aulas, além de resumos que ele me mandou sobre os conteúdos. Ele é realmente um ótimo amigo e eu não sei como irei agradecê-lo.

É um silêncio ensurdecedor que me faz enlouquecer.

...

Estava prestes a me deitar na cama, quando Rafael bateu à porta e perguntou se podia entrar e logo respondi que sim. A princípio estranhei um pouco, pois hoje, durante todo o dia, conversamos apenas o básico, como se fôssemos dois estranhos.

— Ei — Ele disse, assim que abriu a porta e eu o olhei — Você está melhor? — Fechou a porta e se aproximou um pouco, sentando-se na cama, de costas para mim.

— Sim — Respondi um pouco sem graça.

— Hoje você estava tão calado, o que aconteceu? Quando estávamos na sala, você sequer disse uma palavra...

— Mas você também estava calado e não disse nem meia palavra — Falei.

— É... — Respirou fundo — Eu estava apenas pensando em algumas coisas que tiram a minha paciência ultimamente, mas não é nada com a qual você precisa se preocupar.

— Espero que tudo se resolva... — Me deitei e continuei olhando para ele, mesmo que ele ainda estivesse de costas. É engraçado vê-lo assim, por parecer envergonhado.

— Você quer sair comigo amanhã? — Perguntou, em um tom tão baixo, que mal consegui entender — Não sei..., se você não tiver nada melhor para fazer...

— Onde você gostaria de ir?

— Por que você não escolhe? Eu iria sugerir irmos novamente ao parque ou talvez irmos ver um filme no cinema. Sei que nossos programas são sempre assistir a filmes, mas você quem sabe...

— Por que não fazemos os dois? — Sugeri.

— Me parece uma ótima ideia. Amanhã tenho trabalho somente durante a amanhã, então terei a tarde e à noite livres para sairmos juntos.

Então é... Amor (Romance Gay)Where stories live. Discover now