capítulo seis

288 16 7
                                    


- meu amor, fiquei tão preocupado com você.- beijos foram depositados em meus lábios,  lawrence sorria, me passando confiança.

- estou bem, não tem com o que se preocupar.- alisei seu rosto, observando minimamente os detalhes.

- sinto muito pelo o que aconteceu, eu me descontrolei e.... droga, me perdoe.- seus dedos faziam círculos imaginários em minha mão.

- já estou acostumada, não se preocupe.- sorri, alisando sua aliança que continha o meu nome.

- gostaria de te levar para jantar, tudo bem?.- assenti, séria um ótimo momento para mim, eu não queria, de jeito maneira que ele fosse preso ou acontecesse algo pior.- estarei lhe esperando no escritório.

Eu não iria usar nada muito extravagante, simples porem elegante , um vestido preto, longo de alças finas com um decote nos seios e uma abertura na perna direita.

O gloss era a única coisa que faltava, aproveitei para ligar para Dinah, a chamada não demorou a ser atendida.

- Mila, tudo bem por aí?.- sua voz era preocupada, bom, eu nunca ligava para ela.

- sim , estarei jantando com ele hoje.- murmurei, olhando para a porta.

- ótimo, falarei com Selena e Matthew, me passe o endereço depois.- mordi o lábio inferior, eu estava com medo.

- não o machuquem...por favor Dinah.- pedi, ouvindo seu suspiro do outro lado da linha.

- não vamos machuca-lo, prometo.- respirei aliviada.

- preciso ir, ele já deve estar impaciente.- desliguei a chamada, me olhando no espelho uma última vez.

Dei três toques na porta do escritório, ele abriu as duas portas, me olhando com admiração.

- está deslumbrante, meu amor.- suas palavras não passaram de sussurros.

- obrigado amor, vamos?.- abracei seu braço, apertando seus bíceps.

- vamos, não consigo tirar meus olhos de você amor, está linda, com certeza, a mulher mais bela dessa noite.- seus lábios tocaram os meus demoradamente.

- você é o homem mais belo dessa noite, meu príncipe.- murmurei, vendo seu sorriso.

Ele abriu a porta da sua Bugatti Cadillac , na cor preto fosco, a porta do motorista foi aberta, e logo ele ocupou o lugar disponível.

- irá dirigir hoje?.- perguntei estranhando, ele nunca dirigia.

- sim, quero que goste da nossa noite, é especial.- ele murmurou, pousando sua mão em minha coxa.

- iremos para qual restaurante dessa vez?.- perguntei-lhe, entrelaçando nossas mãos.

- alain ducasse at the dorchester, espero que goste.- assenti, mandando rapidamente o nome do restaurante para Dinah.

O lugar era agradável, e aconchegante, às luzes baixas deixavam o lugar romântico .

- o porque dessa noite é especial?.- perguntei, após nos sentarmos a mesa escolhida pelo garçom.

- podemos comer algo primeiro?.- murmurou, passando a mão em seus cabelos macios e sedosos.

- claro.- sorri, olhando ele escolher os pratos.

Observei o ambiente, gravando os mínimos detalhes, vi Dinah, Matthew e Selena entrando no restaurante, se sentado um pouco longe da nossa mesa.

Lancei um olhar severo pra ela. Que revirou os olhos ao ver lawrence.

Já estava terminando meu jantar, ele mal havia mexido na comida, só comeu duas ervilhas e um aspargo.

- eu procurei um psiquiatra, para tratar a minha doença..- murmurou, olhando o horizonte pela grande janela espelhada do restaurante.

- como?.- perguntei, após alguns segundos tentando entender se ele havia falado isso mesmo.

- eu quero ser alguém melhor pra você, sair para passear, ir ao cinema, quero te tratar como você merece ser tratada, e pra isso eu preciso de ajuda, tanto de você como um psiquiatra, a você eu só peço paciência.- seus olhos tinham um brilho diferente, ele estava chateado.

- meu amor...me desculpe.- pedi, com lágrimas nos olhos, eu queria abraça-lo e dizer que estava tudo bem.

- eu errei muito, eu sei, não me orgulho disso, uma chance... apenas uma.- pediu, segurando minha mão, desviei meu olhar pra Dinah, que olhava a cena entediada.

- olha...- minha fala foi cortada, após sentir um belo frio nas pernas, o garçom havia acabado de derramar vinho em meu colo.

- me perdoe senhora, eu sou novo por aqui e.....me desculpe, eu não posso perder meu emprego... céus, perdão.- o garoto estava nervoso, talvez séria o seu primeiro dia de trabalho, toquei seu braço, o tranquilizando.

- tudo bem, não precisa se preocupar, não contarei ao seu chefe.- sorri, encarando seus olhos azuis.

- tire suas mãos da minha mulher!.- a voz dele ecoou pelo lugar, fazendo minha cabeça doer.

- senhor, perdão...

- quem dá perdão é Deus!, Saía já daqui.- lawrence rosnou, vendo às mãos do garoto em meu colo, o secando com o guardanapo.

O garoto saiu, pedindo desculpas mais uma vez, meus olhos se encontraram com os verdes fulminantes do meu marido, que apertava os talheres com força.

- amor...- sussurrei, tocando sua mão, ele negou, se levantando rapidamente.

- você... você é uma puta Camila!, Deixou o garoto encostar em você, aquele pirralho ainda cheira a leite!, Deu pra ser pedófila agora?.- gritou, chamando a atenção de todos no restaurante, principalmente a de Dinah que levantou rapidamente.

- e você?, Deu pra ser estrupador agora?, Agressor!.- respondi no mesmo tom, seus dedos vieram na direção do meu pescoço, me puxando com força, ofeguei, segurando seu pulso.

- cale a porra da boca!.- abri a boca, em busca de ar, seus olhos faiscavam em minha direção, aquele não era meu lawrence.

- polícia solte-a, você está preso por agressão física e agressão verbal entre outros crimes cometido.- senti seu aperto diminuir, ele me soltou, olhando os três polícias ali dentro.

- Camila!, Você está bem?.- Matthew perguntou, preocupado.

- estou.. só preciso sair daqui, por favor.- meus olhos se encheram de lágrimas, Selena segurou meu braço, me mantendo em pé.

Abracei Dinah, que alisava meu cabelo, meu choro saia compulsivamente, ver lawrence ser algemado na minha frente doía, por mais que ele tivesse feito diversas coisas, eu ainda o amava.

- Camila....me desculpe...eu...eu, me perdoe.- ouvir sua voz pedindo perdão era demais pra mim, meus lábios temeram com a visão dos seus olhos brilhantes pelas lágrimas.

- está preso, sem direito a fiança.- um homem barbudo e gorducho falou, o único que estava sem farda, ele deveria ser o delegado.

- Camila!, Por favor, me perdoe.- a voz dele ia ficando distante, afundei meu rosto no pescoço da minha melhor amiga, chorando.

Sentia braços me carregando, não sei ao certo quando o sono chegou, ou como senti a Macieis da cama em minhas costas, os lábios deixaram um beijo em minha testa, antes de se afastar completamente.

- farei de tudo por você Camila...



Obs: não estou romantizando o estrupo

o outro lado do paraíso Where stories live. Discover now