Capítulo XI

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A carruagem partiu, trilhando a estrada de volta para casa, carregando dentro de si um homem que tinha um estranho sentimento de vazio, sentia que não tinha mais nada que pudesse fazer para impedir o que tanto queria impedir

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A carruagem partiu, trilhando a estrada de volta para casa, carregando dentro de si um homem que tinha um estranho sentimento de vazio, sentia que não tinha mais nada que pudesse fazer para impedir o que tanto queria impedir. Aquele sentimento tão ruim começou a o invadir assim que seu último ato de desespero foi rejeitado. Seus braços que seguravam o corpo menor foram soltos com brutalidade e o olhar do Han para si, cheio de mágoa o assolou completamente. Jisung também estava suplicando desesperadamente por algo. Sua partida foi tão repentina quanto sua chegada em Ilsan, saindo pior do que estava antes.

"— Parta de volta para Ziya, espero não vê-lo novamente até eu já ser um homem casado, Vossa Alteza."

Ele sabia que ficaria completamente no escuro agora, mas inesperadamente percebeu que também estava arrastando Jisung consigo para essa escuridão que o cercava. Quando chegasse em Ziya, finalmente cairia na realidade e perceberia que aquele era o lugar em que deveria ficar, sempre foi, as dúvidas que vinham preenchendo sua mente desde que começou a se relacionar daquela forma com o Han teriam que se dispersar, mesmo que o Hwang não desejasse aquilo.

— A senhorita Cho mora na capital do Reino de Erya. — A senhora Han dizia calmamente, de frente para seu neto que parecia atento. — O Conde Cho deseja que vá visitá-los para que possa conhecer o herdeiro da família Han. Arrume suas coisas e prepare-se para partir amanhã.

— Irei sozinho?

— Leve alguns criados para acompanhá-lo, poderá fazer sua escolha livremente. O casamento está quase que completamente firmado, acredito que essa visita seja para marcar a data do casamento com os dois noivos.

— Já avisou ao vovô? — Perguntou, recebendo uma negação da avó. — Deixe que eu mesmo vá avisá-lo. Vá descansar, levarei o jantar para ele também.

A senhora se levantou da mesa, saindo para recolher-se em seus aposentos. Como havia dito, Jisung levou o jantar para o quarto de seu avô com a ajuda de um dos criados da mansão, que deixou a bandeja dentro do quarto e saiu a pedido do Han. Ele se aproximou da figura deitada em meio aos lençóis. Era uma figura muito pálida, a doença grave que havia recaído sobre ele já mostrava sinais claros em sua aparência, que agora começava a parecer um tanto esquelética.

— Vovô, sou eu, vim trazer seu jantar. — Disse, com a voz suave, deixando a bandeja próxima a cama e se sentando ao lado do senhor. — Sinto muito por acordá-lo.

— Está tudo bem. — Disse, um tanto fraco, mas de maneira gentil. — Faz tempo que não vem falar comigo.

— Eu estava em Ziana há pouco tempo, quando voltei tive de tratar de um assunto importante. — Respondeu, com um sorriso fraco. — Coma primeiro que irei lhe contar.

Jisung ajudou o senhor a sentar-se de uma forma mais confortável na cama, e o ajudou pacientemente a comer o que havia trazido. Quando terminou, seu avô quis permanecer sentado enquanto conversavam, então Jisung deixou a bandeja em cima de uma das mesinhas próximas e sentou-se novamente de frente para ele.

Golden Flower | SeunginWhere stories live. Discover now