Capítulo 25| Sangue-frio

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— Mad! — Ele se soltou daqueles que tentavam te segurar, quando ele andou um passo à frente, os homens do lado de Dimitri apontaram suas armas pra ele. — Pode me dizer, Mad! Quem você quer que eu mate primeiro!?

Cassian se ajoelhou, socou o chão e estava surtando — Dimitri, por uma arma estar sendo apontada pra mim, eu não vou cometer uma loucura agora, porque vai me impedir de te bater até a morte se eu morrer antes disso.

— Senhores, dispensem seus homens e vamos conversar civilizadamente sobre a moça. — Disse a mulher com Cassian.

Eles entraram em acordo. Ficou no local apenas a mulher que apontava uma arma na minha cabeça, Dimitri e o seu pai, Cassian e o homem mais velho, além da mulher que acompanhava eles.

Eu tinha um caco de vidro escondido em minhas mãos, me machuquei com ele para chamar atenção de Cassian, eu estava na intenção de usar isso contra a mulher que me segurava, mas ele estava tão perturbado ao ponto de não enxergar o que eu estava fazendo para ter sua atenção.

Meu sangue da mão escorria pelo chão, até ele erguer seu rosto pra mim e notar o caco de vidro. Cassian se levantou e olhou pra mim preocupado com a minha ideia, ele parecia ter entendido onde eu estava querendo chegar. Eu atacaria a mulher e me livraria dela, enquanto corro e eles ficam livres para fazer o que quiser.

Olhei para Cassian dizendo "irei fazer isso" e assim fiz. Segurei firme o caco de vidro e enfiei contra a pele da mulher que me segurava, pelo susto ela tirou a arma da minha cabeça, empurrei ela e consegui correr até os homens com Cassian.

Aconteceu tudo muito rápido, mas na tentativa de me matar, tentaram atirar na minha direção, mas um dos homens tomou a minha frente e acabou recebendo o tiro por mim. Eu estava me tremendo, não dava tempo para pensar o que fazer agora, porque estava tendo uma troca de tiros intensa.

O pai de Dimitri que disparou, ele notou que consegui fugir dos braços da mulher, que estava me segurando e tirou a arma que estava na sua cintura para tentar me acertar. Os homens que estavam lá dentro começaram a sair e participar, e os homens do lado de Cassian começaram a aparecer. No meio disso, Cassian conseguiu alcançar Dimitri e eles estavam cara a cara.

— Deixe ela segura! — Gritou Cassian.

A mulher que estava ao lado de Cassian se aproximou de mim.

— Eu sou irmã do Cassian, venha comigo. — Ela colocou a mão no meu ombro e se afastou comigo do local. Eu estava em segurança.

(POV: Cassian)

Dimitri correu de mim até parar em um local mais afastado, estávamos andando pelo jardim da casa, eu estava em um jogo de gato e rato.

Dimitri era o rato.

Eu estava finalmente com ele na minha frente e eu me sentia em fúria. Ele estava desarmado e quis ser justo, larguei a arma que estava comigo e joguei no chão.

— Não quer me matar aos tiros?

— Não. Eu vou te matar na porrada e fazer você se sentir punido de todas as formas, em vida e no inferno que vou te mandar.

Segurei ele pela gola da camisa, ele tentou me dar um soco e desviei, dei outro afundando meu punho em seu rosto derrubando ele no chão com um único soco. Quando estamos com raiva, ganhamos uma força sobrenatural. Eu não conseguia olhar para ele sem me lembrar da tortura que ele fez com a Madison, a minha Madison. O sorriso nojento dele enquanto ele violava ela, eu não podia deixar esse cara viver.

— E-ela até que era gostosinha... — Minha raiva subiu na mesma hora.

— Você vai pagar pelos seus pecados, seu filho da puta! — O som de socos molhados com o seu próprio sangue sujando os meus dedos, ele não conseguia se defender, eu estava descontrolado, imaginando a imagem terrível dele fazendo ela sofrer. — Eu teria te matado há muito tempo. Agora, vou fazer o que eu quero e o que você merece.

Parei de bater para fazer com que ele me escute.

— Isso é o que acontece quando mexem com o que é meu... entendeu? Lembre-se disso no inferno.

Ele estava quase inconsciente, olhei pro lado e tinha alguns itens de jardinagem, notei um galão de gasolina, era provavelmente para o cortador de grama.

— V-você é um demônio, Cassian... — Ele disse em suas últimas palavras, consciente, mal dava para entender.

Me levantei e peguei a gasolina, joguei em cima dele e em todo o espaço para espalhar fogo pela casa através dos arbustos, tinha um isqueiro no meu bolso.

— Seu último suspiro vai ser se sentir sendo queimado por cada pedacinho. Acha que achei suficiente te espancar?

Me afastei e joguei para trás o isqueiro. Ele definitivamente morreu e pagou pelo que fez com a minha mulher.

Corri para fora, uma arma estava em minhas mãos caso eu me encontrasse com algum homem deles, mas todos estavam mortos.

Avistei o meu pai segurando uma pistola contra a cabeça do pai do Dimitri.

— Os Vecchio sempre vão vencer. Você vai viver, mas esteja avisado, você ficou completamente sozinho por nossa culpa, vai ser difícil se reerguer. Não se meta mais com um Vecchio. — Ele largou a arma e o permitiu viver.

Eu não queria nada dele, mas eu não conseguiria salvar a Mad sozinho.

— Ele que dá ordens — Apontei a arma e atirei no homem. — Ele não vai viver. Esse homem está envolvido.

— Você está muito vingativo para um cantorzinho, meu filho. — Ele parecia estar orgulhoso.

— Obrigado por me ajudar. Mande ela para casa e não a verei mais. — Falei sem olhar nos seus olhos e fui atrás da Mad.

Entrei no carro da minha irmã e ela estava lá, assustada, eu mataria um exército para não vê-la nesse estado. Abri a porta do fundo e sentei do seu lado, pedi para que minha irmã saísse para conversamos.

Ela estava assustada com a quantidade de sangue em mim.

— Eu o matei. — Seus olhos ficaram mareados, meu coração estava quebrado em presenciar ela assim.

— Como ele morreu?

— Eu o espanquei até seu último suspiro, joguei gasolina e ele morreu queimado.

— Obrigada... — Ela não conseguia me encarar, mas seu obrigada era sincero. — Consegue uma pílula do dia seguinte para mim? — Confirmei que sim em resposta.

— Eu sinto muito, Madison. Eu sacrificaria 99% do mundo para impedir o que aconteceu. Eu mataria todos eles. — Abaixei meu rosto. Eu estava decepcionado em não ter tido o poder de impedir nada disso.

— Me abraça. — Fiquei meio recuado, eu estava sujo de sangue e não queria tocar nela, mas eu não podia negar um pedido seu por mais louco que seja.

— Me desculpa. — Abracei ela sujando mais ainda seu vestido branco. — Me perdoe um dia.

Encarei seu rosto, um rosto triste, mas lindo, encantador. Era a mulher que eu estava perdidamente apaixonado, mas não posso tê-la para mim. Eu não posso fazer ela sofrer mais, não podia me torturar assim, me afastei dela e sai do carro para ir em outro sem dar explicações.

(POV: Madison)

O carro deu partida, eu não conseguia reagir a nada, eu estava morta por dentro.

Desejos ProibidosWhere stories live. Discover now