A vizinha - CLARENA

capítulo 18

Uns meses depois.....

[Clara]

- Aí, Helena, será que eles vão gostar de mim?

- Eles vão te amar.

- Meu cabelo tá bom?

- Tá lindo.

-Aí, não sei, agora olhando bem, essa roupa não tá muito boa.

- Você tá perfeita, meu amor, e olha, chegamos.

Desci do carro me deparando com uma casa muito bonita de um quintal enorme. Minha namorada tocou a campainha e logo avistei um homem saindo de dentro da casa com uma menininha no colo.

- Tia lena! - a garotinha se jogou do colo do homem para o da Helena.

- Oi bebê da tia!

- Eu não sou mais bebê, eu já tenho seis anos. Quem é ela, tia? - perguntou baixinho, olhando para mim.

- Ela é Clara, minha namorada.

- Se ela namora você, ela é minha tia também?

- Se você quiser, é sim.- agora foi a vez da garotinha pular do colo da sua tia para o meu.

- Oi, tia Clara, eu sou a Laura - falou um tanto tímida, uma fofa!

- Oi, princesa, você é linda.

-Obrigada! Olha, meu vestido foi minha mãe que me vestiu.

- É muito bonito!

- Amor, esse é o Felipe, meu irmão e pai da Laura - ele me estendeu a mão e eu peguei.

- Prazer te conhecer, Clara, a Helena só falava de você esses meses . - Helena deu um tapa na cabeça dele.

- Vamos entrar, né? - ela entrelaçou nossos dedos. A casa, por dentro, era muito bonita e arrumada. Tinha muitos quadros da família espalhados pelas paredes. Tocava uma música que, conforme fomos nos aproximando da cozinha, foi ficando mais alta. Ao pisar na cozinha, já fomos recebidas pelos pais da Helena e uma moça que se me lembrou a Helena, falou ser a esposa do seu irmão.

- querida, que saudade! - a mais velha a puxou para um abraço apertado. - Depois que se mudou, quase nunca vem ver sua mãe.

- Seus pais, né? Eu também existo. Deixa eu dar um abraço na minha filha.

- Calma, Júlio, deixa eu aproveitar mais um pouco o abraço da minha menina - deu um beijo demorado em sua testa e a soltou, dando espaço para o marido abraçá-la.

- Vocês são exagerados, eu venho sempre aqui ver vocês e vocês também podem ir lá, eu tenho casa.

- E essa moça bonita é a Clara, certo?

- Certinho, mãe. Essa é a Clara, a minha namorada. Amor, esses são Flávia e Júlio, meus pais, e essa aqui é a Tainá, a esposa do Lipe, minha cunhada - disse abraçando agora a sua cunhada.

- Prazer, Dona Flávia.

- Nada de dona, não precisa disso não - me puxou para um abraço - e prazer é meu. Fique à vontade, tá? Não precisa ter vergonha de nada, você já é da família - ela falando isso me fez sorrir feliz.

- Pode chamar de sogro, fica até melhor - disse divertido e me abraçando também. Depois, cumprimentei a Tainá e me sentei, lembrando de algo.

- Flávia, a Helena disse que você gostava de plantas, tinha até um jardim, então trouxe uma para você.

- Eu vou lá pegar - a Helena correu até o carro e voltou rapidinho com o vaso na mão.

- Ah, não precisava, Clara, mas obrigada, viu? Vai ficar linda lá no jardim. Depois te mostro ele, fica lá nos fundos.