capítulo 9

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[Helena]

Eu estava paralisada e com o rosto banhado em lágrimas. A resposta já estava na ponta da língua, mas eu estava travada e Clara estava me olhando com os olhos cheios de água, esperando uma resposta.

- Helena, fala alguma coisa - disse aflita -Você acha cedo demais para a gente namorar? Ou você não quer nada sério comigo? - ela disse, soltando minha mão. Meu Deus, como eu não ia querer ser a namorada dela?

- E... eu... eu quero, é quero, quero namorar com você, linda - disse me enrolando nas palavras e pegando a mão dela de volta. -Desculpa, é que eu fiquei surpresa. Não estava esperando por isso, né? - dei risada e ela me acompanhou.

- Então, você aceitou ser minha namorada? - perguntou, como confirmação.

- É claro que eu aceitei, meu amor, meu Deus, claro que sim - eu disse, sorrindo entre lágrimas. Ela se levantou e veio até mim, me abraçando fortemente.

- Deixa eu colocar o anel em você - disse, pegando a aliança que estava em cima do petit gateau. Ela a limpou com o guardanapo e a colocou no meu dedo anelar, logo em seguida dando um beijo na mão. Eu fiz o mesmo com ela, peguei a aliança, limpei, coloquei e dei um beijo. - Agora você é oficialmente minha - disse, rindo e limpando as minhas lágrimas que ainda caíam. Eu não conseguia parar de chorar, sou muito Maria mole.

Ela me puxou para um beijo , sem ligar para nossos batons que iam se misturar.

- A aliança é linda, meu amor. Eu amei, obrigada - eu disse depois de encerrar o beijo e te dando selinhos. - E eu também tô amando a relação que a gente tá construindo juntas. Eu prometo te fazer muito feliz - ela abriu um sorriso lindo pra mim e eu sorri pra ela também. Ela me deu o último selinho e voltou a sentar na sua cadeira. Comemos a sobremesa que pedimos e ficamos ali bebendo e conversando, mas a Clara estava bebendo até demais. Ela ia pedindo outro drink, mas eu a parei. - Linda, vamos embora. Você já bebeu demais,se você continuar bebendo assim amanhã vai acordar com uma ressaca enorme.

- Tá bom, vamos. Mas deixa eu beber o último antes - pediu e bebeu como água. - Pronto, vamos - concordei, pagamos e fomos para o carro. Abri a porta para ela entrar e quando eu ia fechar a porta, ela me chamou. - Calma aí, me dá um beijo, amor - falou, me puxando pela mão .

- Dou - abaixei, ficando só com a cabeça dentro do carro. A ideia era ser um beijo rápido, mas ela pegou na minha nuca me puxando pra perto, me dando um beijo profundo E cheio de intenções, ela terminou o beijo chupando meu lábio inferior e dando três selinhos. Ela estava arranhando minha barriga por dentro da blusa que eu usava enquanto dava beijos e mordidas no meu pescoço. Estava ficando louca já - Clara, a gente está na rua - disse, tentando me soltar dela.

- Então vamos para casa logo. - ela sussurrou a última parte no meu ouvido e em seguida deu uma mordida no lóbulo da minha orelha.

- Nossa - eu disse depois de fechar a porta e dar a volta para entrar no banco do motorista e liguei a luz do teto - Se você passar mal, você me avisar para eu parar o carro - disse, olhando para ela.

- Tá bom, mas chega logo em casa senão vou te dar dentro desse carro mesmo - disse, me lançando um sorriso safado

- Clara, o que tinha na sua bebida? - disse, rindo, mas por dentro estava me segurando para não ir para o banco de trás com ela. Já estava louca de tesão. respira, Helena.

- Não tinha nada, só me deu mais coragem para fazer o que eu quero fazer há muito tempo.

Dirigir feito louca pelas ruas do Rio de Janeiro para chegar logo. Chegamos e estávamos no elevador. A Clara me abraçou pelo pescoço e eu pela cintura. Ela estava falando coisas nada inocentes no meu ouvido eu estava com o olho fechado até que o elevador abriu e entrou uma senhora nele. A Clara pareceu nem ligar, pois continuava a falar no meu ouvido. Eu apertei sua cintura para ela parar.

- Para, Clara - sussurrei no ouvido dela e ela deu uma risada alta A mulher olhou para a gente e eu abaixei a cabeça com vergonha. A porta abriu e ela saiu, me puxando pela mão. Abriu a porta da sua casa e entramos, nem deu tempo para mim fechar a porta direito, ela me grudou na porta prendendo minhas mãos em cima da minha cabeça e me dando um beijo veroz .

- Vem - disse me puxando para o quarto sem se soltar do beijo.




Continua...........

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A vizinha - CLARENAWhere stories live. Discover now