12.AINDA NÃO FORAM ESCRITAS.

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12.AINDA NÃO FORAM ESCRITAS

Meu grito ecoou pela praia vazia, mas não houve resposta. Eu estava sozinha com aquilo que havia encontrado no livro. Com mãos trêmulas, peguei o livro do chão, abrindo-o novamente para ter certeza de que não estava vendo coisas. E lá, nas páginas, estava algo que não deveria existir, algo que era impossível de se acreditar.

— Isso não pode ser real. — Sussurrei para mim mesma, incapaz de aceitar o que meus olhos viam. Aquelas palavras, aquelas imagens, eram uma realidade distorcida, uma distopia que não deveria existir no mundo real.

Olhei ao redor, me certificando de que ninguém estava por perto para ver aquilo. Estava em choque, e minha mente corria descontroladamente, tentando entender o que tudo aquilo significava.

Então, com o livro ainda aberto nas mãos, comecei a me perguntar se o que eu havia encontrado era uma mensagem, um aviso ou alguma espécie de pista. Era como se uma nova dimensão se abrisse diante de mim, uma realidade que desafiava todas as leis naturais. E eu estava prestes a mergulhar mais fundo nesse enigma.

— Como isso pode... — me cortei.

Meus dedos percorriam as palavras escritas. O livro já não era mais uma história de Crepúsculo com Edward e Bella como personagens principais. Era agora uma história minha com Edward. O nome de Bella tinha desaparecido como se tivesse se esvaído, como se nunca tivesse existido. A doce garota de cabelos castanhos e olhos gentis havia sido simplesmente apagada da narrativa.

O que eu havia feito? Acabei com a história deles. Não podia evitar sentir a culpa pesar sobre mim.

Toda a magia do romance entre Bella e Edward, todos os momentos de amor e aventura que eles compartilharam, haviam se evaporado diante dos meus olhos. A história que tanto me cativara e emocionara agora estava irremediavelmente alterada.

Senti um nó na garganta e uma onda de tristeza me envolver. O que eu havia feito era irreversível, e eu me culpava por ter interferido de alguma forma naquela história que tantos apreciavam.

Entretanto, sabia que precisava entender o que aquilo significava, como aquela mudança afetaria tudo o que estava por vir. Era como se um portal para um universo paralelo se abrisse diante de mim, e eu estava prestes a embarcar em uma jornada inesperada e misteriosa.

Meus dedos percorreram novamente as páginas, e pude visualizar claramente o capítulo atual. A leitura era nítida, e eu acompanhava perfeitamente o trecho em que estava na praia.

...meus cabelos dançaram ao sabor do vento, quando a brisa fresca tocou minha pele pálida. As pedras da praia roçaram suavemente a sola dos meus pés, mas eu continuei avançando com determinação. Apesar do livro em meus braços parecer pesar uma tonelada, eu não conseguia soltá-lo. Ainda não podia acreditar no que via...

— Não sei como isso é possível — murmurei para mim mesma, quase como se quisesse me convencer de que aquilo era um sonho ou uma ilusão.

Sentei-me na areia, mantendo o livro aberto à minha frente, tentando entender o que aquela narrativa significava. Era como se eu tivesse adentrado uma realidade alternativa, uma versão paralela da história.

PERDIDA NO CREPÚSCULO - 𝐄𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora