Mary Louise, uma órfã curiosa e sonhadora, vive sua vida monótona em uma pequena cidade. Em uma reviravolta inesperada, ela decide roubar o livro "Crepúsculo" da biblioteca local, buscando um escape para sua realidade entediante. Fascinada pela hist...
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19. EU FAREI MEU MELHOR.
Dormi melhor nesta noite, exausta demais para ser invadida por sonhos. Ao despertar na manhã com tons acinzentados, meu ânimo estava radiante. A noite tensa com Edward parecia agora inofensiva. Enquanto prendia a parte da frente do meu cabelo com um grampo, me peguei assoviando, repetindo o gesto ao descer as escadas.
Minha mãe notou.
— Você está bem animada hoje de manhã — ela observou durante o café.
Dei de ombros.
— Hoje é sexta-feira — respondi casualmente.
— E amanhã é sábado, o dia do baile — ela acrescentou com um sorriso.
Aquele simples comentário sobre o baile fez meu coração acelerar. Ainda me sentia ambivalente em relação ao evento, mas a perspectiva de algo diferente da rotina diária era atraente. Enquanto saboreava o café, minha mente divagava sobre o vestido que eu escolheria e a atmosfera festiva que se desenhava no horizonte.
— Você já decidiu o que vai usar para o baile? — perguntou minha mãe, percebendo minha mente longe.
Dei um gole no café antes de responder.
— Ainda não, mas tenho algumas ideias. Preciso dar uma olhada no meu armário depois.
Um sorriso surgiu nos lábios da minha mãe, presumivelmente antecipando o caos que era o meu guarda-roupa.
— Se quiser, pode fazer compras. Quem sabe um vestido novo te ajude — sugeriu.
A perspectiva de sair e percorrer corredores de lojas não me agradava, especialmente com a minha perna machucada.
— Eu acho que tenho um vestido. Encontrei algo lá no fundo do guarda-roupa.
Minha mãe arqueou as sobrancelhas com curiosidade.
— Um vestido escondido no fundo do armário? Deve ser uma surpresa agradável. O que você encontrou?
Eu sorri, imaginando a expressão dela ao ver a peça esquecida.
— Não tenho certeza. Vou dar uma olhada quando chegarmos em casa. Pode ser que seja algo que eu nem me lembre de ter.— admitir.
—Espero que esteja limpo. —suspirou.
—Eu também!— falei sorrindo.
Eu me apressei para estar pronta para ir para a escola no segundo que minha mãe fosse embora. Eu já estava com a minha mochila pronta, calçada, dentes escovados, ele estava esperando no seu carro brilhante, com os vidros abaixados, o motor desligado.
Sem hesitar desta vez, entrei rapidamente no lado do passageiro, ansiosa para ver o rosto dele. Ele exibiu seu sorriso torto, interrompendo minha respiração e fazendo meu coração acelerar. Eu não conseguia conceber como um anjo poderia ser mais esplêndido; não havia nada nele que precisasse de aprimoramento.
