capítulo um

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• postando novamente, por que autora?, porque eu quero!, a história irá conter gatilhos de abusos sexual, estrupo, violência, violência verbal, claro que não irá se resumir só nisso, mas eu espero que gostem, boa leitura •

Obs: não está romantizando o estrupo



- por favor, pare....- eu implorava, já não estava sentindo meu corpo, tudo estava girando ao me redor.

A camisa do homem a minha frente estava amarrotada, sua respiração ofegante o denunciava que ele estava fora de sí, seu peito descia e subia freneticamente, o suor descia pelo seu pescoço e alguns fios de cabelos grudavam em sua testa.

- isso é o que você merece, sua desgraçada, quantas vezes eu já falei que não quero você conversando com aquele cara?, Hã? Me responde Camila!.- sua mão segurou meu queixo com força, me fazendo olhar em seus olhos a força.

- e-eu....- tentei argumentar mais nada saía, minha cabeça latejava devido as pancadas, ele soltou meu queixo com força, se afastando.

- não volto para casa, não hoje.- ele arrumou seu cabelo, o jogando para trás, batendo a porta com força ao sair.

Às lágrimas desciam sem minha permissão, eu não aguentava se quer ficar em pé, com muito esforço, eu conseguir ir ao banheiro, o meu estado estava crítico, o canto da minha boca estava cortado, ao redor dele já começava a ficar roxo, meus braços haviam marcas de dedos e meu corpo estava todo marcado por tapas e socos.

Quando você começa um amor,  tudo é uma maravilha, você ganha flores, vão a passeios, saem com os amigos, ele se mostra um perfeito cavaleiro, lawrence já não era o mesmo de dois anos atrás.

Ele surta sem motivos fora as tentativas de abuso , já teve vez de ocorrer estrupo, às vezes ele se mostra  estar arrependido, e eu caía como um patinho, eu era seu fantoche, com várias empresas ao redor do mundo eu tinha que acompanhá-lo como esposa o único herdeiro da família jauregui's , ele não gostava do sobrenome, preferia usar o morgado.

Na frente das pessoas eu tinha que sorri, dá sorrisos falsos para eles, lauwrence na frente dos outros me trata como se eu fosse a coisa mais preciosa da vida dele, sempre me olhando apaixonado.

Minha costela doía, havia recebido um chute na costela esquerda , o local já começava a fica arroxeado.

O trinco da porta foi destrancado, meu corpo ficou tenso, ele poderia ter voltado, tranquei a porta do banheiro, encostando minhas costas na parede fria. Meu coração Batia rápido e descompensado, podia sentir ele bater em meus ouvidos.

- Camila, minha menina, sou eu. Dona Maria.- ela dava toques suaves na porta, tentando me acalmar.

Com cautela abri a porta, e lá estava dona Maria, uma senhora de meia idade, cabelos brancos e muito gentil, seus olhos me avaliaram por completo, ela não gostava de certas atitudes, uma delas era a agressão.

- dona maria...- proferi, me jogando em seus braços, ela me abraçou, alisando minha coluna, um soluço escapou dos meus lábios, eu chorava com força, transmitindo toda minha dor naquele choro.

- calma minha menina, vamos cuidar do seu machucado, e farei uma sopa bem gostosa para você, sim?.- ela enxugou minhas lágrimas me olhando de forma doce, eu via dona maria como uma avó para mim.

A água morna batia em meu corpo, me trazendo uma sensação de paz, mesmo com dor e atormentada, eu só queria que o homem que eu tanto amo voltasse a ser quem ele era antes.

Não conseguia chegar perto dele sem sentir medo, quando ele se aproximava meu corpo ficava tenso, muitas vezes ele chegava embriagado, ele me tocava como se eu fosse uma boneca velha, apenas me usava para satisfazer seu prazer.

Dona Maria esfregava minhas costas com delicadeza, a mesma tinha se oferecido para me ajudar, e eu aceitei, não iria aguentar tomar banho sozinha,  as agressões deixavam marcas pelo meu corpo, o deixando manchado.

- pronto Camila, deixei uma roupa confortável para usar, coloquei um óleo de amêndoas em cima da cama, passe para aliviar as dores e diminuir essas manchas presentes, estarei na cozinha se precisar, logo desça, tudo bem?.- assenti, olhando a senhora enxugar suas mãos, logo saindo do banheiro.

Tentei relaxar meu corpo na banheira, mais foi em vão, minha cabeça estava longe, Deus, como eu queria que lawrence voltasse ser o mesmo homem doce de antes, não tinha coragem de denucia-lo, ele poderia fazer coisa pior comigo, isso estava errado, eu sei, mais não conseguia, o medo me domina de uma forma assustadora.

Perdida em meus pensamentos fiquei, tentando assimilar tudo o que havia acontecido durante esses anos, minha vida ia ao céu e ao inferno em questão de segundos, queria descansar minha mente e poder ficar tranquila em relação a isso.

É Camila, a vida nos dar uma oportunidade fácil, assim, fazendo a vida se tornar difícil e sombria.










o outro lado do paraíso Where stories live. Discover now