Capítulo XIX

83 16 84
                                    

Jeongin sentia seu sangue fervente fluir velozmente pelo seu corpo, as palavras que o machucaram tanto se repetiam em sua cabeça como um mantra, sua tristeza se transformou em revolta

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Jeongin sentia seu sangue fervente fluir velozmente pelo seu corpo, as palavras que o machucaram tanto se repetiam em sua cabeça como um mantra, sua tristeza se transformou em revolta. Tentava acalmar a si mesmo respirando profundamente, seu pai havia saído de seu quarto furioso, fazendo o som da porta ao ser fechada reverberar pelo corredor, ouviu a voz de sua mãe, tentando entender o que estava acontecendo. Aquelas vozes se afastaram, assim como os passos fortes, logo Jeongin se viu sozinho em meio ao silêncio torturante. As lágrimas afloraram de seus olhos quando finalmente foi esmagado pela solidão do seu quarto.

Ele não esperava uma reação boa de seu pai quando descobrisse, porém, aquilo foi além de qualquer coisa que ele havia imaginado.

Seu pai havia o tratado de um jeito que fez ele se sentir sujo e errado, mesmo que essa não fosse a verdade, mas aquelas palavras tiveram tanta força e impacto que, por vários minutos, ele duvidou de si mesmo. Aquilo conseguiu fazer o Yang voltar para a sua adolescência, quando passava noites em claro, chorando e abominando a si mesmo, simplesmente porque havia percebido que estava apaixonado por um jovem aprendiz do centro militar de Eura.

Muito tempo depois, após calar seus sentimentos, ele tinha achado que tudo havia voltado ao normal quando começou a gostar de uma duquesa de Eura. Ele passou muitos anos evitando conhecer a si mesmo, com pavor de aceitar a verdade, aceitar quem ele era.

Quando conheceu Seungmin, Jeongin finalmente se sentiu livre para ser quem ele verdadeiramente era, livre para amar quem ele amava, livre para viver da forma que ele desejava.

Foi pensando em Seungmin que ele parou de se ver como sujo e errado, ele não era isso. Jeongin o amava, era um dos sentimentos mais bonitos e genuínos que ele já havia sentido em sua vida, ambos procuravam a felicidade nos braços um do outro, mas ele não sabia se isso era o suficiente. Como poderiam ser felizes juntos se o mundo ao seu redor iria os amaldiçoar simplesmente por se amarem? E porque se viam no direito de amaldiçoá-los?

Eles sim eram pessoas sujas, pessoas que julgavam e xingavam sem escrúpulos, pessoas que se viam no direito de liquidar outras pessoas somente por procurarem por suas próprias felicidades. Essas pessoas eram como seu pai, e Jeongin não queria abaixar sua cabeça para essas pessoas desprezíveis.

O Yang ouvia sua porta abrir-se novamente, esperou pelo que viria dessa vez, mas a única coisa que sentiu foram braços rodearem seu corpo, ele não precisou pensar para saber quem era. Seungmin deixou o mais novo apoiar seu corpo em seus braços, deitou a cabeça de Jeongin em seu peito e acariciou os fios escuros, o confortando de uma forma silenciosa. Alguns poucos minutos depois, quando o Yang havia se acalmado, Seungmin proferiu com sua voz doce, quebrando o silêncio:

— Está tudo bem, Jeongin… Eu amo você, jamais vou o abandonar.

O Rei havia falado com Seungmin lá fora rapidamente, foram poucas palavras, mas estavam carregadas de ódio e desprezo, ele havia o mandado ir embora. O Kim não queria partir, não queria deixar o Yang para trás naquele momento de sensibilidade, mas ele não podia contrariar a ordem de um Rei.

Golden Flower | SeunginWhere stories live. Discover now