E eu disse: "Olá, irmão. Eu acredito que é
hora de partirmos".
Eu e o diabo, andando lado a lado. Eu e o
diabo, dançando colados. Eu e o diabo,
nos amando entrelaçados. Eu e Aemond
Targaryen, eternamente apaixonados.
⚠️ TW: Palavras de baixo calão, ataque de pânico, traumas, mommy issues e adultério.
— Helaena - O príncipe Aegon II chamou, acariciando os cabelos platinados de sua irmã enquanto ela sentava-se na cama. — Você está bem? Eu machuquei você?
Aegon e Helaena Targaryen mal haviam retornado para Porto Real e já se encontravam em uma Casa dos Prazeres. E apesar de terem tido uma noite maravilhosa, ambos não conseguiam parar de pensar em tudo o que acontecera desde que haviam chegado.
— Não, eu só... estava pensando.
— Eu sei. Alicent, não é? Não sei o que Daemon disse para ela naquela carta mas ela simplesmente se tornou outra pessoa.
— Eu não acredito na mudança dela, não depois de tudo o que ela nos fez. Ela foi capaz de quebrar até Ryen - Helaena olhava para um ponto fixo no teto, uma pequena aranha que tecia sua teia. — Alicent quer algo de nós.
— Seja o que for, ela não irá conseguir.
Os olhos de Helaena brilhavam enquanto ela observava a teia da aranha onde cada mínimo detalhe era tecido com perfeição, assim como as maldades de sua mãe. Uma dor de cabeça irrompeu a princesa, que deixou escapar um gemido entre os lábios enquanto fechava os olhos por um instante. Aegon sentou-se depressa na cama, afastando algumas mechas de cabelo para poder olhar melhor para o rosto pálido de sua irmã.
— Lena, o que foi? É outra visão?
— Há uma besta entre as nuvens, derramando sangue de dragão pelos ares. Em chamas de revolta, uma coroa se erguerá e a Dança dos Dragões... começará.
Helaena falou aquilo de forma lenta e totalmente estranha. Aegon nunca conseguia entender nenhuma das visões dela e a própria Helaena não sabia lhe explicar. A única certeza que tinham era de que algo ruim estava se aproximando, algo que mudaria suas vidas para sempre.
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Naquela manhã, Ryen havia acordado em imensa felicidade. Apesar do fato de sua mãe estar agindo de forma estranha, ela não podia deixar de se sentir eufórica por tudo o que estava acontecendo entre ela e Aemond. De dia eram apenas irmãos mas a noite eram mais do que isso. Muito mais.
Mas esse não era o único motivo de sua alegria. Seu sonho (desde que tinha onze anos) havia se realizado: estava livre. Livre de Larys Strong. E sentindo a paz preencher seu peito, Ryen Targaryen se permitiu sorrir enquanto caminhava pelos corredores rumo ao jardim. A liberdade tinha um sabor doce.
— Você tem o sorriso mais lindo dos Sete Reinos, minha querida.
Disse Alicent Hightower, se aproximando. Ela segurava um pequeno livro entre as mãos, cuja capa tinha um dragão vermelho estampado. A rainha verde mostrou o livro para a filha.
