capítulo três

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O banheiro ficava afastado da mesa onde estávamos, então seria uma leve caminhada, nada mais que alguns segundos, tinha casais conversando em uma mesa para dois, outros em uma mesa maior com a família.

Meu corpo colidiu violentamente com o de alguém, deduzir ser um homem, pois era maior que eu e sua carne era dura o bastante.

- mil perdões, você está bem?.- a voz grossa entrou em meus ouvidos, me fazendo olhar pra cima, eu massageava minha testa com a ponta dos meus dedos, nossos olhares se encontraram rapidamente.

Uma alegria tomou conta do meu peito, foi quase inevitável não deixar meu sorriso transparecer.

- mathew?.- perguntei, o homem tinha seus olhos brilhantes vidrados em minha direção.

- Camila?.- ele perguntou confuso, suas sobrancelhas foram arqueadas, tentando desvendar a confusão que estava em sua cabeça.

Assenti, vendo o sorriso brotar em seus lábios, seus braços rodearam minha cintura, me abraçando de forma gostosa, automaticamente meus braços abraçaram seu pescoço, lhe devolvendo o abraço.

- meu deus thew, que saudades.- o chamei pelo apelido, escutando o mesmo da uma risadinha.

Mathew e eu éramos amigos de infância, depois que ele se mudou para Londres quase não se víamos, éramos os melhores amigos inseparáveis, ele estava lindo, seu cabelo castanho estava menor, sua barba lhe dava um charme, seu porte físico estava em dia, dava para ver os músculos marcando em seu terno azul-marinho.

- como você cresceu pirralha, está linda.- agradeci, lhe oferecendo um sorriso.

- você está diferente thew, quase não reconheci de imediato.- e isso era verdade, mathew tinha mudado muito, ele havia amadurecido muito, estava um homem feito e não um menino que me julgava por brincar de bonecas.

- claro camila, os anos se passaram e eu cresci.- ele deu um soquinho em meu ombro me fazendo cambalear um pouco, eu iria cair, se ele não tivesse segurado minha cintura.

- não faz isso, quase me derrubou e....

- Camila!, Saía daí agora!.- aquela voz rouca fez eco em meus tímpanos, meu olhar caiu diretamente para lawrence que estava parado mais a frente, me fuzilando com os olhos.

- lawrence, não é nada disso que você está pensando.- me apressei em dizer, ele deu um passo a frente, ficando cara a cara com mathew.

- solte-a , agora.- em sua voz havia desgosto, mathew não colaborava, ele ainda segurava minha cintura olhando para meu marido.

- pode abaixar o tom?, Estamos em local onde se deve ter classe.- lawrence trincou o maxilar, e mathew soltou minha cintura.- depois conversamos melhor mila, boa noite.- seus lábios tocaram minha testa, ele deu um sorriso antes de sair andando em direção a sua mesa.

O homem a minha frente me olhava com um olhar indecifrável, suas narinas infladas, o denunciava que ele estava com raiva.

- ande Camila, vamos.- seus dedos se fecharam em meu braço, o apertando com força, isso estava desconfortável.

Ele saiu sem se despedir de ninguém, seus passos estavam rápidos, eu mal conseguia lhe acompanhar.

- por favor, solte meu braço, está doendo.- ele não ligou, seus dedos me apertavam mais ainda, o recepcionista deu uma boa noite, mais lawrence não se deu ao trabalho de responder, logo estávamos do lado de fora do restaurante.

- você é uma puta mesmo, não ia só no banheiro Camila?.- ele me soltou com força, meu corpo cambaleou para trás devido a força aplicada.

- ele é meu amigo, não é nada disso que você está pensando, nos somos amigos de infância.- ele riu, dando um passo a frente, ele estava alterado, e não havia um pé de gente na rua.

- amigo?, Para de graça, estava nítido o olhar de desejo dele sobre você porra!.- sua mão esquerda acertou minha face, a maçã do meu rosto ardia.

- pare com isso!, Eu estou cansada de tudo...

- cansada?, Você não faz nada e tá cansada, tá merecendo uma boa surra Camila, uma puta de esquina, já deu quantas vezes pra ele?.- ele tremia, seus punhos cerrados me dava angustia.

Eu mal tive tempo de responder, seus dedos puxaram meu cabelo com força, me arrastando para o carro, eu me debatia , tentando sair de seu aperto, meu corpo foi jogado na parte traseira do carro, minha cabeça bateu no vidro, me fazendo ter uma dor insuportável .

- acho bom você não dá um pio, se não irá ser pior pra você.- a porta do carro foi batida com força, suas mãos trabalhava rapidamente, soltando a fivela de seu cinto, Tentei me afastar, mais foi em vão, seus dedos me puxaram pelo pescoço.

O ar começava a faltar em meus pulmões, meu vestido estava enrolado até o quadril, com brutalidade ele rasgou minha calcinha, sua respiração descontrolada o mostrava que ele estava fora de controle total.

Fechei os olhos, sentido a dor me consumir, seu membro entrou em mim de forma brusca, o gemido de dor saiu dos meus lábios, suas estocadas violentas fazia meu corpo se mover para cima, seus dedos apertaram mais a pele do meu pescoço, eu tentava tirar suas mãos do meu corpo, mais nada adiantou, isso o deixou mais bravo.

Meu corpo foi virado de forma bruta, me obrigando a ficar de costas para ele , seus dedos puxaram meu cabelo, me fazendo tombar a cabeça para trás, isso era tão assustador, meu corpo tremia a cada estocada violenta, meu choro saia abafado por sua mão está em minha boca, tampando qualquer som que fosse sair.

Eu já não aguentava o peso do meu corpo, ele deixava marcas em minha pele a cada penetrada bruta, eu já não tinha fôlego para aguentar mais nada, minha cabeça doía meu corpo convulsionava em movimentos bruscos, eu queria gritar, queria pedir socorro e acabar com tudo isso.

Minha cabeça girava de uma forma jamais explicada , eu estava inconsciente, não conseguia pensar em nada , só sentia desconforto, dores e medo, medo.....

Meu corpo ia pesando cada vez mais, suas mãos desceram parando em meu pescoço, seus dedos apertaram o mesmo, enquanto ele estocava sem dó e piedade.

- pare....por.... favor.- com muito custo consegui forma uma frase, minha voz saiu falha, mais audível o bastante para ele escutar.

- você é uma puta, as putas gostam de ser tratada assim, que nem você, porra. Como você é gostosa.- três tapas seguidos foram depositados em minha face, meu corpo se contraiu, devido a dor , meu coração estava acelerado, o medo tomava conta do meu corpo.

Eu já não pensava em mais nada, a tontura tomou conta da minha cabeça, fazendo meu corpo pesar mais e mais, não sei a hora certa o minuto ou o segundo em que eu fiquei inconsciente, minha mente parava de funcionar aos poucos, e logo adormeci, escutando zumbidos em meus ouvidos.

o outro lado do paraíso Onde histórias criam vida. Descubra agora