Então é... Amor (Romance Gay)

Capítulo 7

Os dias se passaram e felizmente tudo tem sido ótimo — ao menos eu acho. Mesmo que tenhamos tido aquela conversa estranha naquela noite, ele pareceu ter entendido tudo e agora está agindo como de costume, felizmente.

O trabalho na floricultura tem sido interessante, estou gostando bastante. No entanto, um dia após a nossa ida até a lanchonete, o Fabrício me encheu de perguntas no trabalho, me perguntando o motivo de o Rafael ter ficado estranho e mais um monte de coisa, que por fim, terminei não dando tanta atenção e apenas foquei no meu trabalho.

Felizmente tudo está correndo bem e as minhas aulas na universidade começam em um dia, por isso decidi ir até uma papelaria para comprar algumas coisas que precisarei e o Rafael decidiu que me acompanharia e me ajudaria. Ele me acompanhar foi até melhor, assim eu não precisaria gastar dinheiro com passagens, já que ele tem um carro — mesmo que ele use poucas vezes, segundo ele, para não gastar tanto, tendo em vista que a gasolina está cara.

Ao terminar de comprar tudo aquilo que eu precisaria na faculdade — caderno, canetas e lenços para chorar — me surpreendi com o fato de ter encontrado lá, o mesmo rapaz que encontrei no dia em que fui a universidade fazer a minha matrícula. Conversamos por alguns instantes, até que Rafael apareceu e eu os apresentei, mesmo sem ter a certeza de que iremos nos encontrar de novo, mas quem sabe o destino não nos prega uma peça.

Quando saímos da papelaria já era noite, pois além de venderem coisas relacionadas a isso, eles têm um espaço a parte, cheio de outros artigos e acabamos nos perdendo um pouco no tempo ali, mas me diverti bastante, além de termos comprado uma pequena decoração. E, mesmo sendo tarde, ele me chamou para irmos a uma sorveteria antes de irmos para casa.

É ótimo que as coisas estão ótimas entre nós, afinal de contas, não faria sentido estarmos brigados ou qualquer outra coisa do tipo, ele é o meu melhor amigo e a última coisa que quero é que estejamos brigados. Mas, o que me preocupa é que um dia ele saiba o que sinto realmente por ele e por conta disso, ele acabe querendo se distanciar de mim e eu não sei se suportaria isso.

Voltamos para casa, um pouco cansados, mas felizes, eu diria.

Como um quase costume, resolvemos que iríamos assistir a algum filme, já que nenhum dos dois precisará acordar cedo no dia seguinte. Decidimos que iríamos assistir todos os filmes da trilogia ''Minha Mãe é Uma Peça''.

Depois que posicionamos as comidas em cima da mesinha de centro e algumas bebidas — só refrigerante. Nós nos sentamos no mesmo sofá, bem próximos um do outro, internamente eu me sinto em êxtase por isso — me sentir feliz com migalhas é algo bem humilhante, mas que eu não consigo controlar, acaba sendo bem mais forte do que eu.

Conversamos algumas vezes durante os filmes, mas na metade do último filme eu já estava me sentindo cansado, mas tentei ao máximo me esforçar para não dormir, mas isso foi em vão, porque cada vez mais fui sentindo as minhas pálpebras pesadas, ao ponto de não conseguir mais prestar atenção em nada, somente em querer dormir.

No dia seguinte acordei irritado comigo mesmo por novamente ter tido um sonho erótico com o Rafael. Isso está passando dos limites, mas embora tenha sido um sonho maravilhoso e intenso, desviei os meus pensamentos e corri para o banheiro e após um longo banho, saí do meu quarto e encontrei o Rafael tomando café da manhã no balcão e olhando para a decoração que havíamos comprado.

Nós não conversamos muito e ele parecia um pouco distante, mas também não fiz muita questão, afinal de contas ele deve estar irritado por algo relacionado ao trabalho.

...

Deixando todo o meu caos interno e também uma certa indiferença de mais cedo. Eu havia saído para ir trabalhar — feliz ou infelizmente, mas não posso reclamar disso. E, assim que fui liberado, eu resolvi pedir um Uber para que me levasse até a universidade, assim eu não correria risco de me perder ou até mesmo de chegar atrasado.