O ANJO PARA EQUILIBRAR O DEMONIO - Shadowhunters ( Tradução )✓

Capítulo 17: Fontes termais e feiticeiros furiosos

Clary POV

Clary se sentiu exposta.

O vapor encheu o ar ao seu redor, fazendo com que a área não parecesse tão aberta como era. Ela estava em uma fonte termal pública em Tóquio, no Japão, vestindo apenas uma toalha branca.

As fontes estavam vazias, nenhum cliente à vista. Embora isso tenha acontecido porque as fontes termais estavam fechadas. Ela e Chris estavam em uma área não muito povoada, escondidos em glamour, eles se certificaram de que os proprietários já haviam saído há muito tempo antes de realmente invadirem o local. Convenientemente, a casa deles ficava a apenas dois quarteirões das fontes termais; quando Clary saiu pela porta da frente, olhando para trás, tudo o que viu foi a frente de uma vitrine com relíquias e cerâmicas expostas ordenadamente entre seda fina. A porta pela qual ela acabara de sair não era a da casa, mas sim uma porta pintada de vermelho, Kanji japonês pintado na janela quadrada no meio da porta. Ao entrar, ela viu corredores cheios de lindos vasos e decorações. A casa deles ficava no meio de uma loja de antiguidades, ela imaginou, mas como a casa e a loja podiam existir no mesmo lugar era confusa para ela. Chris disse que provavelmente era porque o local costumava ser um terreno sagrado e que provavelmente havia um antigo santuário lá e é por isso que a casa foi atraída para ele. Sua mente ainda não conseguia captar que duas coisas estavam ali ao mesmo tempo, e ela estava meio assustada. E se quando abrissem a porta não conseguissem voltar? E se eles estivessem presos morando em uma loja de antiguidades?

Depois da experiência com o tabuleiro Ouija, Clary ficou meio abalada. Então, quando Chris disse distraidamente que havia uma casa de banhos próxima, ela praticamente aproveitou a ideia de mergulhar nas águas quentes e relaxantes. Sendo a louca por anime e mangá que era, ela sempre quis tomar um bom banho em fontes termais.

Chris foi teimoso no início. Ao ver a mensagem no tabuleiro Ouija, ele absolutamente não queria encontrar ninguém que pudesse revelar sua localização. Então eles esperaram até escurecer e tarde para sair para o mundo real. Eles não viam muito da Tóquio real, embora ela pudesse ver as luzes e os ruídos vindos da cidade.

Agora, porém, ela não conseguia imaginar que estivesse perto de uma cidade. Ela havia entrado nas fontes termais reservadas para meninas, e era grande. As nascentes eram aproximadamente do tamanho de uma piscina, embora fossem circulares e revestidas de pedras onde você poderia sentar e mergulhar os pés. Bancos alinhavam-se do lado de fora para que as pessoas pudessem deitar e relaxar, junto com toalhas para se secar. Era uma noite fria no Japão, embora aqui você nunca pudesse saber. O calor irradiava da água em gavinhas serpenteantes, quase chamando você para a piscina de água quente como cachorrinhos querendo que você brinque.

"Uma hora", disse Chris antes de saírem de casa, "temos uma hora antes de voltarmos."

"Nós?" Clary perguntou: "Você quer sentar nas fontes termais também?"

"O quê, você é o único que tem permissão para relaxar? Claro que vou também."

Clary ainda não conseguia imaginá-lo em uma fonte termal. Era um pensamento estranho, embora ela imaginasse que todos apreciariam um bom banho de água morna de vez em quando.

Tudo bem então, ela pensou, vamos aproveitar um bom banho.

Ela estava atualmente parada na soleira da porta que dava para as fontes termais. Atrás dela havia um quarto onde você deixava suas roupas e sapatos nesses cestos de vime, junto com cada vez mais toalhas brancas e uma pilha suja de roupas que ela achava que as pessoas deixavam para serem lavadas. Clary estava meio nervosa. Embora não houvesse ninguém para vê-la, ela se sentiu envergonhada por sair sem roupa. As fontes termais eram abertas, o que significava que você podia ver o céu e contemplar as estrelas, dando a Clary a sensação de que estava sendo observada de cima. Também estava escuro, nenhuma luz iluminava o local, visto que estava fechado, e o único som era o da água fumegando no ar. Clary podia ver muito bem, mas ela sentia que algo iria acontecer com ela se ela saísse. Não que ela não pudesse lidar com eles, mas havia algo em estar nu que fazia você se sentir vulnerável.